“FHC já pediu para esquecer o que
ele escreveu. Mas não dá para esquecer as denúncias de corrupção que mancharam
o seu triste reinado.
O portal “Conversa
Afiada” reproduz post de Miro Borges sobre a folha corrida
de FHC (e Zezinho 30):
OS CRIMES DE FHC SERÃO PUNIDOS?
Por Altamiro Borges
No grande circo armado pela mídia para o “julgamento do século” do chamado “mensalão do PT”, até o ex-presidente FHC foi ressuscitado. Dia 6, na abertura da 32ª Convenção do Atacadista Distribuidor, no Riocentro, ele reforçou o linchamento midiático exigindo a imediata punição dos réus. Na maior caradura, ele esbravejou: “Depois que eu ouvi do procurador-geral da República, houve crime. Crime tem que ser punido… Tenho confiança de que eles [STF] julgarão com serenidade, mas também com Justiça”.
FHC já pediu para esquecer o que ele escreveu. Mas não dá para esquecer as denúncias de corrupção que mancharam o seu triste reinado. O ex-presidente não tem moral para exigir punição de qualquer suspeito de irregularidades. Desde que foi desalojado do Palácio do Planalto, o rejeitado ex-presidente tenta se travestir de “paladino da ética” com objetivos meramente políticos e eleitoreiros. Ele, agora, explora oportunisticamente o julgamento no STF para impulsionar e animar as campanhas dos demotucanos às eleições de outubro.
A LISTA DOS CRIMES TUCANOS
Se um dia houver, de fato, Justiça no país, FHC é que será julgado e punido por seus crimes. Listo abaixo alguns que merecem rigoroso julgamento da história:
DENÚNCIAS ABAFADAS
No grande circo armado pela mídia para o “julgamento do século” do chamado “mensalão do PT”, até o ex-presidente FHC foi ressuscitado. Dia 6, na abertura da 32ª Convenção do Atacadista Distribuidor, no Riocentro, ele reforçou o linchamento midiático exigindo a imediata punição dos réus. Na maior caradura, ele esbravejou: “Depois que eu ouvi do procurador-geral da República, houve crime. Crime tem que ser punido… Tenho confiança de que eles [STF] julgarão com serenidade, mas também com Justiça”.
FHC já pediu para esquecer o que ele escreveu. Mas não dá para esquecer as denúncias de corrupção que mancharam o seu triste reinado. O ex-presidente não tem moral para exigir punição de qualquer suspeito de irregularidades. Desde que foi desalojado do Palácio do Planalto, o rejeitado ex-presidente tenta se travestir de “paladino da ética” com objetivos meramente políticos e eleitoreiros. Ele, agora, explora oportunisticamente o julgamento no STF para impulsionar e animar as campanhas dos demotucanos às eleições de outubro.
A LISTA DOS CRIMES TUCANOS
Se um dia houver, de fato, Justiça no país, FHC é que será julgado e punido por seus crimes. Listo abaixo alguns que merecem rigoroso julgamento da história:
DENÚNCIAS ABAFADAS
Já no início do seu primeiro
mandato, em 19 de janeiro de 1995, FHC fincou o marco que mostraria a sua
conivência com a corrupção. Ele extinguiu, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, criada por Itamar Franco e
formada por representantes da sociedade civil, que visava combater o desvio de
recursos públicos. Em 2001, fustigado pela ameaça de uma CPI da Corrupção, ele
criou a Controladoria-Geral da União,
mas esse órgão se notabilizou [no governo FHC] exatamente por abafar denúncias.
CASO SIVAM
CASO SIVAM
Também no início do seu primeiro
mandato, surgiram denúncias de tráfico de influência e corrupção no contrato de
execução do Sistema de Vigilância e Proteção da Amazônia (Sivam/Sipam). O
escândalo derrubou o brigadeiro Mauro Gandra e serviu para FHC “punir” o
embaixador Júlio César dos Santos com uma promoção. Ele foi nomeado embaixador
junto à FAO, em Roma, “um exílio dourado”. A empresa ESCA, encarregada de
incorporar a tecnologia da estadunidense Raytheon, foi extinta por fraude
comprovada contra a Previdência. Não houve CPI sobre o assunto. FHC bloqueou.
PASTA ROSA
PASTA ROSA
Em fevereiro de 1996, a
Procuradoria-Geral da República resolveu arquivar definitivamente os “processos
da pasta rosa”. Era uma alusão à pasta com documentos citando doações ilegais
de banqueiros para campanhas eleitorais de políticos da base de sustentação do
governo. Naquele tempo, o procurador-geral, Geraldo Brindeiro, ficou conhecido
pela alcunha de “engavetador-geral da República”.
COMPRA DE VOTOS
COMPRA DE VOTOS
A reeleição de FHC custou caro ao
país. Para mudar a Constituição, houve um pesado esquema para a compra de voto,
conforme inúmeras denúncias feitas à época. Gravações revelaram que os
deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil
para votar a favor do projeto. Eles foram expulsos do partido e renunciaram aos
mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido,
Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara. Como
sempre, FHC resolveu o problema abafando-o e impedido a constituição de uma
CPI [Não se pôde apurar outros 'vendedores', quem comprava os votos e se era com recursos públicos].
VALE DO RIO DOCE (CVRD)
VALE DO RIO DOCE (CVRD)
Apesar da mobilização da sociedade
em defesa da CVRD, a empresa foi vendida num leilão por apenas R$ 3,3 bilhões,
enquanto especialistas estimavam seu preço em, ao menos, R$ 30 bilhões. Foi crime
de lesa-pátria, pois a empresa era lucrativa e estratégica para os interesses
nacionais. Ela detinha, além de enormes jazidas, gigantesca infraestrutura
acumulada ao longo de mais de 50 anos, com navios, portos e ferrovias. Um ano
depois da privatização, seus novos donos anunciaram lucro anual de R$ 1 bilhão. O
preço pago pela empresa equivale hoje ao lucro trimestral da CVRD.
PRIVATIZAÇÃO DA TELEBRAS
PRIVATIZAÇÃO DA TELEBRAS
O jogo de cartas marcadas da
privatização do sistema de telecomunicações envolveu diretamente o nome de FHC,
citado em inúmeras gravações divulgadas pela imprensa. Vários “grampos”
comprovaram o envolvimento de lobistas com autoridades tucanas. As fitas
mostraram que informações privilegiadas foram repassadas aos “queridinhos” de
FHC. O mais grave foi o preço que as empresas privadas pagaram pelo sistema
Telebrás, cerca de R$ 22 bilhões. O detalhe é que, nos dois anos e meio
anteriores à “venda”, o governo investiu na infraestrutura do setor mais de R$
21 bilhões. Pior ainda, o BNDES ainda financiou metade dos R$ 8 bilhões dados como
entrada neste meganegócio. Uma verdadeira rapinagem contra o Brasil e que o
governo FHC impediu que fosse investigada.
EX-CAIXA DE FHC
EX-CAIXA DE FHC
A privatização do sistema Telebrás
foi marcada pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa das campanhas de
FHC e do senador José Serra e ex-diretor do Banco do Brasil, foi acusado de
cobrar R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar. Grampos do
BNDES também flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então
ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do banco,
articulando o apoio da PREVI para beneficiar o consórcio do "Opportunity", que
tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros
e de Lara Resende. Até FHC entrou na história, autorizando o uso de seu nome
para pressionar o fundo de pensão.
Além de “vender” o patrimônio público, o BNDES destinou cerca de 10 bilhões de reais para socorrer empresas que assumiram o controle das estatais privatizadas. Em uma das diversas operações, ele injetou 686,8 milhões de reais na Telemar, assumindo 25% do controle acionário da empresa.
JUIZ LALAU
Além de “vender” o patrimônio público, o BNDES destinou cerca de 10 bilhões de reais para socorrer empresas que assumiram o controle das estatais privatizadas. Em uma das diversas operações, ele injetou 686,8 milhões de reais na Telemar, assumindo 25% do controle acionário da empresa.
JUIZ LALAU
A escandalosa construção do Tribunal
Regional do Trabalho de São Paulo levou para o ralo R$ 169 milhões. O caso
surgiu em 1998, mas os nomes dos envolvidos só apareceram em 2000. A CPI do
Judiciário contribuiu para levar à cadeia o juiz Nicolau dos Santos Neto,
ex-presidente do TRT, e para cassar o mandato do senador Luiz Estevão, dois dos
principais envolvidos no caso. Num dos maiores escândalos da era FHC, vários
nomes ligados ao governo surgiram no emaranhado das denúncias. O pior é que
FHC, ao ser questionado por que liberara as verbas para uma obra que o Tribunal
de Contas já alertara que tinha irregularidades, respondeu de forma
irresponsável: “assinei sem ver”.
FARRA DO PROER
O “Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional” (PROER) demonstrou, já em sua gênese, no final de 1995, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro. Para ele, o custo do programa ao Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas para economistas da CEPAL, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais. Vale lembrar que um dos socorridos foi o Banco Nacional, da família Magalhães Pinto, a qual tinha como agregado um dos filhos de FHC.
DESVALORIZAÇÃO DO REAL
FARRA DO PROER
O “Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional” (PROER) demonstrou, já em sua gênese, no final de 1995, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro. Para ele, o custo do programa ao Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas para economistas da CEPAL, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais. Vale lembrar que um dos socorridos foi o Banco Nacional, da família Magalhães Pinto, a qual tinha como agregado um dos filhos de FHC.
DESVALORIZAÇÃO DO REAL
De forma eleitoreira, FHC segurou a
paridade entre o real e o dólar apenas para assegurar a sua reeleição em 1998,
mesmo às custas da queima de bilhões de dólares das reservas do país.
Comprovou-se o vazamento de informações do Banco Central. O PT divulgou uma
lista com o nome de 24 bancos que lucraram com a mudança e de outros quatro que
registraram movimentação especulativa suspeita às vésperas do anúncio das
medidas. Há indícios da existência de esquema dentro do BC para a venda de
informações privilegiadas sobre câmbio e juros a determinados bancos ligados à
turma de FHC. No bojo da desvalorização cambial, surgiu o escandaloso caso dos
bancos Marka e FonteCindam, “graciosamente” socorridos pelo Banco Central com
1,6 bilhão de reais. Houve favorecimento descarado, com empréstimos em dólar a
preços mais baixos do que os praticados pelo mercado.
SUDAM E SUDENE
SUDAM E SUDENE
De 1994 a 1999, houve orgia de
fraudes na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM),
ultrapassando R$ 2 bilhões. Ao invés de desbaratar a corrupção e pôr os
culpados na cadeia, FHC extinguiu o órgão. Já na Superintendência de
Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), a farra também foi grande, com a apuração
de desvios de R$ 1,4 bilhão. A prática consistia na emissão de notas fiscais
frias para a comprovação de que os recursos do “Fundo de Investimentos do
Nordeste” foram aplicados. Como fez com a SUDAM, FHC extinguiu a SUDENE, em vez
de colocar os culpados na cadeia.
(*) Em nenhuma democracia séria do
mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até
sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no
Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.”
FONTE: portal “Conversa Afiada] (http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2012/08/07/miro-os-crimes-de-fhc-que-o-pig-abafou/).
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