O jornal Valor publicou, com informações da Agência Senado:
“O ministro da Fazenda, Guido Mantega, traçou um cenário favorável para a economia brasileira em meio à crise financeira mundial em audiência pública no Senado nesta quinta-feira.
De acordo com ele, a recuperação gradual da economia interna se deve às políticas públicas para aumento da oferta de crédito e redução da taxa de juros básica (Selic) e de tributos incidentes sobre a produção industrial.
O crescimento de 5,1% alcançado pela economia brasileira em 2008 impediu, disse o ministro, que o país entrasse em recessão.
Mantega afirmou também que o Brasil passou a atrair um fluxo maior de capitais estrangeiros e teve crescimento superior a 7% na massa salarial entre abril de 2008 e abril de 2009, além da queda gradual na relação dívida pública bruta/PIB (Produto Interno Bruto, a soma das riquezas do país) de 60% em 2008 para 57% em 2009.
O fato de as exportações só participarem com 13% do PIB também teria contribuído, afirmou o ministro, para amortecer os efeitos da crise mundial sobre a economia brasileira, que depende mais do mercado interno.
Mantega atribuiu essa blindagem também ao desempenho fiscal das contas púbicas, à solidez do sistema financeiro brasileiro e pela manutenção de um volume significativo de reservas internacionais, da ordem de US$ 205 bilhões.
"Os novos protagonistas no cenário internacional são os países emergentes -o Brasil entre eles -, que apresentam dinamismo econômico maior, contas públicas e externas mais equilibradas, recursos naturais abundantes e modernizaram sua estrutura produtiva", comentou.
Em relação à oferta de crédito, o ministro da Fazenda defendeu sua ampliação para a pessoa jurídica, que ainda amarga taxa de spread bem mais elevada que a cobrada da pessoa física. Ele admitiu que esse é um problema crônico na economia brasileira, agravado pela crise financeira mundial.”
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