Por Flávia Villela, repórter da Agência Brasil
“O Brasil desenvolveu uma tecnologia
inédita com fibra de carbono, mais barata e tão resistente quanto às
comercializadas no mercado internacional. A pesquisa foi desenvolvida pelo
Exército Brasileiro, em parceria com a Petrobras, e usa o piche de petróleo
para a criação do material. Muito usada na indústria da aeronáutica e
automobilística, a fibra de carbono diminui o peso dos materiais sem perder a
resistência.
A fibra de carbono de piche já é
produzida comercialmente no Japão e nos EUA, porém com piche de alcatrão ou
sintético (substâncias químicas puras),
e com o preço de comercialização variando entre US$ 50 e US$ 1 mil o quilo. O
alto custo faz com que o material, que substitui, sobretudo, o aço e o alumínio,
seja mais usado em carros de Fórmula-1, veículos de luxo, em aviões e foguetes.
De acordo com o gerente do “Projeto Carbono do Núcleo de Competência
para o Desenvolvimento de Tecnologia de Carbono” (NCDTC) do “Centro
Tecnológico do Exército” (CTEx), Major Alexandre Taschetto, a vantagem da
invenção brasileira é que os derivados do petróleo ou “fundo do barril de petróleo” não têm mercado significativo, o que
ajuda a baratear a fibra de carbono brasileira e viabilizar o uso em larga
escala.
“Avaliamos
que a fibra de carbono de piche de petróleo brasileira pode custar entre US$ 10
a US$ 15 por quilo. A indústria automobilística avalia que, se o custo da fibra
estiver abaixo de US$15 por quilo, já compensa substituir o aço por fibra em
maiores quantidades”, explicou o major ao salientar que carros com peças de
fibra de carbono têm mais eficiência energética e emitem menos poluentes que os
carros com peças de aço.
Taschetto explicou ainda que, para o
Exército, a nova tecnologia também é muito útil na fabricação de materiais mais
leves para os soldados, “desde
equipamentos individuais como capacete, armamento leve, como pistola e fuzil,
até armamento pesado, como metralhadora, morteiro, além de peças para viaturas
mais leves”.
A produção em escala industrial do
material ainda está em estudo na Petrobrás. O produto produzido em escala
semi-industrial será apresentado no “Congresso Mundial de Pesquisadores da Área
de Carbono” (Carbon 2013), entre os dias 15 e 19 de julho, no Rio de Janeiro e,
pela primeira vez, na América do Sul. As fibras de carbono estão presentes em
vários produtos como nas bicicletas, nos celulares e laptops.”
FONTE: escrito por Flávia Villela, repórter da Agência Brasil (Edição:
Talita Cavalcante) (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-06-29/brasil-desenvolve-tecnologia-inedita-com-fibra-de-carbono).
[Imagem do Google adicionada por este
blog ‘democracia&política’].
Nenhum comentário:
Postar um comentário