terça-feira, 9 de setembro de 2008

MANTEGA DIZ QUE DÓLARES DO PRÉ-SAL VÃO TRIPLICAR RESERVAS

Ontem à noite, o portal UOL postou a seguinte notícia da Folha Online, em texto de Eduardo Cucolo:

“O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que o dinheiro proveniente das reservas de petróleo na camada pré-sal poderá dar ao país recursos suficientes para triplicar as reservas internacionais, que ultrapassaram neste ano dos US$ 200 bilhões.

"O aumento das exportações brasileiras e o acúmulo de reservas proveniente do pré-sal equacionarão por muitos anos os problemas externos, dando-nos um volume de reservas duas ou três vezes maiores que os atuais", afirmou o ministro na cerimônia de abertura das comemorações dos 200 anos do Ministério da Fazenda.

Além disso, segundo Mantega, haverá dinheiro para equilibrar os gastos públicos e ainda melhorar o nível da educação brasileira.

"O ingresso de maior arrecadação do petróleo, gás e derivados possibilitará um desempenho fiscal definitivamente satisfatório, enquanto uma parte desta disponibilidade de riquezas permitirá financiar investimentos e elevar definitivamente o nível da educação brasileira", disse.

Em relação à falta de recursos apontada por especialistas do setor para viabilizar a exploração dessa área, Mantega disse que o governo pretende elevar os investimentos em setores como indústria naval, siderurgia, metalurgia, máquinas, equipamentos e logística, para fabricar os equipamentos necessários para a exploração do pré-sal.

Apesar de o início da exploração dessas reservas ser estimado para apenas 2014, na melhor das hipóteses, Mantega atribuiu a notícia do descobrimento dessas reservas à "boa estrela da fortuna".

"A boa estrela da fortuna que vem acompanhando os dois mandatos do presidente Lula nos sorri mais uma vez e nos coloca diante de um novo desafio: como desfrutar de toda a riqueza de gás e petróleo do pré-sal em benefício de toda a população brasileira?", afirmou o ministro.

Já o ex-ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser Pereira afirmou que o dinheiro do petróleo pode significar mais problemas de valorização do real frente ao dólar, que traria riscos de desindustrialização para o país (a chamada doença holandesa) e queda nas exportações.

"O dinheiro do petróleo vai posicionar o câmbio ainda mais para baixo", afirmou. "O Brasil precisa neutralizar a tendência de valorização do câmbio."

Segundo ele, a melhor forma de fazer isso seria a redução dos juros, o controle de entrada de dólares no país e o imposto de importação para alguns setores.”

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