[OBS deste blog ‘democracia&política’: o referendo realizado nas Ilhas Malvinas é agressivo escárnio. Os ingleses invadiram e tomaram à força dos argentinos aquele território, expulsando-os e, desde então, mantêm as ilhas com a forte presença de contingente militar.
Realizar um referendo onde a população é de militares e funcionários ingleses, suas famílias e descendentes é puro e grosseiro deboche. Obviamente, manifestam a vontade de permanecer britânicos. Seria análogo um referendo nas "colônias" israelenses nos territórios palestinos invadidos e ocupados. Provavelmente, poucos habitantes das colônias gostariam de se tornar palestinos.
A mídia internacional (e seu braço brasileiro), tradicional defensora dos interesses das grandes potências ocidentais, Inglaterra inclusive, e de Israel, publica o resultado da “votação” como “manifestação democrática” que deve ser respeitada. É ofensiva zombaria.
Vejamos, a seguir, a notícia divulgada pela agência estatal espanhola de notícias EFE]:
“ARGENTINA MANTÉM SILÊNCIO SOBRE REFERENDO NAS MALVINAS
Moradores locais votaram em massa para que o arquipélago continue sob jurisdição do Reino Unido.
O governo argentino continuou em silêncio sobre o resultado do referendo realizado segunda-feira nas ilhas Malvinas, no qual os moradores locais votaram em massa para que o arquipélago continue sob jurisdição do Reino Unido.
Segundo dados divulgados pelo órgão eleitoral local, 1.518 pessoas votaram na consulta, das quais 99,8% optaram pelo "sim" e apenas 0,2% no "não".
O governo das Malvinas convocou o plebiscito em resposta à reivindicação territorial sobre o arquipélago da Argentina, que pressiona o Reino Unido para que inicie um processo de negociação para resolver a disputa sobre a soberania das ilhas do Atlântico sul.
A participação dos moradores das Malvinas (Falklands para os britânicos) foi de 92%, número esperado em função da grande expectativa que a consulta tinha gerado na pequena comunidade.
O governo argentino disse, em reiteradas ocasiões, que não aceitará o resultado do plebiscito, que considera ilegal.
A Argentina, que reivindica [a devolução] das ilhas desde 1833, nega-se a incluir os ilhéus como uma terceira parte da disputa e procura negociar apenas com o governo britânico.”
FONTE: divulgado pela agência estatal espanhola de notícias EFE e transcrito no site “DefesaNet” (http://www.defesanet.com.br/geopolitica/noticia/10024/Argentina-mantem-silencio-sobre-referendo-nas-Malvinas).
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