quinta-feira, 19 de maio de 2011

BRASIL PRECISA DA USINA DE BELO MONTE


O BRASIL PRECISA DA UHE BELO MONTE PARA CRESCER E DISTRIBUIR RENDA, DIZ MME

“Para que o país continue a crescer na faixa de 5% do PIB a cada ano, será necessária a instalação de mais 71,3 mil MegaWatts até o ano de 2019. Por isso, o projeto de construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, é vital para permitir o parque industrial funcionar a pleno vapor. A avaliação foi feita pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Altino Ventura Filho, durante workshop “Belo Monte para Jornalistas”, realizado em Brasília pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM).

O Brasil precisa, nos próximos dez anos, instalar 70% da energia que instalou em toda a sua história. Se não houver energia elétrica, o país não irá crescer 5% ao ano”, disse o secretário.

Embora defenda formas alternativas para geração de energia, como eólica e solar, o secretário diz que é alto o custo do investimento e do preço final dessas fontes alternativas para o consumidor e, por isso, as hidrelétricas tornam-se mais vantajosas. “A energia hidrelétrica é a fonte mais econômica, renovável e adequada às nossas necessidades, inclusive do ponto de vista ambiental”, defendeu.

O custo da energia gerada por Belo Monte deve ficar em menos de R$ 80 o MW/h (MegaWatt/hora), enquanto as outras fontes, como a energia eólica, custariam no mínimo R$ 130 o MW/h, afirma Ventura Filho.

Levar energia até a casa dos brasileiros que ainda não têm é uma forma de resgate social”.

FUNAI: NENHUMA TERRA INDÍGENA SERÁ ALAGADA POR BELO MONTE

Durante o workshop promovido pela SECOM, o presidente da FUNAI, Márcio Meira, afirmou que nenhuma terra indígena será alagada com a construção da usina.

O projeto foi modificado para não alagar terras indígenas. Não haverá supressão de terras e nem remoção de indígenas”, assegurou Meira.

O presidente da FUNAI disse que o órgão está cumprindo seu papel no processo, estabelecendo condições e medidas que minimizem os impactos do empreendimento junto aos povos indígenas da região. São 13 as condicionantes indígenas, sob responsabilidade da Norte Energia S.A., que constam da licença prévia emitida pelo IBAMA em fevereiro do ano passado. Outras 13 condicionantes, incluindo proteção e fiscalização das terras indígenas, cabem ao Estado brasileiro.

Se o empreendimento é importante para o país, então que os primeiros beneficiários sejam os povos daquela região”, disse.

Meira esclareceu ainda que a FUNAI, como órgão interveniente, vem realizando estudos e reuniões nas dez terras indígenas localizadas na área de influência da obra desde 2007. Foram realizadas 42 reuniões de consulta com indígenas, incluídas as quatro audiências públicas em Brasil Novo, Vitória do Xingu, Altamira e Belém. Intérpretes, inclusive, foram empregados para traduzir do português para as respectivas línguas.

A FUNAI vai acompanhar, ainda, a execução do Plano Básico Ambiental, os programas de Comunicação Indígena e de Proteção das Terras Indígenas, todos de responsabilidade do empreendedor.

IBAMA: VIABILIDADE AMBIENTAL DA UH BELO MONTE JÁ FOI ATESTADA

O presidente do IBAMA, Curt Trennepohl, afirmou que, se todas as condicionantes forem cumpridas, o órgão emitirá a licença de instalação definitiva da obra de Belo Monte. Trennepohl participou, também, do workshop que teve por finalidade tirar dúvidas de jornalistas sobre o empreendimento.

Ações já foram propostas com o intuito de paralisar o processo, mas não existe nenhuma vedação judicial ao procedimento de licenciamento ambiental”, afirmou.

Trennepohl declarou, ainda, que não há prazo para a emissão da licença de instalação da obra da barragem e fez questão de destacar a independência dos 24 técnicos que analisam o processo. Na semana passada, equipe da Diretoria de Licenciamento Ambiental do IBAMA finalizou vistoria no local do futuro empreendimento, próximo a Altamira (PA), e trabalha agora na elaboração do parecer técnico.

A viabilidade ambiental do empreendimento Belo Monte já foi atestada pelo IBAMA, afirmou Trennepohl, quando da emissão da licença prévia (LP), em fevereiro de 2010, estabelecendo 40 condicionantes para prevenir, mitigar ou compensar impactos do projeto. Caso as condicionantes socioambientais não sejam cumpridas pelo consórcio Norte Energia S.A. (NESA), responsável pelo empreendimento, o IBAMA tem poder para embargar a obra.

Nem todo impacto ambiental pode ser considerado prejuízo. Algumas vezes, deve ser considerado custo. O papel do órgão licenciador é procurar minimizar ou compensar os efeitos adversos para o meio ambiente”, disse.

NORTE ENERGIA

O consórcio Norte Energia já recebeu, em janeiro deste ano, a licença para instalação dos canteiros de obra. O consórcio aguarda a licença definitiva para iniciar a construção do empreendimento. Segundo o diretor Socioambiental da NESA, Antônio Coimbra, as condicionantes estabelecidas pelo IBAMA estão sendo tratadas com seriedade.

Todas as condicionantes foram atendidas ou estão em atendimento”, afirmou.

O consórcio é composto pela Eletrobrás e por grupo de empresas privadas brasileiras. Com a construção da UHE Belo Monte, o governo espera acrescentar 11 mil MegaWatts (MW) de capacidade instalada à matriz energética nacional. Com essa potência, Belo Monte será a segunda maior hidrelétrica do Brasil, atrás apenas da usina Itaipu Binacional, administrada por Brasil e Paraguai, com 14 mil MW de potência. Belo Monte deverá iniciar a geração comercial em janeiro de 2015, com sua motorização total prevista para janeiro de 2019.”

FONTE: Blog do Planalto (http://blog.planalto.gov.br/o-brasil-precisa-da-uhe-belo-monte-para-crescer-e-distribuir-renda-diz-mme/) [imagem do Google adicionada por este blog].

4 comentários:

Probus disse...

Conforme a pauta:

Brasil e Argentina defendem adoção de estratégia comum de dissuasão por países sul-americanos
Por Wiltgen

Lima, Peru, 12/05/2011 - Os ministros da Defesa do Brasil e da Argentina, Nelson Jobim e Arturo Puricelli, defenderam a adoção, pelos países sul-americanos, de uma estratégia comum de DISSUASÃO. Segundo eles, para que possam MANTER SUA SOBERANIA e continuar a PROTEGER, elas próprias, as inúmeras RIQUEZAS da região, é NECESSÁRIO que as nações sul-americanas ADOTEM uma estratégia conjunta que seja capaz de DEMOVER eventuais iniciativas EXTERNAS contrárias aos INTERESSES do subcontinente.

A manifestação de ambos os ministros foi feita durante o primeiro dia da III Reunião Ordinária do Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS), organismo multilateral criado no âmbito da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) como instância de consulta, cooperação e coordenação em matéria de defesa.
Partiu de Jobim a iniciativa de levantar, no encontro, o tema da estratégia comum de dissuasão. Para reforçar seu ponto de vista, o ministro brasileiro lembrou aos participantes que o continente sul-americano POSSUI algumas das principais riquezas que, dentro de alguns anos, com o aumento da população mundial e o esgotamento de parte desses bens, PODERÃO ser objeto da COBIÇAS de outros povos.

Dentre essas riquezas, citou o ministro, FIGURAM os aquíferos Guarani e da Amazônia, o POTENCIAL de produção de proteínas animais e vegetais, ALÉM das fontes renováveis de geração de energia. “O futuro vai exigir do subcontinente uma estratégia comum de dissuasão. Será que estaremos preparados para isso?”, provocou Jobim.
Segundo ele, os países sul-americanos têm, ATUALMENTE, “vulnerabilidades sérias” em seus meios de defesa. Como exemplo disso, ele citou a situação existente hoje em que diversas dessas nações, incluindo o Brasil, NECESSITAM de COMPRAR imagens de satélites geoestacionários de países de FORA do subcontinente para fins CIVIS e MILITARES.
Para Jobim, SOMENTE a construção de um ambiente de confiança e cooperação MÚTUA entre os países sul-americanos será capaz de reduzir as vulnerabilidades existentes na região no CAMPO DA DEFESA, dotando-os de capacidade real de PROTEGER as riquezas da maneira que JULGAREM MELHOR, para o BEM de SEUS povos e TODA a humanidade.
“TEMOS que nos CAPACITAR para dizer NÃO quando a região TIVER que dizer não”, afirmou.
A manifestação de Jobim RECEBEU o endosso imediato do ministro argentino. Purcelli afirmou que seu país compartilha com Brasil a ideia de que são os sul-americanos que devem garantir, para o bem de toda humanidade, as riquezas existentes na região.
O representante argentino recordou o conceito que levou à criação da UNASUL, baseado na ideia central de estabelecer uma zona de paz e cooperação na região. “Temos um compromisso firme de trabalhar pela UNIDADE latino-americana”, disse.
Além dos membros das comitivas do Brasil e da Argentina, integrantes de outros países, como COLÔMBIA e Equador, TAMBÉM se manifestaram no sentido da adoção de iniciativas concretas que levem ao AUMENTO da confiança entre as nações sul-americanas.
Entre os assuntos que deverão ser debatidos no encontro estão as tratativas para o DESENVOLVIMENTO do centro de estudos estratégicos de defesa e mecanismos conjuntos para atuação das Forças Armadas sul-americanas em ações de DEFESA CIVIL.
A criação do CDS foi proposta pelo BRASIL e discutida pela primeira vez numa reunião de presidentes sul-americanos, em abril de 2008.
O Conselho POSSUI 12 estados-membro: Brasil, Argentina, Peru, Venezuela, Colômbia, Uruguai, Chile, Bolívia, Paraguai, Equador, Guiana e Suriname.
O organismo tem como OBJETIVO CENTRAL consolidar a América do Sul como uma ZONA LIVRE, SOBERANA e PACÍFICA, base para a ESTABILIDADE democrática e para o DESENVOLVIMENTO dos povos da região. TAMBÉM é objetivo do Conselho fomentar uma identidade sul-americana em matéria de defesa.

FONTE: MD

http://www.forte.jor.br/2011/05/17/brasil-e-argentina-defendem-adocao-de-estrategia-comum-de-dissuasao-por-paises-sul-americanos/

Unknown disse...

Probus,
Muito obrigada pelo interessante artigo. No meu entender, os conceitos expostos no artigo estão corretos. Nenhum país hoje na América do Sul, isoladamente ou todos reunidos, pode fazer frente ao poderio bélico de grande potência, como, por exemplo, dos EUA (que investem em armamento 10 vezes mais que a China). Contudo, acredito no poder de dissuasão. Se mosquitos em uma floresta inibem a nossa entrada nela, uma pequena capacidade militar pode inibir eventuais ameaças ao nosso continente. O risco de perdas indesejáveis pode frear o desejo de atacar-nos.
Maria Tereza

Probus disse...

" Vocês me matarão dez homens, enquanto eu lhes matarei um, mas, mesmo com essa conta, vocês não poderão agüentar e eu ganharei."

Ho Chi Minh, em referência a guerra da Indochina, aos americanos.

Carta de um “negro revoltoso”, Henrique Dias, ao corsário Maurício de Nassau

Senhores holandeses: Saibam vossas mercês, tenho poucas letras e muita espada. Respondo sempre, e minhas respostas são sempre dadas. Vossas mercês podem senti-las no cheiro de pólvora do meu bacamarte. Meu camarada Camarão não está aqui, porém, eu respondo por ele. Saibam, vossas mercês, que Pernambuco é pátria dele e minha, e já não podemos suportar a ausência dela. Aqui haveremos de perder as vidas ou haveremos de deitar vossa mercês fora dela; e ainda que o governador-geral, e sua majestade mesmo, nos mandem retirar, primeiro que o façamos, lhe haveremos de responder e dar as razões que temos para não desistir desta guerra.

O lamento de um “príncipe” vencido

- Perdemos a guerra. A vitória coube aos pernambucanos. Terão uma pátria. Um negro analfabeto e um bugre já conhecem o significado deste nome. Eu, um príncipe de sangue, careço desse conforto. Fiz de mim um corsário. Um soldado de armas e brasão vendidos ao uma companhia de comerciantes incumbida de saquear e sugar até a exaustão uma terra defendida por quem luta pelo direito de nela deitar suas raízes.
Foi essa ancestral e arraigada idéia de pátria, insuperavelmente bela, que arruinou meus projetos de uma Cidade Maurícia livre e universal. Uma nova Amsterdam!
- Venceu o modo antigo, Até, ou sobretudo, dentro de mim mesmo. A semente dos Albuquerque frutificou. Ele perderam suas terras e suas fazendas, mas criaram uma pátria para seus descendentes mamelucos.

(Maurício de Nassau / 1648)

"Mas, se ergues da justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge à luta!
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada, entre outras mil, és tu, Brasil, oh Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!"

Unknown disse...

Probus,
Belo comentário. Conceitos corretos e com história e poesia.
Maria Tereza