Li ontem no portal UOL a seguinte reportagem da agência inglesa de notícias BBC:
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse esperar um mundo mais "humano" após a eventual recuperação da economia mundial em um artigo exclusivo na página de opinião do jornal "Financial Times" desta terça-feira.
Em artigo exclusivo ao jornal Financial Times, Lula disse esperar um mundo mais "humano" após a eventual recuperação da economia mundial
"Não estou preocupado com o nome que será dado à nova ordem econômica e social que virá depois da crise, desde que seu principal foco seja o ser humano", diz Lula no jornal.
O texto faz parte de uma série de debates e artigos promovida pelo diário britânico sobre o futuro do capitalismo.
"Hoje ninguém ousa prever qual será o futuro do capitalismo", afirma Lula.
"Como líder de uma grande economia descrita como 'emergente', o que posso dizer é que tipo de sociedade espero que apareça depois desta crise... Tenho esperanças de um mundo livre dos dogmas econômicos que invadiram as ideias de muitas pessoas e que foram apresentados como verdades absolutas."
"Políticas anti-cíclicas não deveriam ser adotadas apenas em épocas de crise. Aplicadas com antecedência - como foi feito no Brasil - elas são a garantia de uma sociedade mais justa e democrática", escreve o presidente.
Lula ainda descreve outras expectativas que tem para o fim da atual crise econômica global.
"(Espero que surja) uma sociedade que vai valorizar a produção e não a especulação. A função do setor financeiro será de estimular a produtividade - e ele estará sujeito a um controle rigoroso nacional e internacional. O comércio exterior será livre do protecionismo que está mostrando sinais perigosos de estar se intensificando", diz.
Lula também menciona suas esperanças de uma reforma nas organizações multilaterais e de um novo sistema de governança global.
Em boa parte do artigo, o presidente também relembra sua infância no interior de Pernambuco, o início de sua vida de metalúrgico em São Bernardo do Campo (SP) e sua trajetória política até ser eleito em 2002.
"Para mim o capitalismo nunca foi um conceito abstrato", escreve.”
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