quinta-feira, 2 de junho de 2011

TECNOLOGIA DE PONTA E VISÃO AMPLA ABREM PORTAS À BRASILEIRA “MAGNAMED”

                      Equipamento de ventilação pulmonar

Na área de equipamentos médicos, ou a empresa cria tecnologia capaz de ser adotada em todo o mundo, ou não vale à pena nem abrir as portas".

Esse era o pensamento do engenheiro eletrônico formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA, do Comando da Aeronáutica), em São José dos Campos, no interior paulista, Wataru Ueda, 50 anos, quando decidiu trocar um bom emprego pela vida de empresário. "Ao esboçar o plano de negócios da Magnamed, em 2005, eu já tinha em mente a criação de uma empresa de atuação global, com qualidade e competitividade internacional", recorda Ueda.


Ele conta que, em meados dos anos 2000, os grandes fabricantes de equipamentos para o setor estavam chegando em peso ao Brasil. "Se eu não criasse um produto sem fronteiras, não conseguiria sobreviver, nem mesmo no mercado interno."

Diante da possibilidade de concorrência cada vez mais acirrada no país, Ueda submeteu seus produtos às certificações internacionais de qualidade, principalmente as exigidas pelos países da Comunidade Europeia.

Paralelamente, estruturou a empresa para funcionar como organização de grande porte, embora estivesse incubada no “Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia” (CIETEC), na Universidade de São Paulo.

Em sete meses, ele já estava apto a comercializar no exterior seu ventilador de transporte, próprio para pacientes em trânsito, e o sistema pneumático para equipamentos de ventilação pulmonar integrado em um único bloco. "Nossos primeiros clientes foram da Comunidade Europeia. Hoje, exportamos para Cingapura, México, Índia, África do Sul, Equador, Colômbia, Turquia, Argentina e Japão", conta.

"No Brasil, entretanto, as vendas só começaram em novembro do ano passado, bem depois do nosso produto ser reconhecido no exterior", comenta Ueda.

A demora, segundo o empreendedor, deu-se pela burocracia de liberação do registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que levou três anos no processo.

Com faturamento de R$ 3 milhões registrado em 2010, mais do que o triplo do ano anterior, a Magnamed tem, nas exportações, 60% de seus negócios e a expectativa de expandir seus mercados cada vez mais.

O fato de somar tecnologia de ponta a produtos capazes de serem adotados em qualquer parte do mundo na área da saúde tem garantido à empresa grande visibilidade. De acordo com Ueda, em suas participações em feiras internacionais não faltam interessados em partilhar a tecnologia, assim como quem revele o desejo de compra da ‘start up’ brasileira.

"Somente no ano passado, recebemos quatro propostas", diz Ueda. Os fundos de investimento também dispensam atenção especial a esse perfil de empresa, que tem índices de crescimento acima da média.

Tanto que a Magnamed, desde 2008, é uma das alcançadas pelo ‘Fundo Criatec de Capital Semente’.”

FONTE: publicado no jornal “Valor Econômico” e transcrito no portal da FAB (http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?datan=01/06/2011&page=mostra_notimpol) [imagens do Google adicionadas por este blog].

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