[OBS deste blog 'democracia&política':
ATENÇÃO: MÍDIA VAI INVENTAR CHUMBO GROSSO CONTRA LULA!
Considerando o resultado da pesquisa do "Datafolha", do grupo tucano "Folha", que indica o grande poder de Lula influenciar as próximas eleições (a favor de Dilma), com certeza já nos próximos dias surgirão na grande mídia novos escândalos bombásticos contra Lula. Matéria de capa da "Veja" será assunto do "Jornal Nacional", que repercutirá na "Época", que será matéria do "Estadão" e da "Folha" e assim por diante em círculo vicioso e em escala crescente.
Todos lembramos de antes das eleições de 2006 e 2010, quando a direita (mídia, PGR, STF e seus partidos PSDB, DEM e PPS) inventaram a história da quadrilha "Ali Babá e os 40 ladrões", com Dirceu como chefe, que teria implantado um esquema (que até hoje o STF não conseguiu provar) de "Mensalão" para parlamentares votarem a favor das reformas pretendidas pelo governo PT (da Previdência, Tributária, Política e outras). O dinheiro seria da multinacional "Cielo" (então "Visanet", que, para poder mais facilmente condenar "a quadrilha", foi tratado pelo STF como "dinheiro público"). Depois de 4 anos de retumbante estardalhaço contra o PT, o próprio STF confessa (com pouquíssimo destaque na mídia) que não existia a tal quadrilha...
Contudo, não importa a verdade. O que interessa é que toda a gritaria contribuiu para o objetivo de enfraquecer o PT e favorecer a volta da direita ao poder. Assim, ante o ainda enorme poder de Lula identificado pelo Datafolha, preparemos o espírito, pois vem aí mais e maior chumbo-grosso contra ele].
"DATAFOLHA" (do grupo tucano "Folha") TENTOU ESCONDER FATOR FAVORÁVEL À DILMA
Datafolha ocultou por 24h que 60% dos eleitores poderiam votar em quem Lula indicar
"Lula não precisa ser candidato
A Folha reteve por 24 horas o dado capaz de relativizar esmagadoramente a queda de seis pontos nas intenções de votos na presidenta Dilma.
Por Saul Leblon, em "Carta Maior"
Por que o Datafolha não inclui em suas enquetes algumas perguntas destinadas a decifrar o modelo de desenvolvimento intrínseco à aspiração mudancista majoritária na sociedade brasileira, segundo o próprio Instituo?
Por que o Datafolha não pergunta claramente a esse clamor se ele inclui em seu escopo de mudanças um retorno às prioridades e políticas vigentes quando o país era governado pelo PSDB, com a agenda que o dispositivo midiático tenta restaurar com o lubrificante do alarmismo noticioso?
Não se trata de introduzir proselitismo nos questionários de sondagem. É mais transparente do que parece. E de pertinência jornalística tão óbvia que até espanta que ainda não tenha sido feito.
Por exemplo, por que o Datafolha não promove uma simulação que incluiria Fernando Henrique Cardoso e Lula como candidatos teóricos e assim avalia as preferências entre os modelos e ênfases de desenvolvimento que eles historicamente encarnam?
Por que o Datafolha não pergunta claramente ao leitor se prefere a Petrobras –e o pré-sal, que é disso que se trata, sejamos honestos– em mãos brasileiras ou fatiada e privatizada [para estrangeiros]?
Por que o Datafolha não investiga quais políticas e decisões estão associadas à preferência pelo petista que há 12 anos está sob bombardeio ininterrupto da mídia e, ainda assim, conserva 52% das intenções de voto num país seviciado pelo monopólio midiático?
Por que o jornal que é dono da pesquisa – em mais de um sentido– não explicita em suas análises as relações (ostensivas) entre a resistência heroica do recall desfrutado por Lula; o desejo majoritário de mudança na sociedade e o vexaminoso arrastar dos pés-de-chumbo do conservadorismo, Aécio e Campos?
Por que a Folha reteve por 24 horas o dado capaz de relativizar esmagadoramente o impacto da queda de seis pontos que teria marcado as intenções de votos na presidenta Dilma –mas que ainda assim vence com folga (38%) seus dois principais oponentes juntos (26% de Aécio e Campos)?
O dado em questão não é singelo.
Só divulgado na noite de domingo –sem espaço na manchete e sequer registro na primeira página do diário dos Frias!– ele tem calibre para dissolver em partículas quânticas tudo o que foi dito no final de semana sobre a derrocada do governo na eleição para 2014.
Qual seja, a opinião de Lula — colheu o Datafolha– é uma referência positiva de impacto avassalador sobre as urnas de outubro: seu peso ordena e hierarquiza a definição de voto de nada menos que 60% do eleitorado brasileiro.
Seis em cada dez eleitores têm em Lula uma baliza do que farão na cabine eleitoral.
Segundo o Datafolha, 37% deles votariam com certeza em um candidato indicado pelo petista; e 23% talvez referendassem essa mesma indicação.
Note-se que os estragos que isso deixa pelo caminho não são triviais e de registro adiável.
Se divulgados junto com a pesquisa das intenções de voto, esmagariam, repita-se, o esforço do tipo ‘vamos lá, pessoal’, que os comodoros do conservadorismo tentaram injetar na esquadra de velas esfarrapadas de Campos e Neves.
Vejamos: ao contrário do que acontece com o cabo eleitoral de Dilma, 41% dos eleitores rejeitariam esfericamente um nome apoiado por Marina Silva –Eduardo Campos encontra-se nessa alça de mira contagiosa, ou não?
Já a rejeição a um candidato apoiado por FHC é de magníficos 57%.
Colosso. Sim, quase 2/3 do eleitorado, proporção só três pontos inferior à influência exercida por Lula, foge como o diabo da cruz da benção dada pelo ex-presidente tucano a um candidato; apenas 23% cogitariam sufragar um nome apoiado por ele.
Esse, o empolgante futuro reservado ao presidenciável Aécio Neves, ou será que a partir de agora ele imitará seus antecessores de dificuldades e esconderá o personagem que o imaginário brasileiro identifica ao saldo deixado pelo PSDB na economia e na política do país?
O fato é que a virada antipetista, ou antigovernista, ou ainda antidilmista que o dispositivo midiático tenta vender –e o fez com notável sofreguidão neste final de semana-, guarda constrangedoramente pouca aderência com a realidade.
Exceto se tomarmos por realidade as redações da emissão conservadora, a zona sul do Rio ou o perímetro compreendido entre os bairros de Higienópolis, Morumbi e Vila Olímpia, em São Paulo, a disputa é uma pouco mais difícil.
Não significa edulcorar os desafios e gargalos reais enfrentados pelo país.
Mas na esmagadora superfície habitada por 60% da população brasileira o jogo pesado da eleição de 2014 envolve outras referências que não apenas a crispação do noticiário antipetista em torno desses problemas.
Por certo envolve entender quem é quem e o que propõe cada projeto em disputa na dura transição de ciclo econômico em curso – e nessa luta ideológica pela conquista e o esclarecimento de corações e mentes, o governo Dilma e o PT estão em débito com a sociedade.
Sobretudo, o que os dados mais recentes indicam é que a verdadeira disputa de projetos precisa de mais luz e mais desassombro por parte dos alvos midiáticos.
Os institutos de pesquisas, a exemplo do Datafolha, em grande medida avaliam o alcance do seu eco quase solitário.
Bombardeia-se a Petrobras para em seguida mensurar o estrago que os obuses causaram na resistência adversária. Idem, com o tomate, a "Standard & Poor’s" etc., etc., etc.
Ao largo das manchete do Brasil aos cacos, porém, seis em cada dez brasileiros aguardam o que têm a dizer aqueles que se tornaram uma referência confiável pelo que fizeram para a construção da democracia social nos últimos anos.
É aí que Lula entra. E o PT deve cuidar para que entre não apenas rememorando o passado, do qual já é uma síntese histórica.
Mas que coloque essa credibilidade a serviço de uma indispensável repactuação política do futuro, contra o roteiro conservador do caos que lubrifica a rendição ao mercadismo.
Dizer que Dilma perdeu seis pontos e retardar a divulgação do que fariam 60% dos eleitores diante de um apelo de Lula, é uma evidência do temor que essa agenda e esse cabo eleitoral causam no palanque de patas moles que a mídia, sofregamente, carrega nas costas."
FONTE: escrito por Saul Leblon e editorial do site "Carta Maior". Transcrito no site "Viomundo" (http://www.viomundo.com.br/denuncias/saul-leblon-lula-nao-precisa-ser-candidato.html). [Título e observação inicial entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].
"Lula não precisa ser candidato
A Folha reteve por 24 horas o dado capaz de relativizar esmagadoramente a queda de seis pontos nas intenções de votos na presidenta Dilma.
Por Saul Leblon, em "Carta Maior"
Por que o Datafolha não inclui em suas enquetes algumas perguntas destinadas a decifrar o modelo de desenvolvimento intrínseco à aspiração mudancista majoritária na sociedade brasileira, segundo o próprio Instituo?
Por que o Datafolha não pergunta claramente a esse clamor se ele inclui em seu escopo de mudanças um retorno às prioridades e políticas vigentes quando o país era governado pelo PSDB, com a agenda que o dispositivo midiático tenta restaurar com o lubrificante do alarmismo noticioso?
Não se trata de introduzir proselitismo nos questionários de sondagem. É mais transparente do que parece. E de pertinência jornalística tão óbvia que até espanta que ainda não tenha sido feito.
Por exemplo, por que o Datafolha não promove uma simulação que incluiria Fernando Henrique Cardoso e Lula como candidatos teóricos e assim avalia as preferências entre os modelos e ênfases de desenvolvimento que eles historicamente encarnam?
Por que o Datafolha não pergunta claramente ao leitor se prefere a Petrobras –e o pré-sal, que é disso que se trata, sejamos honestos– em mãos brasileiras ou fatiada e privatizada [para estrangeiros]?
Por que o Datafolha não investiga quais políticas e decisões estão associadas à preferência pelo petista que há 12 anos está sob bombardeio ininterrupto da mídia e, ainda assim, conserva 52% das intenções de voto num país seviciado pelo monopólio midiático?
Por que o jornal que é dono da pesquisa – em mais de um sentido– não explicita em suas análises as relações (ostensivas) entre a resistência heroica do recall desfrutado por Lula; o desejo majoritário de mudança na sociedade e o vexaminoso arrastar dos pés-de-chumbo do conservadorismo, Aécio e Campos?
Por que a Folha reteve por 24 horas o dado capaz de relativizar esmagadoramente o impacto da queda de seis pontos que teria marcado as intenções de votos na presidenta Dilma –mas que ainda assim vence com folga (38%) seus dois principais oponentes juntos (26% de Aécio e Campos)?
O dado em questão não é singelo.
Só divulgado na noite de domingo –sem espaço na manchete e sequer registro na primeira página do diário dos Frias!– ele tem calibre para dissolver em partículas quânticas tudo o que foi dito no final de semana sobre a derrocada do governo na eleição para 2014.
Qual seja, a opinião de Lula — colheu o Datafolha– é uma referência positiva de impacto avassalador sobre as urnas de outubro: seu peso ordena e hierarquiza a definição de voto de nada menos que 60% do eleitorado brasileiro.
Seis em cada dez eleitores têm em Lula uma baliza do que farão na cabine eleitoral.
Segundo o Datafolha, 37% deles votariam com certeza em um candidato indicado pelo petista; e 23% talvez referendassem essa mesma indicação.
Note-se que os estragos que isso deixa pelo caminho não são triviais e de registro adiável.
Se divulgados junto com a pesquisa das intenções de voto, esmagariam, repita-se, o esforço do tipo ‘vamos lá, pessoal’, que os comodoros do conservadorismo tentaram injetar na esquadra de velas esfarrapadas de Campos e Neves.
Vejamos: ao contrário do que acontece com o cabo eleitoral de Dilma, 41% dos eleitores rejeitariam esfericamente um nome apoiado por Marina Silva –Eduardo Campos encontra-se nessa alça de mira contagiosa, ou não?
Já a rejeição a um candidato apoiado por FHC é de magníficos 57%.
Colosso. Sim, quase 2/3 do eleitorado, proporção só três pontos inferior à influência exercida por Lula, foge como o diabo da cruz da benção dada pelo ex-presidente tucano a um candidato; apenas 23% cogitariam sufragar um nome apoiado por ele.
Esse, o empolgante futuro reservado ao presidenciável Aécio Neves, ou será que a partir de agora ele imitará seus antecessores de dificuldades e esconderá o personagem que o imaginário brasileiro identifica ao saldo deixado pelo PSDB na economia e na política do país?
O fato é que a virada antipetista, ou antigovernista, ou ainda antidilmista que o dispositivo midiático tenta vender –e o fez com notável sofreguidão neste final de semana-, guarda constrangedoramente pouca aderência com a realidade.
Exceto se tomarmos por realidade as redações da emissão conservadora, a zona sul do Rio ou o perímetro compreendido entre os bairros de Higienópolis, Morumbi e Vila Olímpia, em São Paulo, a disputa é uma pouco mais difícil.
Não significa edulcorar os desafios e gargalos reais enfrentados pelo país.
Mas na esmagadora superfície habitada por 60% da população brasileira o jogo pesado da eleição de 2014 envolve outras referências que não apenas a crispação do noticiário antipetista em torno desses problemas.
Por certo envolve entender quem é quem e o que propõe cada projeto em disputa na dura transição de ciclo econômico em curso – e nessa luta ideológica pela conquista e o esclarecimento de corações e mentes, o governo Dilma e o PT estão em débito com a sociedade.
Sobretudo, o que os dados mais recentes indicam é que a verdadeira disputa de projetos precisa de mais luz e mais desassombro por parte dos alvos midiáticos.
Os institutos de pesquisas, a exemplo do Datafolha, em grande medida avaliam o alcance do seu eco quase solitário.
Bombardeia-se a Petrobras para em seguida mensurar o estrago que os obuses causaram na resistência adversária. Idem, com o tomate, a "Standard & Poor’s" etc., etc., etc.
Ao largo das manchete do Brasil aos cacos, porém, seis em cada dez brasileiros aguardam o que têm a dizer aqueles que se tornaram uma referência confiável pelo que fizeram para a construção da democracia social nos últimos anos.
É aí que Lula entra. E o PT deve cuidar para que entre não apenas rememorando o passado, do qual já é uma síntese histórica.
Mas que coloque essa credibilidade a serviço de uma indispensável repactuação política do futuro, contra o roteiro conservador do caos que lubrifica a rendição ao mercadismo.
Dizer que Dilma perdeu seis pontos e retardar a divulgação do que fariam 60% dos eleitores diante de um apelo de Lula, é uma evidência do temor que essa agenda e esse cabo eleitoral causam no palanque de patas moles que a mídia, sofregamente, carrega nas costas."
FONTE: escrito por Saul Leblon e editorial do site "Carta Maior". Transcrito no site "Viomundo" (http://www.viomundo.com.br/denuncias/saul-leblon-lula-nao-precisa-ser-candidato.html). [Título e observação inicial entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].
2 comentários:
!000 vezes parabéns por mostrar como é as pesquisas nesse Pais. Edison bezerra.
Edison Bezerra,
Obrigada. O mérito é da Saul Leblon, com seus ótimos textos.
Maria Tereza
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