“A nota do ‘Deutsche
Bank’ falando em “má vontade” do mundo das finanças com o Brasil não veio do nada. [ver neste blog
em: http://www.democraciapolitica.blogspot.com.br/2013/06/deutsche-bank-estao-de-ma-vontade-com-o.html ]
Com o combustível fornecido por
fatos reais – a queda no ritmo de
crescimento – incendiado com o sopro de uma imprensa catastrofista, os
falcões do mercado financeiro esticaram suas garras sobre o projeto brasileiro
de crescer pela via da produção, não pelo ilusório caminho do volátil capital
especulativo.
É nesse quadro que se deve observar
a manchete de sexta-feira (7) dos jornais – a
perspectiva negativa da Standard & Poors quanto ao “rating” do Brasil –
e a jocosa publicação da “The
Economist”, pintando um cenário de caos e, novamente, pedindo a
cabeça do Ministro Guido Mantega.
Falta, a um e a outro, lucidez. No
caso da revista inglesa, porém, falta respeito e sobra prepotência.
Ou, como dizia a minha avó, um “macaco olha o seu rabo, deixa o rabo do
vizinho”.
Porque a expansão de 0,6% do PIB
brasileiro – de fato muito baixa pelas
nossas potencialidades - é exatamente
igual à do Reino Unido
e maior do que a da França, da Espanha e da maioria da Europa. E não ficou
muito abaixo do México, novo “queridinho” do mercado financeiro entre os
emergentes, que registrou 0,8%.
E “The Economist” não pede a cabeça de nenhum
dos seus ministros da Economia.
Talvez, quem sabe, porque sejam mais
dóceis aos interesses do capital financeiro do que Mantega.
O que os ingleses da “The Economist” querem
está claro na própria matéria: aumento
dos juros, corte nos programas sociais e mais leilões de petróleo.
Aliás, não é nem original a
hipocrisia inglesa quando se trata de encobrir com propósitos nobres seus
interesses econômicos.
Vem do “Bill Aberdeen”, lei que deu à frota
britânica o “direito” de apreender navios suspeitos de tráfico de escravos e
que, na verdade, era uma represália ao fim dos tratados ruinosos – para o Brasil – de comércio exterior com
a Inglaterra.
Aliás, quem conhece algo sobre as
condições subumanas a que eram submetidos homens, mulheres e crianças nas
fábricas inglesas no início século 19, sabe que não era propriamente a
dignidade humana que estava no centro das preocupações britânicas.
Mas “The Economist” é uma
“canhoneira de papel”, como muitos jornais o são.
Embora metam medo com seu barulho e
já tenham conseguido fazer tremer o nosso BC, não têm força para mudar o rumo
que este país escolheu.”
FONTE: escrito por Fernando Brito em seu blog “Tijolaço” (http://www.tijolaco.com.br/index.php/o-ataque-na-midia-olho-na-grana/).
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