quinta-feira, 12 de março de 2009

UMA PÉROLA SOBRE O CARÁTER DE FERNANDO HENRIQUE

Li o seguinte artigo no site “Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim:

“Tancredo Neves chama Fernando Lyra a Belo Horizonte, num sábado de manhã.

Logo ao chegar, Fernando percebe que Tancredo não estava bem: alguma coisa tinha acontecido.

Tudo bem ?

Tudo bem, e o senhor ?

Tudo bem, respondeu Tancredo, seco.

E completou: você já leu o Estadão ? Viu o Fernando Henrique ?

Vi !

Como é que ele dá uma declaração dessa, defendendo o Ulysses ? Ele não está conosco ?

Dr. Tancredo, o Fernando Henrique é presidente do PMDB de São Paulo, explicou Fernando Lyra, pacientemente. De sexta a segunda, ele fica em São Paulo, onde é mais ligado a Ulysses. De segunda à tarde a sexta, ele está em Brasília. E, aí, fique tranqüilo, que ele vota com a gente. O voto dele é nosso !

Ouvi essa história de Fernando Lyra, nessa terça-feira, em Recife, em torno de um prato de camarão ao molho de cerveja.

É um testemunho sobre “Tancredo e a transição democrática”.

Esta pérola sobre o caráter de Fernando Henrique é uma das muitas histórias que Lyra conta em seu livro “Daquilo que eu sei”, que será lançado segunda feira, em Recife, com a presença do neto de Tancredo, Aécio Neves e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

Lyra foi do MDB autêntico, articulou a eleição de Tancredo no Congresso, - Tancredo derrotou Paulo Maluf numa eleição indireta, no Colégio Eleitoral – e se tornou Ministro da Justiça de Tancredo e de Sarney.

Até que Ulysses o tirasse do Ministério (está tudo lá no livro).

Bem que Fernando Lyra colaborou para sair: ele é autor da célebre frase, Sarney é “a vanguarda do atraso”.

Menos famosa, por motivos óbvios – o PiG(*) não perdoa ! – é outra frase de Lyra, muito parecida: “Fernando Henrique é o atraso da vanguarda !”

É o tipo da coisa que o PiG de São Paulo não gosta de publicar …”

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.”

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