segunda-feira, 22 de setembro de 2008

PESQUISA DA FGV APONTA 2007 COMO O "ANO DA CLASSE MÉDIA"

O jornal Valor Econômico publicou as informações abaixo, obtidas do coordenador Marcelo Neri da Fundação Getúlio Vargas. Li a matéria no site “Vermelho”, que a postou sábado:

“A classe média brasileira atingiu 47,06% da população do país no ano passado, um crescimento de 4,4% frente a 2006, de acordo com dados da pesquisa "Miséria e a nova classe média na década da igualdade", divulgada nesta sexta-feira (19) pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (CPS/FGV).

"O ano de 2007 foi o ano da classe média, que conseguiu conquistas importantes, como o aumento do emprego com carteira assinada", ressalta o coordenador do CPS/FGV, Marcelo Neri, lembrando que o estudo considera que a classe média brasileira é aquela com renda mensal domiciliar total - de todas as fontes - entre R$ 1.064 e R$ 4.591.

Neri acrescenta que a renda média também teve crescimento maior entre o estrato considerado de classe média. Enquanto a renda média dos 10% mais pobres caiu 5,22% no ano passado na comparação com 2006, a renda média dos grupos considerados de classe média cresceu a percentuais que variaram entre 2,52% e 5,96%. O resultado também foi melhor que o dos 10% mais ricos, cuja renda caiu 0,13% entre 2006 e 2007.

Outro efeito observado em 2007 foi a queda da fatia de miseráveis na população brasileira. Segundo o estudo, a participação no ano passado foi de 18,11%, contra 19,18% em 2006. A queda, de 5,9%, fica abaixo da média de 6,7% observada desde 2001, enquanto a desigualdade da renda domiciliar per capita a uma velocidade 10% acima do observado na média entre 2001 e 2006.

Neri pondera que os efeitos sobre a miséria não foram tão profundos em 2007 quanto em outros anos da década atual, e acrescenta que o crescimento da renda foi de 2,26% no ano passado, contra média de 2,5% desde 2001.

"Mesmo assim, o ano de 2007 não foi ruim, embora não tenha sido o espetáculo do crescimento de 2006. Mas se houver dez anos seguidos como 2007, vamos ter ao fim do período um Brasil completamente diferente, e para melhor, do atual", afirma”.

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