"Um dia depois de o Tesouro brasileiro colocar títulos no valor de um bilhão de euros no mercado europeu, com vencimento em 2021, a economia dá prova de força. Contra expectativas que apostavam em prejuízo de até R$ 500 milhões, o superávit primário atinge R$ 2,1 bilhões em fevereiro, recorde para o mês. A confiança internacional de que Brasil é bom pagador e o saldo positivo nas contas públicas desmoralizam a agência norte-americana Standard & Poor's, que rebaixou a nota de risco do Brasil. Os investidores não deram ouvidos e a vida real se impôs.
Do "Brasil 247"
Um dia após o Tesouro nacional ter concluído uma operação exemplar no mercado internacional -- a colocação de títulos brasileiros no valor de R$ 1 bilhão no mercado europeu --, a economia real e as contas públicas deram um prova de força internamente.
BRASÍLIA, 28 Mar (da agência norte-americana de notícias "Reuters")
BRASÍLIA, 28 Mar (da agência norte-americana de notícias "Reuters")
Com o bom resultado dos governos regionais, o setor público brasileiro surpreendeu e registrou superávit primário de 2,130 bilhões de reais em fevereiro, muito melhor do que o esperado.
Com o desempenho no mês passado, a economia para pagamento de juros da dívida ficou em 1,76 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 12 meses, aproximando-se da meta ajustada para o ano, de 1,9 por cento, informou o Banco Central na sexta-feira (28/3).
Analistas consultados pela "Reuters" mostravam que as expectativas eram de saldo primário negativo de 500 milhões de reais.
Em fevereiro, os Estados e municípios registraram saldo primário positivo de 5,468 bilhões de reais, somando no ano superávit de 12,709 bilhões de reais.
Com o desempenho no mês passado, a economia para pagamento de juros da dívida ficou em 1,76 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 12 meses, aproximando-se da meta ajustada para o ano, de 1,9 por cento, informou o Banco Central na sexta-feira (28/3).
Analistas consultados pela "Reuters" mostravam que as expectativas eram de saldo primário negativo de 500 milhões de reais.
Em fevereiro, os Estados e municípios registraram saldo primário positivo de 5,468 bilhões de reais, somando no ano superávit de 12,709 bilhões de reais.
Até aqui, os governos regionais têm melhor desempenho do que o próprio governo central --governo federal, Previdência Social e Banco Central--, que registrou déficit de 3,389 bilhões de reais no mês passado. Nos dois primeiros meses do ano, registram saldo positivo de 9,16 bilhões de reais.
Na véspera, e com metodologia diferente, o Tesouro já havia anunciado déficit primário de 3,078 bilhões de reais no mês passado para o governo central, num dado ruim influenciado por receitas fracas e gastos altos.
"Início do ano é favorável a resultados fiscais de governos regionais porque concentra recolhimento de tributos importantes, como IPVA e IPTU", afirmou o chefe do departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, a jornalistas. "Naturalmente não se deve esperar superávits da ordem de 5 bilhões (de reais) dos governos regionais à frente", acrescentou ele.
O BC informou, ainda, que as empresas estatais, que também fazem parte do setor público consolidado, tiveram saldo primário positivo de 52 milhões de reais em fevereiro, acumulando no ano superávit de 183 milhões de reais.
O déficit nominal --receitas menos despesas, incluindo pagamento de juros-- de fevereiro ficou em 9,516 bilhões de reais, melhor do que o déficit de 23,9 bilhões de reais projetado pela pesquisa "Reuters".
Já a dívida pública representou 33,7 por cento do PIB em fevereiro, abaixo dos 34 por cento estimados em pesquisa "Reuters".
O resultado da dívida pública frente ao PIB ficou acima da estimativa do BC, de 33,6 por cento do PIB, para fevereiro." (...)
FONTE: escrito por Luciana Otoni e publicado no "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/economia/134809/Super%C3%A1vit-recorde-desmoraliza-SP.htm).
Na véspera, e com metodologia diferente, o Tesouro já havia anunciado déficit primário de 3,078 bilhões de reais no mês passado para o governo central, num dado ruim influenciado por receitas fracas e gastos altos.
"Início do ano é favorável a resultados fiscais de governos regionais porque concentra recolhimento de tributos importantes, como IPVA e IPTU", afirmou o chefe do departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, a jornalistas. "Naturalmente não se deve esperar superávits da ordem de 5 bilhões (de reais) dos governos regionais à frente", acrescentou ele.
O BC informou, ainda, que as empresas estatais, que também fazem parte do setor público consolidado, tiveram saldo primário positivo de 52 milhões de reais em fevereiro, acumulando no ano superávit de 183 milhões de reais.
O déficit nominal --receitas menos despesas, incluindo pagamento de juros-- de fevereiro ficou em 9,516 bilhões de reais, melhor do que o déficit de 23,9 bilhões de reais projetado pela pesquisa "Reuters".
Já a dívida pública representou 33,7 por cento do PIB em fevereiro, abaixo dos 34 por cento estimados em pesquisa "Reuters".
O resultado da dívida pública frente ao PIB ficou acima da estimativa do BC, de 33,6 por cento do PIB, para fevereiro." (...)
FONTE: escrito por Luciana Otoni e publicado no "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/economia/134809/Super%C3%A1vit-recorde-desmoraliza-SP.htm).
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