Maria
das Graças Foster: empresa produz 311 mil
barris de petróleo por dia no pré-sal.
Foto: Agência
Petrobras
Da
revista “Teoria e Debate”
ÀS
CRÍTICAS, PETROBRAS RESPONDE COM COMPETÊNCIA
“A maior empresa do Brasil tem sido
alvo constante de desqualificação. Levantamos algumas dessas críticas para
Maria das Graças Silva Foster, presidenta da Petrobras, que as rebate e
reafirma a busca da companhia por excelência.
“Em maio, a Petrobras realizou uma
das maiores captações de dólares do mundo. Embora a empresa tenha recebido
oferta de US$ 45 bilhões para investir em seu Plano de Negócios e Gestão
2013-2017, a operação concluída em poucas horas fechou em US$ 11 bilhões. Além
disso, no mesmo período, recebeu classificação “Strong” da agência de rating “Standard & Poor’s”, que
acompanha cerca de 4 mil grandes empresas no mundo, tendo como principal
parâmetro exatamente a gestão da companhia. Não parece que se trate de uma
empresa “desestruturada”, menos ainda que tenha sido “uma captação de recursos
para uma empresa endividada, mas para uma empresa que está investindo no seu
crescimento”, esclarece nossa entrevistada.
A
imprensa tem divulgado críticas a respeito de uma suposta desestruturação da
Petrobras. O que você teria a dizer a respeito?
Maria das Graças - Ocorre exatamente o contrário.
Nunca trabalhamos tanto na estruturação objetiva da Petrobras. Podemos nos
deter apenas no período de 2003 até hoje, quando surgiram novas oportunidades
de crescimento para a empresa, em especial com a descoberta de óleo e gás no
pré-sal, em 2006, depois de muito trabalho.
O pré-sal ampliou ainda mais o leque
de realizações, colocando diante de nós um grande trabalho de estruturação. Em
2007, quando eu era diretora de Gás e Energia, fomos levados a definir
estratégias de atuação adequadas à época. Hoje, contamos com muito mais
evidências das oportunidades de melhoria, com um nível de maturidade maior.
Temos estruturado a Petrobras sobre sua base de conhecimento e adotando métodos
convencionais de gestão. Então, ao invés de falar em desestruturação, deve-se
falar em estruturação.
Atualmente, temos, em primeiro
lugar, uma avaliação de desempenho do empregado, que chamamos de “Gerenciamento
de Desempenho” (GD), ligado ao Plano de Negócios e Gestão em curso. Com isso,
os empregados estão imbuídos das mesmas metas, na busca do cumprimento daqueles
indicadores. Há os programas estruturantes da companhia, como o “Programa de
Otimização dos Custos Operacionais” (PROCOP), o “Programa de Recuperação de
Aumento da Eficiência Operacional” (PROEF) da Bacia de Campos – que é nossa bacia mais antiga, a que hoje
nos alimenta, pois é de onde vem 80% da nossa produção – e o INFRALOG, que
é o programa de otimização da infraestrutura logística do sistema Petrobras.
Cada programa tem suas metas e seus indicadores, acompanhados mensalmente pela
alta direção da companhia.
Temos, ainda, o “Programa de
Desinvestimento” (PRODESIN), com metas também muito claras, que já existia
desde o Plano de Negócios 2011-2015, na gestão do José Sérgio Gabrielli, mas
era conhecido como “Plano de Desinvestimento”. Tudo é uma questão de
amadurecimento e de continuidade. Essa carteira de projetos a desinvestir foi
aprovada pelo Conselho de Administração da companhia em 2011 e agora passou a
se chamar programa, com metas e indicadores.
A “política de conteúdo local” da
Petrobras também foi aprovada na gestão do Gabrielli, em janeiro de 2012. Em
março do mesmo ano, em continuidade, criamos uma área e um programa específicos
para acompanhar a execução dessa política, ligados diretamente à presidência da
empresa. Portanto, a companhia vem se estruturando para aumentar e melhorar sua
performance.”
FONTE:
da revista “Teoria e Debate”, da Fundação Perseu Abramo (http://www.teoriaedebate.org.br/materias/nacional/criticas-petrobras-responde-com-competencia).
Transcrito no portal do PT (http://www.pt.org.br/noticias/view/teoria_debate_edicaeo_online_de_junho_ja_esta_disponivel).
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