O jornal “O Estado de São Paulo” publicou domingo:
“Enquanto os principais coordenadores da área de inteligência nacional batem cabeça e brigam publicamente, o Brasil vai se tornando cada vez mais vulnerável à espionagem econômica e industrial por parte de agentes internacionais. Informes da Abin já registram a presença no País de pelo menos uma dezena de espiões profissionais estrangeiros interessados em informações estratégicas na área de combustíveis alternativos, exploração de petróleo no pré-sal e avanços na área nuclear, entre outros pontos.
Agentes da Abin têm monitorado essa atividade de garimpagem de informações estratégicas, mas admitem que podem existir outros espiões não descobertos já atuando no território nacional. Na prática, o Brasil tem acordos de reciprocidade que permitem ao País ter agentes em operações no exterior, abrindo, em troca, a possibilidade que outras nações também atuem em território nacional.
Essas movimentações todas obedecem a regras diplomáticas e o Brasil possui postos hoje em áreas consideradas estratégicas. Existem postos avançados da Abin na Colômbia, na Venezuela, na argentina e nos Estados Unidos - em Washington e Key West. O Brasil tentou fechar o mesmo tipo de acordo com Paraguai e Bolívia, mas não recebeu o aval dos dois países, que não manifestaram desejo de fazer um intercâmbio desse porte.
Fora dessa cooperação, os agentes brasileiros preocupam-se com a atuação clandestina dos arapongas estrangeiros. Existe a preocupação com o roubo de segredos tecnológicos brasileiros e até mesmo a ocorrência de sabotagens. Por conta disso, existe uma corrente crescente dentro da Abin que defende até a aprovação da permissão de escutas telefônicas para casos específicos de proteção dos interesses nacionais”.
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