quarta-feira, 23 de julho de 2008

DEPARTAMENTO DE ESTADO DOS EUA PAGA PARA INTERFERIR NA POLÍTICA BRASILEIRA

O jornal Folha de São Paulo publicou ontem notícia sobre interferência do governo dos EUA, inclusive com milhares de dólares, para impedir a infidelidade partidária no Brasil, a qual estava beneficiando partidos de apoio ao Presidente Lula que crescia com a fuga para o PT de políticos da oposição, justamente no ano anterior à votação para presidente (2005).

Bem que estranhei, na época, a presteza e a rapidez que muitos setores da política, da mídia, do STF e do TSE (Ministro Marco Aurélio) abraçaram a causa. Agora, as coisas começam a ser esclarecidas.

Transcrevo a matéria de Sérgio Dávila, da Folha (a li no blog do Noblat):

EUA TENTARAM INFLUENCIAR REFORMA POLÍTICA DO BRASIL

“Em 2005, a Usaid, uma agência norte-americana ligada ao Departamento de Estado, gastou US$ 95 mil para promover um seminário sobre a reforma política brasileira. O evento aconteceu no Congresso brasileiro, teve uma entidade local como parceira e palestrantes estrangeiros e brasileiros.

O objetivo, segundo documentos obtidos pela Lei de Liberdade de Informação norte-americana e passados à Folha com exclusividade pelo pesquisador independente Jeremy Bigwood, era fazer o seminário coincidir com a véspera da discussão do tema no Legislativo brasileiro -e um ano antes da reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva-, como maneira de "expandir o debate da reforma política brasileira".

Dois dos pontos que pareciam preocupar os proponentes norte-americanos do seminário eram a profusão de partidos pequenos no Brasil e a infidelidade partidária -e como isso parecia ocorrer com mais freqüência na direita do que na esquerda. "Embora esse padrão de fraca disciplina partidária seja encontrado em todo o espectro político, é menos freqüente nos partidos da esquerda progressista, como o Partido dos Trabalhadores", afirma um dos documentos.”

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