Entre 2011 e 2012, queda do desmatamento na Amazônia Legal volta
a bater recorde
“O desmatamento da Amazônia Legal, entre agosto de 2011 e julho de 2012,
foi de 4.571 quilômetros quadrados, menor índice desde que foram iniciadas as
medições pelo “Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais” (INPE), em 1988. A
área desmatada é 84% menor que a registrada em 2004, quando foi elaborado o
primeiro plano de combate ao desmatamento na região, segundo índice revisado e
divulgado quarta-feira (5) pelo governo.
De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella
Teixeira, o Brasil já atingiu 76% da sua meta voluntária de redução do
desmatamento, que é de chegar a uma área desmatada de 3.925 quilômetros
quadrados em 2020. “Queremos a revisão de
toda inteligência de trabalho. Nós vamos perseguir e alcançar essa meta o mais
rápido possível”, disse a ministra quarta-feira
(5), em Brasília, durante a reunião do “Fórum Brasileiro de Mudanças
Climáticas” (FBMC), que teve a presença de Dilma Rousseff.
Segundo a ministra, o dado referente à área
desmatada foi corrigido em relação a um primeiro levantamento, divulgado em
novembro, com 2% de redução no índice, apontado na época em 4.656 quilômetros
quadrados desmatados no bioma. Os dados são fornecidos pelo sistema do “Projeto
de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal“ (PRODES), que é operado
pelo INPE.
Além da diminuição do desmatamento, o Brasil
alcançou 62% da meta de redução da emissão de gases responsáveis pelo efeito
estufa na atmosfera. A expectativa do governo é chegar 100% até 2020.
Durante o evento, a presidenta Dilma Rousseff
afirmou que o Brasil tem sido bem sucedido em unir crescimento econômico,
preservação ambiental e distribuição de renda. “Estamos mostrando que é possível fazer o que muitos pensavam
impossível: crescer e preservar, crescer e distribuir renda. Temos a menor taxa
de desmatamento dos últimos 24 anos”, disse. “A força do Brasil perante o mundo está baseada em um determinado modelo
de desenvolvimento que combina meio ambiente com aumento da produtividade e
distribuição de renda”, afirmou.
No evento, Dilma elogiou o novo Código Florestal,
aprovado no ano passado no Congresso e parcialmente vetado pela presidenta. “Poucos países têm um código tão avançado
como o nosso. Sim, é possível produzir, proteger e conservar”, disse. “Temos que avançar na regularização das
propriedades rurais. Sem isso, nós não sermos um país que efetiva produção com
preservação, mas só que pune e fiscaliza. Por isso é preciso incentivar criação
de áreas de proteção ambiental.”
O presidente-executivo do “Fórum Brasileiro de
Mudanças Climáticas”, Luiz Pinguelli Rosa, afirmou que a tendência de redução
fez com que o desmatamento deixasse de ser o principal problema ambiental do
país. “O que tende a ficar dominante é a
geração de energia, junto com as mudanças de uso do solo, em geral para
práticas agrícolas. É preciso focar na energia e a questão de eficiência ganha
importância”, disse. “Vamos ter que
mudar também o enfoque para a questão das emissões, que é forte nos
transportes, porque usa muito combustível fóssil.”
FONTE: do “Rede
Brasil Atual”. Transcrito no portal do PT (http://www.pt.org.br/noticias/view/entre_2011_e_2012_queda_do_desmatamento_na_amazonia_legal_volta_a_bater_rec).
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