Li ontem no jornal Folha de São Paulo:
QUATRO SENADORES REPASSAM BILHETES AÉREOS
COMO OCORREU COM DEPUTADOS, ELES TAMBÉM BRINDARAM PARENTES E CONHECIDOS COM PASSAGENS AO EXTERIOR
Pelo menos quatro senadores também usaram a cota de passagem aérea a que têm direito para brindar parentes e conhecidos com viagens ao exterior, segundo o site Congresso em Foco.
Dos 513 deputados, 261 usaram a cota para viajar com parentes ou mandar correligionários e conhecidos a 13 destinos no exterior. Desde a semana passada, os senadores estão proibidos de terceirizar os bilhetes. A Câmara tomou a mesma atitude na terça-feira.
Senadores também usaram a cota aérea para alugar jatinhos. O benefício também foi transformado em dinheiro repassado à viúva do senador Jefferson Péres (PDT-AM). Ela recebeu R$ 118 mil, que devem ser devolvidos no entendimento do Ministério Público.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) emitiu oito bilhetes da sua cota para pessoas de fora do seu gabinete. Entre eles, o filho, Álvaro Dias Filho, que foi a Montevidéu, em setembro passado. "O uso é legal e moral. A cota foi constituída dessa forma. Daqui para frente será diferente", disse ele.
Dias emitiu outros seis bilhetes para três pessoas irem de Curitiba a Buenos Aires, em setembro. Nesse caso, diz, foi para atender a um pedido de profissionais que trabalham na entidade Pequeno Cotolengo do Paraná, que ajuda pessoas com deficiências múltiplas, para participarem de evento internacional sobre o tema. Ele enviou à Folha cópia do pedido.
O senador Geraldo Mesquita (PMDB-AC) levou a mulher, Maria Helena Mesquita, cinco vezes para Montevidéu. Por meio da assessoria, disse que não comentaria mais o assunto. Ao site Congresso em Foco ele afirmou que sua esposa o acompanhou em reuniões do Parlamento do Mercosul.
O senador Osmar Dias (PDT-RS) mandou a filha para Buenos Aires em fevereiro com passagem aérea da Casa. Ele disse que até então a prática era permitida.
Já Paulo Paim (PT-RS) emitiu quatro passagens -duas de ida e volta- de Porto Alegre a Montevidéu para Washington Bonilla em fevereiro e novembro de 2008.
Paim disse que Bonilla lhe pediu as passagens para ir ao enterro do pai e depois ao da mãe e que não o conhecia antes disso. "Ele foi ao meu escritório e o atendi." O senador disse que tem um saldo de R$ 100 mil e que irá devolver à Casa.”
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