sexta-feira, 13 de março de 2009

VEJA E DIEGO MAINARDI TENTAM RETIRAR O MÉRITO DE SANTOS DUMONT

DESSA MANEIRA, AGRADAM AOS NORTE-AMERICANOS. GRATUITAMENTE?

Li hoje no site WWW.fab.mil.br a seguinte resposta da Aeronáutica à coluna de Diogo Mainardi – “A INTELIGÊNCIA BRASILEIRA

[OBSERVAÇÃO: este blog recomenda a leitura do artigo “23 OUTUBRO: 102 ANOS DO 1º VÔO DE SANTOS DUMONT”, aqui postado em 20/10/2008. O texto é longo, mas é completo e vale a pena lê-lo]

“O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica lamenta o desconhecimento do colunista brasileiro Diogo Mainardi sobre a história dos Heróis da Pátria de seu país, demonstrado em artigo publicado na edição nº. 2.103 da revista VEJA, de 11 de março de 2009, sob o título “A Inteligência Brasileira”.

Ao se referir a Alberto Santos-Dumont, o cético Diogo Mainardi desconhece que esse notável brasileiro voou um avião, pela primeira vez na história da humanidade, em 23 de outubro de 1906, no Campo de Bagatelle, Paris – França, dois anos antes dos americanos irmãos Wright.

Por esse feito, com o testemunho de uma multidão de pessoas, Santos-Dumont conquistou o “Prêmio Archdeacon”, honraria concedida ao primeiro aviador que conseguisse voar uma distância de 25m com ângulo máximo de queda de 25%. O fato teve o reconhecimento e a homologação do órgão de aviação da época, L`Aero-Club de France e sancionado pelo embrião da International Aeronautics Federation (FAI).

Os irmãos Wright demonstraram o vôo em público pela primeira vez somente em 21 de setembro de 1908. De acordo com o “New York Times”, de 17 de dezembro de 1951, o telegrafista Alpheus W. Drinkwater, uma das poucas testemunhas oculares de um vôo supostamente ocorrido em 17 de dezembro de 1903, afirmou que naquela data o equipamento apenas planou, tanto que em 22 de maio de 1906 eles obtiveram, nos EUA, a patente nº. 821.393 para um planador.

Por fim, seguindo a linha de raciocínio adotada pelo Sr. Mainardi em seu artigo, um ótimo exemplo dessa inteligência brasileira a que o texto se refere vem dele mesmo, que distorcendo a história e omitindo fatos oficialmente registrados, perde a oportunidade de homenagear um grande herói brasileiro, pai da aviação e patrono da nossa Aeronáutica.

Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica”

Vejamos a estranha deformação da história, em enaltecimento aos irmãos Wright e em detrimento de Santos-Dumont, feita na revista Veja desta semana por Diogo Mainardi, no artigo “A INTELIGÊNCIA BRASILEIRA”, que mereceu a resposta da Aeronáutica transcrita acima:

"A verdadeira proeza de Santos Dumont foi conseguir inventar o avião três anos depois de o avião ter sido inventado pelos irmãos Wright"

– Chester.

– Copo de polipropileno.

– Chinelo de dedo.

Uma empresa internacional de assessoria, Monitor Group, publicou uma lista com as 101 maiores descobertas brasileiras. É um retrato da engenhosidade nacional. Quem precisa de Arquimedes, se nós criamos a lombada eletrônica? Quem precisa de Leonardo da Vinci, se nós criamos a caipirosca engarrafada? Quem precisa de Thomas Edison, se nós criamos o fast-food de bobó de camarão?

Chu Ming Silveira é autora de uma das 101 maiores descobertas brasileiras: o orelhão. A ideia é particularmente inovadora porque, em vez de diminuir o barulho da rua, como todas as outras cabines de telefone espalhadas pelo mundo, o orelhão, funcionando como uma grande orelha, tem a singularidade de captar os ruídos externos e amplificá-los.

Antes que Chu Ming Silveira desenvolvesse o projeto do orelhão, o Brasil teve outros inventores. O maior deles: Alberto Santos Dumont. Ele é reconhecido por todos os brasileiros como o inventor do avião. Mas sua verdadeira proeza foi conseguir inventar o avião três anos depois de o avião ter sido inventado pelos irmãos Wright. Inventar algo que nunca existiu, como os irmãos Wright, é incomparavelmente mais simples e rudimentar do que inventar algo que já existe, como Santos Dumont. Ele está para a aeronáutica assim como Al Gore está para a internet. Santos Dumont é o Al Gore dos céus.

No ano passado, Dilma Rousseff declarou que a descoberta de petróleo na camada pré-sal "foi produzida pela inteligência brasileira e pela tecnologia brasileira". De fato, o petróleo descoberto no pré-sal consta da lista do Monitor Group, ao lado de outros triunfos da inteligência brasileira e da tecnologia brasileira, como a macarronada pré-cozida da cadeia de restaurantes Spoleto. Para perfurar o terreno até o pré-sal, a Petrobras arrendou duas sondas. A primeira, Ocean Clipper, foi fei-ta em Kobe, pela Mitsubishi, e pertence à Diamond Offshore. A segunda, Paul Wolff, foi feita em Mississippi, pela Ingalls, e pertence à Noble Corporation.

Quando se analisam os contratos assinados pela Petrobras para explorar o petróleo na camada pré-sal, despontam nomes de companhias genuinamente brasileiras como Schlumberger, Aker Solutions, Halliburton, Subsea 7, FMC Technologies, Technip e Mitsui Ocean Development. Em janeiro, um engenheiro estrangeiro disse à revista Offshore que o Brasil é inexperiente no assunto e que "tem um monte de problemas pela frente". Mas quem é capaz de fazer uma macarronada pré-cozida seguramente também é capaz de fazer um buraco no solo para retirar o petróleo do pré-sal.

A inteligência brasileira e a tecnologia brasileira produziram, na Bahia, o orelhão em forma de berimbau. Como é que a gente pode falhar?”

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