segunda-feira, 1 de setembro de 2008

"A OPOSIÇÃO BOLIVIANA PASSOU DOS LIMITES"

O site “vermelho” postou o seguinte artigo de José Dirceu:

“A oposição boliviana passou dos limites. Tem que ser repudiada e, mais do que isso, condenada em nível internacional. Não se pode aceitar que um presidente seja impedido de fazer uma escala técnica e barrado em três aeroportos de um departamento (equivalente a Estado, na Bolívia), o de Beni, de seu próprio país, como aconteceu com Evo Morales.

E não é um presidente qualquer, mas sim um que colocou seu mandato para confirmação da cidadania em um referendo revogatório convocado pela própria oposição, e obteve 67% dos votos válidos. Realmente, repito, a oposição boliviana imagina não haver limites. Tentará tudo, inclusive o assassinato de Evo Morales.

O Brasil tem que dar todo apoio ao presidente vizinho, e a seu governo constitucional, um governo apoiado na carta da Organização dos Estados Americanos (OEA) e nos preceitos do direito internacional.

REPÚDIO À ESCALADA GOLPISTA

Temos que repudiar essa escalada golpista da oposição e cobrar de nossos meios de comunicação uma condenação explícita a essas práticas nocivas e sem princípios, elementares sequer, da oposição boliviana.

Imaginem se fosse o contrário, se fosse em qualquer outra nação e um partido de esquerda estivesse impedindo um chefe de governo conservador de pousar com o avião presidencial em uma província do seu próprio pais! Teríamos nos noticiários e jornais de toda a América Latina a mais veemente campanha contra uma ação dessas.

Assim, o que se espera no momento, além da condenação pura e simples a esses oposicionistas de ocasião, é um recado do governo brasileiro: não contem com nossa neutralidade no caso de uma ação ilegal e inconstitucional contra Evo Morales.

Vamos apoiá-lo abertamente, porque a saída para o impasse no país vizinho é realmente o diálogo como propôs seu presidente e a oposição não aceitou. Só através dele se chegará a um acordo abrangente, que envolva a nova Constituição, a autonomia, os recursos orçamentários do país e sua distribuição nacional.

Todos querem uma Bolívia federada, sim, mas uma Bolívia, e não principados dominados pelos que sempre arruinaram o país, exploraram seu povo e entregaram suas riquezas.”

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