O site Vermelho (www.vermelho.org.br) postou a seguinte notícia:
“A taxa de desemprego total em seis regiões metropolitanas do Brasil é a menor para o mês de julho desde 1998. Segundo a Fundação Seade e o DIEESE divulgaram nesta quarta-feira (27), o índice não variou de junho para julho deste ano e ficou em 14,6%.
O desempenho da taxa de desemprego total do conjunto das regiões resultou de comportamentos diferenciados: redução no Distrito Federal e Belo Horizonte; relativa estabilidade em Salvador, São Paulo e Porto Alegre; e aumento em Recife, de acordo com a pesquisa.
A Seade e o Dieese apontam também que o contingente de desempregados nas regiões analisadas foi estimado em 2.933 mil pessoas em julho, 34 mil a mais do que no mês anterior.
Os rendimentos médios reais de ocupados no conjunto de cidades em julho diminuiu 0,7%, enquanto os de assalariados decresceram 1,1%, atingindo R$ 1.154 e R$ 1.238, respectivamente.
Já a taxa de desemprego aberto nestas regiões passou de 9,9% para 9,8% e a de desemprego oculto de 4,7% para 4,8%.
O desemprego aberto abrange pessoas que procuraram trabalho de maneira efetiva nos 30 dias anteriores ao da entrevista e não exerceram nenhum trabalho em sete dias. Já o desemprego oculto abrange dois outros conceitos: por trabalho precário ou por desalento.
O desemprego oculto por trabalho precário toma como referência pessoas que possuem algum trabalho remunerado ocasional de auto-ocupação ou que realizam trabalho não-remunerado em ajuda a negócios de parentes e que procuraram mudar de trabalho nos 30 dias anteriores ao da entrevista ou que, não tendo procurado neste período, o fizeram sem êxito até 12 meses atrás.
Já o por desalento leva em consideração pessoas que não possuem trabalho e nem procuraram nos últimos 30 dias anteriores ao da entrevista, por desestímulos do mercado de trabalho ou por circunstâncias fortuitas, mas apresentaram procura efetiva de trabalho nos últimos 12 meses, segundo a definição do Dieese.
SÃO PAULO
Na Região Metropolitana de São Paulo, a taxa de desemprego total variou pouco, passando de 13,9% para 14,1%, entre junho e julho, período em que ocorrem reduções. Mesmo assim, é a menor taxa para o mês desde 1996.
Por outro lado, a taxa de desemprego oculto na região cresceu de 4,2% para 4,5% e a de desemprego aberto variou de 9,7% para 9,6%.
Já o contingente de desempregados aumentou 27 mil e foi estimado em 1.487 mil pessoas, resultado da criação insuficiente de vagas, 18 mil, para absorver 45 mil pessoas que entraram no mercado de trabalho da região.
Em julho, o nível de ocupação na região ficou relativamente estável (0,2%) e o contingente de ocupados foi estimado em 9.060 mil pessoas, apenas 18 mil a mais do que em junho.
O resultado, segundo as entidades de estatísticas, deveu-se a comportamentos distintos como o crescimento de 6,6% no grupo outros setores, puxado principalmente pelo desempenho da construção civil e dos serviços domésticos; além de relativa estabilidade no comércio (0,2%) e na indústria (-0,3%) e pequena redução nos serviços (-0,9%).
Entre maio e junho, os rendimentos médios reais de ocupados e assalariados reduziram-se em 2,3% e 2,4% na região metropolitana, respectivamente, passando a corresponder a R$ 1.205 e R$ 1.282. “
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