Ministro Ricardo Lewandovski
Por
Luis Nassif
“O revisor Ministro Ricardo
Lewandovski considerou haver sinais abundantes de que a empresa IFT, de Luiz
Costa Pinto, prestou serviços à Câmara. Os advogados de defesa já haviam relatado
inúmeros depoimentos de funcionários da Câmara atestando a entrega do trabalho.
Em seu voto, Joaquim Barbosa
endossou as acusações da Procuradoria Geral da República (PGR), de que o
contrato era fantasma e que Costa Pinto prestaria apenas trabalhos pessoais ao
então presidente da Câmara João Paulo, motivo para indiciá-lo por peculato.
Ministro Joaquim Barbosa
Houve uma primeira investigação que
apurou não terem sido entregues boletins reservados mensais. Com base nisso, em
uma análise superficial a primeira investigação da Polícia Federal considerou
que o contrato era falho.
Posteriormente, o Tribunal de Contas
aprofundou as investigações e constatou que:
- Não constava do contrato da Câmara com a IFT a feitura dos boletins.
- Mesmo que constasse do contrato, sua ausência não caracterizaria burla devido à abrangência muito maior do contrato, que foi entregue na sua totalidade.
- Lewandovski registrou a robusta prova testemunhal, de que a empresa efetivamente prestou serviços à Câmara, com elogios fartos de diversos setores da Câmara. E o fato de o TCU, por unanimidade, ter considerado legal o contrato e sua execução.
Tudo isso foi ignorado por Joaquim
Barbosa. Sua intenção jamais foi a de se comportar como juiz, mas como um
auxiliar da acusação, um inquisidor pequeno. Não teve o menor interesse em
separar as acusações objetivas das meras suspeitas, como se na ponta houvesse
apenas inimigos a serem exterminados.
Duro nas suas sentenças, quando
identifica sinais de culpa, Lewandovski demonstra discernimento e
preocupação em separar o joio do trigo. Até agora, sua palavra mostra
credibilidade quando absolve e também quando condena. Ao contrário de Joaquim
Barbosa, que não mostra credibilidade nem quando tem razão.
Como ensinou Lewandovski ao final, o
juiz é o "perito dos peritos", o único a avaliar todos os elementos,
não podendo fiar-se em um laudo único, sem considerar as demais provas e
evidências.”
FONTE:
escrito por Luis Nassif em seu portal (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/voto-de-lewandovski-expoe-falta-de-discernimento-de-barbosa)
[Imagens obtidas no Google e adicionadas por este blog
‘democracia&política’].
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