[Com intensa e apoiadora cobertura da mídia, os tucanos, há muito tempo e todos os anos, fingem nenhuma culpa e posam cínicos em frente ao "impostômetro"
A HIPÓCRITA FARSA DO IMPOSTÔMETRO E O CRIME DOS SONEGADORES BRASILEIROS, GANHADORES DA MEDALHA DE PRATA
OBS deste blog ‘democracia&política’:
A mídia brasileira e a oposição (PSDB, DEM, PPS), que tradicionalmente são simples obedientes instrumentos dos grandes grupos financeiros e econômicos dos EUA/Israel e da Europa e das suas filiais no Brasil, sempre tergiversam nesse tema da “alta carga tributária”.
Querem induzir na população a ideia de serem tristes vítimas pagadoras de altos impostos, e de o governo federal petista ser o grande culpado pela elevação dessa carga.
Há vários anos que a mídia, periodicamente, faz grande alarde sobre os valores teoricamente arrecadados, indicados no “impostômetro” (foto acima). Além disso, não dizem que o valor indicado é o que deveria ocorrer com as previstas arrecadações estaduais e municipais, além das federais, mas são sonegadas.
Também, hipócritas, põem a culpa somente nos impostos federais. E omitem que o exponencial crescimento da carga tributária federal ocorreu, justamente, no governo demotucano FHC (1995-2002) (elevou de 26% a 33% e era fortemente crescente quando entregaram o país quebrado ao PT).
Agora, como vemos a seguir, até a organização internacional “Tax Justice Network” com sede na Bélgica, desmascara a hipocrisia dos sonegadores brasileiros].
PESQUISA MOSTRA QUE LEÃO BRASILEIRO É BANGUELA
Enviado por Miguel do Rosário para “O Cafezinho”
“A organização “Tax Justice Network” está começando a virar um pé-no-saco dos sonegadores brasileiros.
Primeiro, causou um frisson no mundo ao revelar um ranking internacional com os países que detêm as maiores fortunas em paraísos fiscais. O Brasil estaria em quarto lugar, com seus superrricos guardando no exterior, ilegalmente, cerca de R$ 1 trilhão.
Agora, ela volta a incomodar, dizendo que ocupamos o segundo lugar no planeta em evasão de tributos, apenas depois da Rússia. Só a "Folha" deu [discretamente] a notícia, no pé de página do Caderno "Mercado".
Segundo a "Tax Justice Network", o Brasil perde 13,4% de seu PIB por causa do envio clandestino de recursos para o exterior, fugindo à taxação doméstica. Nos EUA, apenas 2,3% dos tributos fogem do país. Na China, apenas 2,2%.
Esse descalabro mereceria uma campanha nas grandes mídias, até porque a sonegação dos ricos e poderosos acaba obrigando o governo a aumentar os impostos sobre a classe média.
Entretanto, seria injusto apenas culpar o empresariado. O governo tem de oferecer sistemas mais simples e justos na cobrança de tributos.
De qualquer forma, não tem como deixar de pensar na sonegação da "Globo", revelada por este blog ["O Cafezinho"]. A sonegação, agora está provado, é o maior ralo de recursos públicos do país, muito mais inclusive do que a corrupção. Segundo o sindicato nacional dos auditores fiscais, mais de R$ 400 bilhões são sonegados todos os anos.
Esses são os recursos que nos faltam para aprimorar o sistema de saúde e educação. Tem muitos DARF a serem mostrados por aí…
[A notinha da "Folha"]:
BRASIL É “MEDALHA DE PRATA” EM EVASÃO DE TRIBUTOS
NA "FOLHA DE SP"
PESADELO FISCAL
"Entre as economias mais importantes, país só perde para a Rússia em sonegação; problema envolve de camelôs a multinacionais
Por Ricardo Mioto
Esta é para quem reclama da falta de inovação no Brasil: no campo da sonegação, poucos países desenvolveram “expertise” tão sofisticado.
Entre as economias mais importantes, perdemos apenas para a Rússia. A medalha de bronze vai para a Itália.
O ranking foi elaborado a partir de estatísticas do Banco Mundial pelo grupo internacional "Tax Justice Network", com base em dados de 2011.
A conta é simples: a partir do PIB e das alíquotas tributárias estabelecidas, estima-se quanto deveria ser arrecadado. A partir disso, é possível saber o tamanho da evasão fiscal em cada país. No Brasil, o valor encontrado corresponde a 13,4% do PIB.
É fato que, em países em desenvolvimento, há muita atividade informal. Mas como explicar que o Brasil tenha um desempenho tão pior do que México e Argentina (evasão de 2,4% e 6,5% do PIB)?
Para compreender isso, é preciso vencer a imagem de que a evasão brasileira se refere somente ao camelô ou ao contrabandista que busca muamba no Paraguai. Muitas empresas grandes [inclusive de mídia] não pagam os impostos que deveriam.
No ano passado, por exemplo, a Receita anunciou um plano de cobrança de R$ 86 bilhões em tributos vencidos. Metade do total se referia a 317 grandes empresas, com dívida média de R$ 135 milhões.
Os R$ 86 bilhões são pouco menos do que o orçamento anual do Ministério da Saúde e mais de quatro vezes o gasto com o "Bolsa Família".
Neste ano, o governo planeja dar condições especiais de pagamento de dívidas de multinacionais brasileiras que somam nada menos que R$ 680 bilhões –sete vezes o orçamento da Saúde. Caso paguem seus débitos, terão perdão sobre multas e juros.
Divergências sobre o plano fizeram o subsecretário de Fiscalização da Receita, Caio Marcos Cândido, deixar o cargo. Em 2009, a secretária da Receita Lina Vieira foi demitida após autuações bilionárias contra Ford e Santander.
CAUSAS
Já nos anos 1970, o economista Michael Allingham, de Oxford, mostrou a forte correlação negativa entre a evasão e dois fatores: a probabilidade de a empresa ser fiscalizada e a magnitude da pena se for pega.
Quanto maior forem esses dois fatores, menor a evasão.
No caso brasileiro, desde 2003 a punibilidade dos crimes contra a ordem tributária passou a ser extinta caso o acusado, a qualquer momento, pague o seu débito.
Embora a lei preveja até cinco anos de reclusão para tais crimes, o réu pode escapar. A pendência pode ainda ser parcelada no âmbito do REFIS, programa para facilitar o pagamento de dívidas tributárias criado em 2000 e reeditado várias vezes –e aberto agora à adesão.
No curto prazo, isso aumenta a arrecadação, mas há risco que a levou a ser questionada, em vão, por membros do Ministério Público Federal em 2003.
“Como explicar a quem pagou os tributos na data aprazada que se concedem benefícios fiscais a quem agiu com dolo?”, defenderam o procurador da República José Adércio Sampaio e três colegas. “É um incentivo à sonegação.”
CULPA
Entre outros fatores que incentivam a sonegação no país, está a complexidade que afeta até mesmo ao empresário bem intencionado.
Os economistas Marcelo Siqueira e Francisco Ramos, das universidades federais do Ceará e de Pernambuco, citam ainda [a desculpa esfarrapada] algo bem nacional: o sentimento generalizado de que o governo não aplica direito a arrecadação, reduzindo a culpa do sonegador.”
FONTE: enviado por Miguel do Rosário para o blog “O Cafezinho” (http://www.ocafezinho.com/2013/11/11/pesquisa-mostra-que-leao-brasileiro-e-banguela/) FONTE: enviado por Miguel do Rosário para o blog “O Cafezinho” (http://www.ocafezinho.com/2013/11/11/pesquisa-mostra-que-leao-brasileiro-e-banguela/) [Título, subtítulo, imagem do Google, observação inicial e trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].
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