Li ontem no blog “Óleo do Diabo”, do jornalista Miguel do Rosário, o interessante texto com o título acima. Transcrevo trecho:
“A Folha já virou um caso psicanalítico. Hoje, o colunista Fernando Rodrigues, que ocupa a página principal de opinião do jornal, vem com essas duas pérolas:
"A fala lulista incluiu a já conhecida ladainha sobre reforma do Conselho de Segurança e combate à fome. O brasileiro também esteve prestes a classificar o capitalismo brasileiro como melhor do que o norte-americano, usando o discurso juvenil segundo o qual tudo se resolve com política."
"Lula discursou ontem na ONU. A relevância dessa cerimônia é nula. Exceto para os acólitos e familiares presenteados com um passeio por Nova York."
A capacidade em reunir disparates em tão poucas frases merece aplausos. Existem 1 bilhão de pessoas sofrendo fome aguda no mundo e o cara acha que o tema é uma "ladainha". "A relevância dessa cerimônia é nula", diz o peralta. Observem: trata-se de uma conferência da qual participam todos os chefes de Estado do planeta. Para Rodrigues, relevante é jantarzinho de Serra e FHC em restaurantes de luxo nos Jardins.
É uma reunião política, claro, não um workshop de negócios. De lá não saem ações concretas imediatas, mas são fechadas parcerias de longo prazo e os chefes de Estado realizam conversações em alto nível. Relevância nula? Esses almofadinhas blasé da Folha de São Paulo não tomam jeito: é uma despolitização completa.
E o Clóviss Rossi vai na mesma linha. Em sua coluna de hoje, também morde o pé do Lula, porque este teria dito, em seu discurso na ONU, que diante da crise financeira, chegou a hora da política. Rossi diz que é tarde demais e ponto final. Como de praxe, expõe seu pessimismo vazio, fútil, artificial. Se um cidadão decidir fazer uma experiência tétrica, restringir sua leitura à coluna de Clóvis Rossi, irá se suicidar em alguns dias, depois de escrever a seguinte nota: "o mundo não tem jeito, o Brasil muito menos. O Lula acabou com o mundo!"
A seção de cartas da Folha é toda dedicada a essa classe inteligentíssima de leitores que protestam contra os institutos de pesquisa, alegando que "não acreditam", "que nunca foram entrevistados" ou que "no meu prédio é todo mundo revoltado". São as eternas carpideiras do PIG, o séquito de fiéis missivistas otários”.
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2 comentários:
O artigo está bom, mas pelo amor de Deus, não assassine o vernáculo.
Massiço não !!
Escreve-se maciço.
LULA MELHORE A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO DESTE PAÍS !!!!!
É cada uma...
Prezado Iurikorolev,
Neste texto de Miguel do Rosário, não achei o tal "massiço". Seria o do texto mais recente do blog? Neste caso, veja o comentário que lá fiz, em seguida ao seu.
Maria Tereza
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