sábado, 9 de novembro de 2013

"NÃO HAVERÁ DESEMPREGO NA INDÚSTRIA NAVAL", diz Dilma


"No Rio Grande (RS), durante cerimônia de conclusão da plataforma P-58, a presidente afirmou que a demanda na indústria naval será enorme nos próximos anos e que a inauguração marca a retomada do setor; "É impossível que haja algum risco de não haver contratos para produção de equipamentos e navios. A dificuldade vai ser outra, é que nós temos de ser capazes de produzir", disse Dilma aos trabalhadores. A P-58, que será instalada na Bacia de Campos, vai produzir 180 mil barris/dia de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás

Blog do Planalto - A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem, sexta-feira (8), em Rio Grande (RS), durante cerimônia de conclusão da plataforma P-58, que a demanda por plataformas será enorme nos próximos anos e que a indústria naval brasileira precisa se preparar para atender aos novos contratos de produção de equipamentos.

"É impossível que haja algum risco de não haver contratos para produção de equipamentos e navios. A dificuldade vai ser outra. É que nós temos de ser capazes de produzir com prazo e qualidade esses navios, plataformas. Vamos ter de dar conta. Nesse Campo de Libra, só para terem uma ideia, há entre 12 a 16 plataformas. Isso significa que teremos demandas extras (...) Não há a menor, mas a menor possibilidade de não haver empregos na indústria naval do Brasil. Quero dizer para vocês, é o meu compromisso com vocês: eu vou zelar por isso, eu vou cuidar para que isso ocorra, vou brigar para que isso ocorra", disse.

Dilma Rousseff lembrou da luta para reerguer a indústria naval e afirmou que, se hoje o Brasil tem uma das menores taxas de desemprego no mundo, com situação de quase pleno emprego, é porque várias indústrias foram retomadas, inclusive a indústria naval.

"A gente fica muito feliz quando vê uma coisa pela qual se lutou, que diziam que não era possível, que falavam que eu e a Graça Foster estávamos doidas. Isso quando começamos um processo de discussão sobre produzir no Brasil aquilo que fosse possível, principalmente sobre a indústria naval. Era 2003, nunca canso de contar isso. Era ministra de Minas e Energia do Lula. A Graça era secretária de Gás e Petróleo. A nós duas foi dada a tarefa de que tinha que se construir plataforma no Brasil. É bom lembrar que naquele momento não havia plataforma construída no Brasil. A indústria naval, que tinha sido indústria forte no Brasil, praticamente havia desaparecido. Achávamos absurdo que não fosse possível construir plataforma e navio no Brasil".


Aos trabalhadores da P-58, a presidente citou a lei que garante recursos do petróleo para a educação e saúde e disse que eles, ao ajudar a tirar o petróleo do mar, também estão contribuindo para tornar a educação uma alavanca para o desenvolvimento do país.

"Educação é algo que pode transformar o nosso país. Isso vocês são responsáveis, porque são vocês que estão viabilizando que este país possa usar essa imensa riqueza que é Libra para investir em educação. Digo isso porque acho que está tudo ligado. O petróleo tem que ter conteúdo nacional. O petróleo tem de virar a maior força e crescimento para o Brasil, melhorar nossa balança comercial. Pode também transformar este país em desenvolvido e que as pessoas tenham acesso ao conhecimento".

'CONCLUSÃO DA P-58 MOSTRA RETOMADA DA INDÚSTRIA NAVAL BRASILEIRA'

Em entrevista para as rádios Bandeirantes AM e Cultura Riograndina, pela manhã, Dilma afirmou que a conclusão da plataforma P-58 é um exemplo do ressurgimento da indústria naval brasileira. A presidente lembrou que a indústria naval chegou a ter apenas dois mil trabalhadores em 2003 e que hoje o setor emprega 73 mil pessoas.

"A P-58 faz parte desse esforço que nós fizemos para mudar a questão do estaleiro. Essa é outra coisa que eu também sou apaixonada, estaleiro. Fomos 'player' em 1982; aí acabou a indústria naval, ela foi praticamente destruída. Em 2003, havia dois mil trabalhadores; hoje tem 73 mil trabalhadores; cada plataforma emprega em torno de cinco mil trabalhadores", disse.

Dilma foi ao Rio Grande (RS) para visitar as obras de construção dos cascos das plataformas P-66 e P-67 e para participar da cerimônia de conclusão da P-58. A plataforma vai produzir diariamente 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás. A P-58 será instalada no Campo de Baleia Azul, na Bacia de Campos, a cerca de 85 quilômetros da costa do Espírito Santo, em águas com profundidade de 1.400 metros. Ela será ligada a 9 poços injetores de água e a 15 poços produtores por meio de 250 quilômetros de dutos flexíveis, que conduzirão o óleo até a plataforma."

FONTE: jornal online "Brasil 247"
(http://www.brasil247.com/pt/247/rs247/120262/Não-haverá-desemprego-na-indústria-naval-diz-Dilma.htm

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