A Georgia, apoiada e armada pelos EUA, invade a Ossétia. A Rússia ataca a Georgia para proteger a Ossétia. Qual a real razão dessa guerra, qual o “caroço” dessa história? E por que o Irã está na pauta? O petróleo e o gás.
Vejamos sobre isso um texto publicado na Folha de São Paulo de hoje:
REGIÃO É ALVO DE PROJETOS RIVAIS DE GASODUTO
A Geórgia é um importante elo no corredor energético que liga a região do Cáspio e da Ásia Central, rica em petróleo, à União Européia.
Com o objetivo de transformá-la também em uma rota para as exportações de gás e numa tentativa de diminuir a dependência energética de Moscou, a UE [União Européia] desenvolveu o projeto de gasoduto Nabucco, que busca abastecer o continente com gás do mar Cáspio e da Ásia Central. Permite ainda contornar a Ucrânia, ex-república soviética cada vez menos inclinada a permanecer à sombra do poderio russo.
Hoje, um quarto do gás europeu vem da Rússia, que faz uso de seu monopólio de gasodutos e atrativos acordos bilaterais para interferir no mercado europeu de energia.
Esse projeto, porém, rivaliza com o Canal Sul, gasoduto de US$ 15 bilhões da estatal russa Gazprom e da italiana Eni, que transportaria 30 bilhões de metros cúbicos de gás anualmente do mar Negro à Europa Central via Bálcãs, reforçando a hegemonia do país no mercado energético europeu. Sua ramificação Norte oferece uma rota por sob o mar Báltico.
Segundo a [revista inglesa] "Economist", ao menos três países da UE -Bulgária, Hungria e Itália- aderiram ao projeto, o que enfraquece as chances de o Nabucco sair do papel. A alternativa, inviável politicamente, seriam as reservas iranianas.”
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