A agência espanhola de notícias EFE, ontem divulgou, em Londres, a seguinte matéria aqui publicada pela Folha Online:
“O Tesouro britânico e o Lloyds Banking Group podem fechar ainda nesta sexta-feira um acordo através do qual o governo garantiria 258 bilhões de libras (281 bilhões de euros) em papéis "podres" (com alto risco de calote) do banco e com o que aumentaria sua participação a 70% na entidade, informa o jornal "Financial Times" em reportagem de hoje.
Segundo o jornal, as negociações sobre a inclusão do Lloyds Banking Group no programa de proteção de ativos do governo britânico estariam avançadas e contariam com autorização do ministro das Finanças, Alistair Darling, para assegurar mais ativos.
A maior parte desses ativos tóxicos viria do HBOS (Halifax Bank of Scotland), instituição que o Lloyds recuperou em setembro passado em uma operação coordenada pelo governo.
O acordo proposto pelo Tesouro ao conselho de administração da instituição exigiria o pagamento de um honorário através da emissão de ações do tipo B --que não dão direito a voto, mas se beneficiam do pagamento de dividendos--, com as quais o governo passaria a controlar 53% do Lloyds.
Fora isso, o acordo incluiria uma cláusula em que as ações preferenciais que o governo possui se transformariam em ordinárias, o que elevaria a participação final a 70%.
Caso realmente seja fechado, o acordo seria um duro golpe para o presidente do Lloyds, Victor Blank, que repetiu em várias ocasiões que não deseja ver aumentar a participação do Estado no banco além dos 43% atuais.
No mês passado, o grupo bancário britânico registrou lucro de 819 milhões de libras (cerca de US$ 1,16 bilhão) em 2008, uma queda de 75% frente ao ano anterior. Em comunicado enviado à Bolsa de Londres, o banco informou que os resultados correspondem ao grupo Lloyds TSB até 31 de dezembro de 2008, mas o banco passou a funcionar como Lloyds Banking Group após completar a aquisição do HBOS em 16 de janeiro de 2009.
O governo britânico já apresentou um plano de garantias dos ativos bancários podres (de difícil pagamento), que ajudará também o Royal Bank of Scotland (RBS), que teve um prejuízo de 24,137 bilhões de libras (cerca de US$ 34,4 bilhões) referente a 2008, o maior da história empresarial britânica.
O governo garantirá pelo menos 325 bilhões de libras de ativos podres. Cobrirá 90% das perdas geradas por estas ações, além de uma franquia de 19 bilhões. O Tesouro anunciou que os bancos têm prazo até março para aderir ao regime, que está entre as principais medidas do último plano de resgate bancário anunciado em janeiro.
Darling estimulou os bancos a aderirem ao plano, que, segundo ele, é um "ponto de partida essencial" para acabar com os riscos excessivos do passado e reativar o mercado de crédito, mas reconheceu que "isso não acontecerá de um dia para o outro".
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