O jornal Gazeta Mercantil, em texto de Etiene Ramos, ontem publicou:
“Recife, 19 de Setembro de 2008 - Iniciadas em 2006 e com entrega prevista para abril de 2010, as obras da BR-101 Norte no trecho entre os Estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba, a cargo do Exército Brasileiro, já atingem uma média de execução de 50%. Os três lotes somam 142,5 quilômetros dos 380 quilômetros da rodovia, uma das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a primeira do País a ser pavimentada em concreto.
Orçada em R$ 521 milhões a preços iniciais, ela foi dividida em oito lotes, cinco deles estão nas mãos de consórcios de construtoras privadas. A estimativa é que sejam usadas 280 mil toneladas de cimento portland só na pavimentação. O volume das placas de concreto chega a 239 mil metros cúbicos, o equivalente ao de sete estádios do Maracanã.
Responsável pelos lotes 1,5 e 6, o Exército revela que o mais adiantado é o 5, na Paraíba, com 54,9 quilômetros e 52% de obras concluídas; seguido pelo 1, de 46,2 quilômetros do Rio Grande do Norte, com 47% de conclusão e o 6, de Pernambuco, que tem 41,4 quilômetros e 37% concluídos.
Há previsões do trecho de Sergipe ser licitado ainda este ano, enquanto os da Bahia e de Alagoas estão com projeto em desenvolvimento.
O progresso das obras dentro do tempo previsto depende ainda de desapropriações, relocações de casas, postes de iluminação, tubulações de água, esgoto e gás, e até licenças ambientais. Mais ágeis que a burocracia estatal, os 1.200 homens do Exército trabalham oito horas por dia, de segunda a sábado. A maioria são soldados que recebem um salário mínimo de soldo mensal e 2% sobre cada dia trabalhado no campo, fora do quartel.
Além da BR-101 Norte, os soldados e oficiais dos Batalhões de Engenharia do Exército se espalham em outras grandes obras na região: a Transposição do Rio São Francisco e o aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte que já encontra-se com 40% da terraplenagem executada pelo Exército.
O 1º Grupamento de Engenharia do Exército, com sede em João Pessoa, fiscaliza e gerencia ao todo 16 obras, concretizando a decisão do presidente Lula de levar os militares do Exército de volta aos canteiros, como acontecia desde 1901, chegando ao auge na década de 70, especialmente com obras na Amazônia. "Antigamente onde o Exército trabalhava, nem havia empresas civis", afirma o major Hamilton Camillo, adjunto do Centro de Operações do 1º Grupamento de João Pessoa.”
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