terça-feira, 4 de junho de 2013

DÓLAR EM ALTA É SÓ AQUI?

Por Fernando Brito

“Agora que conseguiram um naco maior do que esperaram do dinheiro público, com a estúpida alta dos juros promovida pelo Banco Central, a turma da bufunfa – genial expressão do economista Paulo Nogueira Batista Jr. - volta-se agora para o mercado cambial.

Todo mundo sabe que há subvalorização histórica do dólar frente ao real, que – exceto em momentos de forte especulação – tem se mantida em torno de 25-30%.

A valorização da moeda americana em 7% durante o mês de maio, porém, tem pouco a ver com um movimento de correção cambial.

Muito menos com eventual instabilidade da economia brasileira.

A moeda americana se valorizou com os dados positivos da economia americana e com a “piscadela de olho” que o presidente do “Federal Reserve” deu para eventual alta dos juros naquele país.

A lira turca, o rand sul-africano e o peso mexicano também chegaram a cotações mínimas frente ao dólar. A rúpia indiana caiu 5% no mês e nem o yuan chinês escapou da queda frente à moeda americana.

Mas, à parte o alarmismo típico do terrorismo midiático [no Brasil], não há razão para crer em disparada do dólar.

Isso, claro, se o Banco Central quiser lançar mão do petardo que são nossas reservas cambiais de US$ 374 bilhões, dez vezes maiores do que as que Fernando Henrique Cardoso/PSDB deixou para Lula em janeiro de 2003.

Um pedacinho delas sossega quaisquer especulações em um mercado que movimenta US$ 2 bilhões por dia, que rodam, rodam, rodam.

O mercado de dólar no Brasil, ao contrário do que ocorre na maioria dos países, não tem seus preços formados, essencialmente, pela negociação à vista. São os contratos futuros que formam a cotação da moeda.

O “mercado” tem, agora, um objetivo nem tão oculto: acabar com o imposto sobre operações financeiras nas operações de dólar futuro.”


FONTE: escrito por Fernando Brito em seu blog “Tijolaço”  (http://www.tijolaco.com.br/index.php/dolar-em-alta-e-so-aqui/).

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