Li hoje o seguinte artigo escrito por Eduardo Guimarães, em seu blog Cidadania.com:
“Nos últimos dias, apesar dos desmentidos veementes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de seus auxiliares diretos etc., jornais, tevês, rádios e portais de internet de grandes empresas que controlam conglomerados de mídia voltaram a ter faniquitos. E nem foi por conta da hipótese de Lula poder ser reeleito para um terceiro mandato consecutivo. Essas empresas têm feito campanha organizada e unificada para que o presidente não volte a se candidatar ao cargo que ocupa atualmente nem se a lei permitir, ou seja, a partir de 2014.
Praticamente todos os telejornais das tevês abertas, todos os grandes jornais, todos os grandes portais de internet, todas as emissoras de rádio desse reduzido grupo de mega empresários da comunicação que controlam todos estes veículos entraram em pânico na sexta-feira, quando Lula, perguntado por um repórter sobre se cogita tentar voltar ao poder em... 2014 (?!), disse que “só Deus sabe” a resposta a essa pergunta porque nem sabemos o que acontecerá em 2010, que ainda está longe.
Não é à toa que as famílias Marinho, Civita, Frias, Mesquita e agregados, sem falar no PSDB e no PFL, com destaque para o tucano José Serra, estão preocupados. E vocês, leitores, já entenderão por que.
Todos os fatos autorizam dizer que Lula deixará o planalto, no primeiro dia de 2011, como o presidente mais popular da história do país. E, como se fosse pouco, ainda por cima tão ou mais popular quanto os mais populares governantes de qualquer parte do mundo, seja em começo, em meio ou em fim de mandato.
A economia brasileira está dando um show. As atenções do mundo inteiro voltam-se a um país que, na contramão do mundo, está gerando empregos e voltando a crescer enquanto todos os outros países continuam gerando desemprego e mergulhando em recessão cada vez mais profunda.
Mais impressionante ainda, foi estudo recente divulgado pelo Ipea que deu conta de que durante o auge da crise o Brasil continuou diminuindo a pobreza e a miséria. Em termos internacionais, esses dados estão fazendo este país atrair as atenções do mundo todo.
De Obama à Unesco Lula é “o cara”, o mais popular chefe de governo e de Estado que há no planeta. E para quem acha pouco, ele ainda pode se tornar o prêmio Nobel da Paz deste ano.
Hoje, Lula é literalmente imbatível do ponto de vista eleitoral. Tanto como candidato quanto como apoiador. E é aí que reside essa paranóia descabida que está se abatendo sobre a oposição tucano-pefelista e os jornais, revistas, tevês, rádios e portais de internet seus aliados. E isso porque uma pesquisa eleitoral recente, feita pelo renomado – e esquecido até aqui – instituto Vox Populi, mostra vários fatos desesperadores para a direita brasileira.
A mídia oposicionista concentrou-se nos dados da pesquisa Vox Populi sobre os possíveis cenários na disputa pela Presidência da República em 2010, nos quais a candidata de Lula, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, aparece disparando na preferência do eleitorado, tendo atingido neste mês de maio um patamar de intenções de voto que há poucos dias especulava-se que ela só atingiria no fim deste ano, o que mostra a capacidade de transferência de votos de Lula para a eleição presidencial e, também, um desempenho considerável da própria candidata.
Porém, a mídia escondeu o dado mais impressionante da pesquisa, que revela um aumento exorbitante da popularidade do presidente da República se confrontarmos os números do Vox Populi com os últimos dados detectados pelos institutos de pesquisa da oposição (Datafolha e Ibope), que, recentemente, detectaram “queda” da popularidade do presidente, situando-a em pouco mais ou pouco menos de 70%.
Vejam, abaixo, os dados da pesquisa que a mídia desprezou e entendam, assim, por que a direita brasileira quer tornar Lula um político proibido para sempre de concorrer a cargos públicos.A pesquisa Vox Populi tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais. Em seguida prossigo comentando.
BRASIL
- 67% estão satisfeitos ou muito satisfeitos, igual a maio de 2008; 7% estão insatisfeitos; - 5% muito insatisfeitos
- Para 60%, Brasil melhorou nos últimos anos; - Para 14%, piorou; para 56%, vai melhorar nos próximos 2 anos; para 13%, vai piorar
PARTIDOS
PREFERÊNCIA
- PT tem 29% da preferência partidária; alta de 4 pontos em relação a 2008 e de 10 pontos sobre 2004; PMDB tem 8%; PSDB tem 7%; e DEM tem 1%
- Eleitores sem preferência: 49%, queda de 15 pontos em relação a 2004 (64%)
REJEIÇÃO
- PT tem 8% de rejeição, estável em relação a 2008; PMDB tem 5%; PSDB tem 5%; e DEM tem 3%; 67% não rejeitam nenhum partido, queda de 2 pontos em relação a 2008 (69%)
IMAGEM
- Primeiro partido que vem à cabeça: PT, 35%; PMDB, 24%; PSDB, 14%.
GOVERNO LULA
DESEMPENHO DO PRESIDENTE
- Avaliação positiva: 87% (ótimo, bom e regular positivo), contra 84% em 2008; avaliação negativa: 13% (ruim, péssimo e regular negativo), contra 15% em 2008
MELHORES AÇÕES DO GOVERNO
- Programas sociais, 36%; política econômica, 19%; Educação, 8%; Habitação, 7%
Além do dado importantíssimo sobre a recuperação da popularidade de Lula (em confrontação com as últimas pesquisas Datafolha, Ibope e Sensus), os números desta pesquisa recente sobre o desempenho da pré-candidata Dilma Rousseff também se descolaram fortemente dos dados daqueles institutos dirigidos por aliados da oposição tucano-pefelê.
É possível que tenha havido só agora mesmo esse forte aumento da popularidade do presidente Lula e da ministra Dilma. As últimas pesquisas dos institutos da oposição foram feitas no auge da crise, ainda no primeiro trimestre deste ano, quando foi revelado o forte tombo no nível de emprego ocorrido em dezembro do ano passado e seus reflexos em janeiro deste ano.
Dali em diante, o nível de emprego começou a aumentar, a produção industrial foi retomada, o crédito normalizou-se, as exportações aumentaram, o dólar passou a cair, descobriu-se que diminuiu o número de pobres em plena crise etc, etc.
OPOSIÇÃO EM APUROS
Não foi à toa que a mídia oposicionista parou de falar em “marolinha”, bem como os partidos aos quais ela serve. Depois do previsível primeiro trimestre depressivo e da recuperação previsível do segundo trimestre (e este blog previu, no fim do ano passado, que os dois trimestres seriam assim), não há mais clima para continuar explorando eleitoralmente o termo usado por Lula para descrever o efeito menor que a crise teria no Brasil.
Lula constitui hoje a maior ameaça à direita brasileira que já existiu. Mesmo na improvável hipótese de que não consiga fazer sua sucessora tendo aprovação popular tão impressionante, estando na oposição teria uma força moral e uma credibilidade enormes para criticar um hipotético governo José Serra, sobretudo quando este, previsivelmente, começasse o desmonte de políticas públicas do antecessor.
E para quem ainda tem alguma dúvida de que as coisas sejam como descrevo, que pergunte a si mesmo que outro presidente brasileiro, depois de governar por quase uma década, assustou seus adversários em qualquer hipótese eleitoral - se entrasse em disputa pela própria sucessão, se apoiasse um candidato a sucedê-lo e até, pasmem, se um dia quisesse disputar uma eleição de novo.”
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