“Aeronáutica quer assinar contrato dos novos jatos supersônicos em setembro de 2009”
Roberto Godoy, no Estado de São Paulo desta semana (17/08), escreveu:
“O comando da Aeronáutica vai definir até o fim do ano os dois, ou no máximo três, caças finalistas no processo de escolha direta do novo jato supersônico multifunção da Força Aérea Brasileira (FAB). Depois os fornecedores envolvidos serão solicitados a compatibilizar as propostas com os requisitos do processo - especificações, peculiaridades de emprego e, sobretudo, a delicada questão da transferência de tecnologia.
Segundo comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, o contrato deve ser assinado em setembro de 2009.
O número de aeronaves desse lote inicial ainda não está determinado, mas o grupo responsável pelo procedimento trabalha com um mínimo de 20 unidades, podendo chegar a 36. O valor de referência, cerca de US$ 2,2 bilhões, citados na época da retomada da disputa, faz aproximadamente seis meses, não é válido como critério do FX-2. Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, “o fator inarredável é o da passagem de conhecimento avançado na área”.
Essa disposição sinaliza para finalistas europeus, entre os seis grupos que responderam ao Request For Information (RFI). A solicitação de informações foi expedida em junho pela Aeronáutica para seis fabricantes estrangeiros: Saab, da Suécia, Bureau Sukhoi, da Rússia, Dassault Aviation, da França, Boeing, dos Estados Unidos, Lockheed-Martin, também dos EUA, e o consórcio Eurofighter-GmbH, da União Européia.
A conclusão é decorrente do veto aplicado pelo governo americano à entrega de tecnologias de uso em sistemas militares no âmbito da venda de equipamentos. Essa atitude, entretanto, está sendo revista, entendem analistas com experiência nas relações Brasília-Washington.
]O resultado é um mercado agitado. Está no País o diretor da Boeing, Bob Gower, chefe do programa do caça F-18 E/F Super Hornet, o produto com o qual a companhia participa do projeto FX-2 e que ele veio defender. É uma grande máquina de guerra, de valor médio em torno de US$ 55,2 milhões.
O objetivo estratégico do FX-2 está atraindo, além dos dirigentes empresariais, chefes de Estado. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, visita o Brasil em dezembro. Vem para assinar os primeiros compromissos de cooperação no campo da defesa.
Tanta dedicação é por uma boa causa. Com o avião padrão pretendido, a FAB quer chegar a 2023/2025 com uma nova frota de 120 jatos supersônicos de última geração.”
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