Por
Luis
Nassif
“Os jornais enfatizam que Dilma
Rousseff abandonou a ideia da Constituinte Exclusiva. É detalhe, e diz respeito
apenas à forma e aos métodos. No que importa, Dilma teve sucesso no, até agora,
mais ousado lance da sua trajetória como presidente: a proposta de reforma política vingou e ela assumiu a liderança.
Mais: será feita com consulta popular,
seja em qual forma for.
Nas redes sociais, o tema ganhou
vida. Ganhou apoio nos demais poderes. Ontem mesmo, o presidente do STF
(Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa não apenas manifestou apoio à ideia,
como lançou as suas propostas para discussão.
A proposta não apenas ganhou as
redes sociais como os nomes jurídicos expressivos, com discordâncias pontuais
quanto à forma.
Mede-se o homem público pela maneira
como reage às crises. Sob pressão, Juscelino Kubitscheck tornava-se um gigante;
Brizolla, um guerreiro; Jango um confuso; Jânio pirava; Sarney rezava para
Nossa Senhora Aparecida e Collor entrava em depressão.
FHC tornava-se proativo, embora
sempre na direção única e equivocada dos pacotes fiscais duríssimos, acentuando
ainda mais a recessão.
Lula tornou-se um estadista apenas
após a grande crise do mensalão. Já Pedro Malan sumia, a cada crise cambial. E
José Serra apequenava-se ante a menor crise que enfrentasse, de chuva forte a
manifestação estudantil.
Com as reações às manifestações, com
o diagnóstico feito e com a aposta na reforma política, Dilma mostra que a
crise a faz crescer e a sair do imobilismo.
Há enormes desafios pela frente, a
crise econômica mundial que mal bateu por aqui. Mas os últimos dias
demonstraram que temos presidente.”
FONTE:
escrito por Luis Nassif em seu portal (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/temos-presidente).
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