Li hoje no site “vermelho” o seguinte artigo da fonte "Adital", “Agencia de Información Fray Tito para América Latina”. A ADITAL é uma agência de notícias destinada a levar a agenda social latino-americana e caribenha à mídia internacional:
“Na ultima sexta-feira, 15, o atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiu reinstalar o Tribunal Militar na base de Guantânamo, em Cuba, local em que estão detidos presos políticos que respondem por supostos atos terroristas. Durante a campanha eleitoral, Obama prometeu que fecharia a prisão.
Nos primeiros dias como presidente norte-americano, ele assinou uma ordem executiva em que suspendia por 120 dias os julgamentos em Guantánamo e garantia a possibilidade de fechar a prisão no prazo de um ano.
Para o professor do departamento de Economia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Nildo Ouriques, que integra o Instituto de Estudos Latino-americanos (IELA), tal medida não mostrava que o presidente realizaria grandes mudanças na gestão, o que, agora, está sendo comprovado.
De acordo com o professor, o retorno dos Tribunais Militares mostra que "os Estados Unidos continuam violando a própria Constituição", pois "os juízes especiais (utilizados nesses Tribunais) não têm amparo jurídico nos Estados Unidos". Além disso, o professor ainda critica a promessa de Obama em fechar a prisão: "ele não tem que fechar as prisões, ele tem é que devolver Guantânamo aos cubanos", considera.
Para o professor, a atitude de Obama em relação a Guantânamo já era esperada. Ele afirma que, com o anúncio, começam a cair as esperanças dos que viam o presidente como "Jesus Cristo". Para Ouriques, o presidente é apenas um político americano e que, como tal, é o representante do imperialismo norte-americano. "Os eleitores de Obama certamente estão vendo como um político convencional", afirma.
Segundo o professor, o que se pode perceber é que o presidente estadunidense continua seguindo a política imperialista do país. "Obama está se comprovando ser o que seria um político americano", afirma. Para ele, quem se surpreendeu com a decisão do presidente era porque estava muito iludido. "Por que os Estados Unidos iam se tornar bonzinhos?", questiona.
O que também continua em questão será a forma do julgamento. Os Tribunais Militares, também chamados de "comissões militares" se estabeleceram na administração de George W. Bush para julgar suspeitos por atos de terrorismo.
Vários organismos de direitos humanos criticam a prisão por manter pessoas sem o julgamento legal a que têm direito e por adotar práticas de tortura.
De acordo com informações da administração, os presos serão julgados através de um novo sistema que consistirá em uma série de "proteções legais" para os acusados. Entretanto, para Ouriques, a permanência de torturas na prisão ainda é uma "incógnita".”
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