sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

INDÚSTRIA REGISTRA MAIOR ALTA DESDE ABRIL


Por Camila Moreira, da [agência norte-americana de notícias] “Reuters”

“A atividade industrial brasileira se expandiu em dezembro e atingiu o nível mais alto desde abril, em meio ao crescimento da produção e de novos negócios, de acordo com o ‘Índice de Gerentes de Compras’ (PMI, na sigla em inglês) divulgado na quinta-feira.

O PMI do instituto “Markit” voltou a ficar acima da marca 50, que separa crescimento e contração, ao atingir 50,5 em dezembro, ante 49,7 em novembro, no melhor resultado desde a marca de 50,8 atingida em abril.

"A atividade econômica no setor industrial expandiu por conta de crescimento mais forte da produção, com as empresas sinalizando o primeiro aumento mensal nas novas encomendas em seis meses", destacou o economista-chefe do HSBC, André Lóes.

De acordo com o “Markit”, houve crescimento da produção pelo quarto mês seguido, com os entrevistados citando como razão a entrada de novos contratos.

Os novos pedidos cresceram pela primeira vez desde junho, com as empresas relatando fortalecimento na demanda, ainda que tenham destacado a incerteza econômica como um peso sobre o otimismo dos clientes.

Por outro lado, o volume de novos pedidos do exterior ficou estagnado, em meio a uma demanda contida [por conta da crise na maioria dos países] e aumento da concorrência externa.

O subsetor de bens de consumo foi o que apresentou melhor desempenho em dezembro, com taxas de crescimento de produção e volume de novos pedidos superando as das empresas produtoras de bens intermediários. Em contraste, a produção de bens de capital recuou.

Apesar do cenário favorável, os fabricantes brasileiros continuaram a reduzir suas forças de trabalho em dezembro, com o nível de emprego caindo pelo nono mês seguido, embora no ritmo mais fraco desde abril.

O “Markit” destacou, ainda, que tanto os preços de insumo quanto os de produção aumentaram em dezembro, embora a taxa de inflação de preços cobrados tenha atingido recorde de baixa de 17 meses.

"Os fabricantes continuaram a indicar que a moeda [dólar] fraca resultou em preços mais elevados [em real] pagos por matérias-primas importadas, e que as cargas adicionais de custo foram parcialmente repassadas aos clientes", disse em nota.

A indústria brasileira viveu um ano de altos e baixos em 2013. De acordo com o dado mais recente do “Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística” (IBGE), a produção do setor surpreendeu em outubro ao crescer 0,6 por cento sobre o mês anterior, mantendo-se pelo terceiro mês seguido em território positivo, porém ainda mostrou uma recuperação moderada do setor.”

FONTE: reportagem de Camila Moreira, da [agência norte-americana de notícias] “Reuters” (Edição de Raquel Stenzel). Transcrito no jornal “Brasil 247”  (http://www.brasil247.com/pt/247/economia/125642/Ind%C3%BAstria-registra-maior-alta-desde-abril.htm). [Trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

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