quinta-feira, 18 de setembro de 2008

FED MANTÉM TAXA DE JUROS E ACALMA ÂNIMO DOS MERCADOS

O jornal “Gazeta Mercantil” ontem publicou:

“O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), alegando preocupação com a desaceleração econômica e a pressão sobre os preços, manteve a taxa básica de juros inalterada em 2% ontem. A decisão do colegiado, presidido por Ben Bernanke, foi unânime.

A resolução parece ter ido contra o sentimento que prevalece em Wall Street, que estimava uma redução de 0,25 ponto desde o fim de semana, quando a Merrill Lynch foi comprada pelo Bank of America, o Lehman Brothers foi forçado a pedir recuperação judicial e revelou-se que a seguradora AIG luta para captar ao menos US$ 75 bilhões em financiamentos para sobreviver.

Os investidores, tanto no mercado americano como no brasileiro, reagiram prontamente: as bolsas mudaram o sentido e encerraram o dia em alta. O Ibovespa subiu 1,68%, seguindo Wall Street. O Dow Jones teve alta de 1,3%, enquanto o Nasdaq subiu 1,28%. O dólar teve leve alta, de 0,33%.

LULA DESTACA SOLIDEZ DO PAÍS CONTRA A CRISE

Diante da ameaça da crise financeira norte-americana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva procurou destacar a solidez da economia brasileira a fim de serenar os mercados. Em cerimônia no Palácio do Itamaraty, onde participou de evento com o primeiro-ministro norueguês Jens Stoltenberg, o presidente ressaltou fatores como as reservas internacionais de US$ 205 bilhões, que permitem ao Brasil encarar a crise com maior tranqüilidade.

Lula admitiu, porém, que ainda é impossível calcular a dimensão dos problemas no mercado norte-americano e os efeitos na economia mundial. “Estamos tranqüilos neste momento. Tranqüilos, mas atentos”, disse o presidente. Para ele, caso a crise chegue ao País, o impacto “será quase imperceptível”.

Ainda segundo o presidente, a expansão da demanda doméstica é outro importante instrumento de blindagem perante a crise internacional. “O que está puxando a economia é o forte crescimento do mercado interno”, afirmou, ao lembrar que o País diminuiu a dependência dos Estados Unidos na composição da balança comercial”.

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