[OBS deste blog ‘democracia&política’:
Ao ler o artigo abaixo, lembrei-me de comentário que já fiz este ano sobre postagem anterior do
[“Cidadania.com].
Disse, na ocasião: "Eduardo
Guimarães, não liga não". "O
blogueiro Ricardo Noblat não é tendencioso pró-tucanos, é esquecidão", assim como são esquecidas as
“Organizações Globo” que sediam o blog dele. Além de não lembrarem
do mensalão do PSDB, eles não se lembram das falcatruas de Fernando Henrique
Cardoso e do PSDB.
Noblat, na época do governo FHC, era editor do “Correio Braziliense”. Sabia muito. Se ele não se lembra das tramóias maiores, das gigantescas “privatarias tucanas”, o que se dizer de “coisas menores”? Por exemplo, da negociata em torno da venda da fazenda de filha de FHC (aquela que anos antes até o Exército Brasileiro humilhantemente foi enviado para proteger de invasão de sem-terras , mesmo sendo apenas propriedade particular de parente de FHC (estava "em nome" da filha). Tudo com imensa despesa de dinheiro público para deslocar centenas de soldados e equipamentos e violando a Constituição ao passar por cima da autoridade do governador do Estado de Minas)? (Dizem que o editor Noblat, na época, "esqueceu" na gaveta dele matéria para reportagem já pronta que seria bombástica, sobre a venda daquela fazenda).
Assim como Noblat, a tucana imprensa sempre abafou essas coisas. Ela justificava a imensa fortuna de Fernando Henrique (foi noticiada na época alguns dos bens: a propriedade de uma grande fazenda em MG, apartamentos no bairro "nobre" de Higienópolis-SP, apartamento na também "nobre" Av. Foch-Paris, pai do novo-rico filho que recebeu do governo dele US$ 70 milhões para fazer uma exposição na Alemanha. FHC também era, então, sogro do também rico David Zylbersztajn, que recebeu bondosamente dele o valioso cargo de Presidente da ANP).
Noblat, na época do governo FHC, era editor do “Correio Braziliense”. Sabia muito. Se ele não se lembra das tramóias maiores, das gigantescas “privatarias tucanas”, o que se dizer de “coisas menores”? Por exemplo, da negociata em torno da venda da fazenda de filha de FHC (aquela que anos antes até o Exército Brasileiro humilhantemente foi enviado para proteger de invasão de sem-terras , mesmo sendo apenas propriedade particular de parente de FHC (estava "em nome" da filha). Tudo com imensa despesa de dinheiro público para deslocar centenas de soldados e equipamentos e violando a Constituição ao passar por cima da autoridade do governador do Estado de Minas)? (Dizem que o editor Noblat, na época, "esqueceu" na gaveta dele matéria para reportagem já pronta que seria bombástica, sobre a venda daquela fazenda).
Assim como Noblat, a tucana imprensa sempre abafou essas coisas. Ela justificava a imensa fortuna de Fernando Henrique (foi noticiada na época alguns dos bens: a propriedade de uma grande fazenda em MG, apartamentos no bairro "nobre" de Higienópolis-SP, apartamento na também "nobre" Av. Foch-Paris, pai do novo-rico filho que recebeu do governo dele US$ 70 milhões para fazer uma exposição na Alemanha. FHC também era, então, sogro do também rico David Zylbersztajn, que recebeu bondosamente dele o valioso cargo de Presidente da ANP).
A grande mídia demotucana
tratava FHC como príncipe, "nobre", que tinha nascido em
"berço de ouro" (pois o pai dele era militar e veio a alcançar o rico
posto de general no final da carreira. Hoje, os generais são pobres plebeus,
classe média-média).
Tudo isso "O Globo" e Noblat esqueceram. Esquecimentos seletivos.
Tudo isso "O Globo" e Noblat esqueceram. Esquecimentos seletivos.
São pensamentos esses que ora me afloram, ao ler hoje o seguinte bom texto de Eduardo Guimarães]:
“Francamente, Noblat, depois de ter
assistido à aula de jornalismo que lhe ministrou Janio de Freitas no ‘Roda Viva’,
você poderia ao menos ter pudor e não divulgar em seu blog peça de caradurismo
como o comentário em que defende a cobertura escandalosa que seus patrões – os filhos sem nome de alguém que andava de
braço dado com a ditadura – fazem do mensalão.
Mas como falar em pudor a alguém que
compara a cobertura apoteótica e engajada de um só dos mensalões – que está por provar-se – com a cobertura
constrangida, forçada e infinitamente inferior que a Globo fez de casos de
corrupção envolvendo partidos de oposição?
Você [Noblat] defende que a
cobertura do julgamento do mensalão “petista” ocupe 10, 15 minutos do “Jornal
Nacional” todo dia durante semanas em tom condenatório, com espaço
infinitamente inferior à defesa e dando veredicto contra todos os acusados sem
diferenciação ou gradação de culpabilidade, sob o seguinte argumento:
“Saber o que foi o mensalão, saber como funcionava,
saber quem participou dele, acompanhar o julgamento no Supremo Tribunal
Federal, tudo isso ajudará, certamente, para que o caso não se repita. Ou para dificultar
a repetição do caso”
Até poderia ser verdade se
escândalos envolvendo todos os partidos fossem tratados da mesma forma. Como a “Globo”
– e o resto da mídia partidarizada – não cobre casos análogos ao mensalão
“petista” (como o mensalão “tucano”), a cobertura desse julgamento não “ajudará
para que o caso não se repita” coisa nenhuma.
Aliás, essa prática de tratar
diferentemente casos de corrupção iguais estimula a que os políticos corruptos
tomem o cuidado de manter boas relações com a mídia e servir aos seus
interesses para serem protegidos por ela quando forem flagrados. Ou seja: a
mídia estimula a corrupção com essa cobertura partidarizada.
E quem diz que a “Globo” não dá bola
a mensalões de partidos adversários do PT não sou (só) eu ou “os petistas”,
Noblat.
Só para ficar em dois exemplos
insuspeitos, quem diz é o jornalista Janio de Freitas, colunista da “Folha de
São Paulo” e membro de seu Conselho Editorial, e o ministro do Supremo Tribunal
Federal Joaquim Barbosa, que gente como você diz ser voto certo pela condenação
de todos os acusados do mensalão “petista”.
Em seu comentário, Noblat, você
compara a cobertura do mensalão “petista” às coberturas do mensalão “do DEM” e
das estripulias do governador tucano Marconi Perillo na Cachoeira goiana de
corrupção. Compara, assim, o incomparável.
No caso do DEM, apesar de a
cobertura da mídia tucana ter sido infinitamente menor e restrita ao estouro do
escândalo – tendo sido abandonada e nunca
mais retomada –, naquele caso havia, “apenas”, um vídeo mostrando o
governador José Roberto Arruda recebendo um maço de dinheiro.
Como a mídia poderia ignorar uma
bomba dessas? Teve que noticiar, ora. Arruda não foi preso por conta do
noticiário, mas por conta de prova incontestável que a mídia divulgou a reboque
dos fatos.
Já no caso de Perillo, é piada.
Quando foi que se viu acusação formal e decretação de culpa de Perillo no “Jornal
Nacional”, por exemplo? Foram sempre relatos sóbrios, rápidos, esparsos,
episódicos e totalmente imparciais. E ninguém precisa acreditar em mim. Basta
ir ao site do “Jornal Nacional” e fazer a comparação.
Aliás, nem precisa ter tal trabalho.
Basta ler seu comentário para ver a diferença de tratamento que você e seus
patrões dão a petistas e tucanos. Enquanto você defendeu Perillo, quando
estourou o escândalo , acusa o PT inteiro de ter engendrado o mensalão.
Alguma vez você acusou o PSDB inteiro de ter engendrado o mensalão “tucano”,
por acaso?
E talvez ainda pior seja ter
comparado o noticiário político nacional com a cobertura do golpe que derrubou
o presidente do Paraguai Fernando Lugo. Em primeiro lugar, a mídia não tomou
partido – aliás, chegou a defender o
golpe. Em segundo lugar, ninguém está reclamando de o julgamento do
mensalão ser coberto pela empresa em que você trabalha, mas da dimensão e do
viés parcial da cobertura.
Alguns dirão que estou gastando vela
com mau defunto. Não acho. Você desafia os “petistas” a lhe darem uma resposta.
Eu não sou petista – apesar de ser
simpatizante do PT –, mas aqui vai o que você pediu. Dei-me ao trabalho de
responder para que as pessoas saibam que você pede resposta e não tem coragem
de encará-la.
*
Abaixo, o comentário em questão de
Noblat, o blogueiro do PSDB:
Será desproporcional o espaço
oferecido pelos meios de comunicação à cobertura do julgamento do processo do
mensalão no Supremo Tribunal Federal?
Muita gente do PT acha que sim.
Muita gente apenas simpática ao PT também acha. O espaço deveria ser menor, sim
senhor.
Por que?
Porque a maioria dos brasileiros não
está interessada no julgamento.
Então por que se gasta tanto espaço
com o assunto?
Ora, porque os meios de comunicação
são contra o PT. E querem prejudicá-lo.
Em resumo, é assim que pensam
filiados e adeptos do PT.
Sinto muito, mas estão errados.
É verdade que a maioria dos
brasileiros não está nem aí para o julgamento do mensalão. Mas ela costuma não
se ligar em fatos políticos.
Temos eleições de dois em dois anos,
por exemplo. E a maioria só começa a prestar atenção na campanha e nos
candidatos em cima da hora, faltando poucas semanas para votar.
Isso é bom ou ruim? É ruim. Muito
ruim.
Não se constrói uma democracia
sólida desprezando-se a política.
São políticos bandidos, empenhados
em enriquecer, os que mais ganham com o desprezo dos brasileiros à política.
Os meios de comunicação servem bem à
democracia quando oferecem generoso espaço para tudo o que tenha a ver com o
exercício da política. Para tudo o que tenha a ver com a vida. E a política
tem.
O escândalo do mensalão decorreu do
modo como o PT imaginou garantir a governabilidade.
Lula se elegeu em 2002 sem dispor de
ampla sustentação no Congresso.
De princípio não quis ceder à idéia
de lotear o governo, entregando aos partidos grandes quantidades de cargos.
Então o PT teve a brilhante idéia de
pagar mesadas a deputados para que votassem com o governo.
No seu segundo mandato, uma vez que
o mensalão fôra sepultado, Lula loteou o governo com 17 partidos.
Saber o que foi o mensalão, saber
como funcionava, saber quem participou dele, acompanhar o julgamento no Supremo
Tribunal Federal, tudo isso ajudará, certamente, para que o caso não se repita.
Ou para dificultar a repetição do caso.
Noutro dia, o presidente do Paraguai
foi deposto em menos de 48 horas.
Nossos meios de comunicação passaram
semanas falando sobre o episódio. Alguns chamaram de golpe o que aconteceu no
Paraguai. Outros não viram nada demais.
Se os brasileiros dão as costas para
fatos políticos eminentemente locais, imaginem se deram bola para o que se
passou no Paraguai…
Portanto, a queda do presidente
paraguaio não deveria ter ocupado espaço nos nossos meios de comunicação.
Certo?
Não vi ninguém do PT ou próximo dele
reclamar da cobertura.
Como antes não vira ninguém do PT ou
próximo dele reclamar da cobertura do escândalo do partido Democratas, em
Brasília.
Nunca antes na história um escândalo
foi tão bem documentado. O governador de Brasília acabou preso. E depois
renunciou ao mandato.
E a situação do governador de Goiás,
Marconi Perillo, do PSDB, enrolado com o bicheiro Carlinhos Cachoeira? Hein?
Como brasileiro não gosta de
política, os meios de comunicação deveriam deixar Perillo em paz. É ou não é?
Hein, petistas? Faço a pergunta a
vocês.
A alienação só favorece os espertos,
uma minoria ativa, mas uma minoria.
Quando os espertos se dão bem, vocês
sabem para quem sobra.”
FONTE:
escrito
por Eduardo Guimarães em seu blog “Cidadania.com] (http://www.blogdacidadania.com.br/2012/08/crie-vergonha-nessa-cara-noblat/) [A observação descrita nos parágrafos
iniciais foi adicionada por este blog ‘democracia&política’].
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