Ex-presidente
Lula discursa durante entrega da premiação, em Nova York (Foto: Ricardo
Stuckert/Instituto Lula)
“Prêmio
reconhece o trabalho do ex-presidente em tirar milhões de pessoas da pobreza e
construir uma política de parceria com países vizinhos e africanos.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva recebeu, na noite de segunda-feira (22) em Nova York, o prêmio “Em Busca
da Paz”, conferido pelo “International Crisis Group”. Lula foi homenageado por
ter “impulsionado seu país a uma nova era
econômica e política”.
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do Instituto Lula.
O prêmio reconhece o trabalho de
Lula em tirar milhões de pessoas da pobreza e construir uma política de
parceria com países vizinhos e africanos, o que transformou o Brasil em um “ator mundial crucial”.
Em seu discurso, Lula propôs o
combate à fome e à miséria como caminho para transformar o século 21 em uma era
de paz. “Combater a fome e a miséria em
escala global é o passo mais importante que podemos dar no caminho para a paz.
E depois do que conquistamos no Brasil, eu me recuso a duvidar da nossa
capacidade de fazer um mundo melhor. Combatendo a fome e a miséria, promovendo
o diálogo e o respeito entre os povos, podemos fazer do Século 21 a era da paz”.
O “Crisis Gorup” trabalha em mais de
60 países na prevenção e solução de conflitos. Seus relatórios e análises são
respeitados globalmente por atores que vão de governos à imprensa, como
documentos de referência sobre crises locais. “Nós acreditamos que, para acabar com os conflitos, é preciso
entendê-los a fundo”, explica Louise Arbour. Entre os convidados do jantar
de segunda em Nova York, estavam o megainvestidor e filantropo George Soros, o
prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz e Mo Ibrahim, empreendedor sudanês que
foi o pioneiro da “revolução dos celulares” na África.
Javier Ciurlizza, diretor de
programa para América Latina e Caribe do “Crisis Group”, diz que sem esperança
não há paz, e que Lula colocou isso em prática. “Ele defendeu a UNASUL, que criou um espaço para as nações conversarem,
no lugar de lutar. Ele trabalhou no coração da resolução de conflitos. Ele
entende de maneira profunda que só erradicando a fome e a exclusão social,
dando nova esperança às pessoas, a paz e a segurança são sustentáveis”.
DISCURSO
O ex-presidente falou durante pouco
menos de 25 minutos e destacou que o compromisso dos governantes com a
democracia e em melhorar a vida das pessoas é um passo fundamental para a paz.
E voltou a defender que a crise deve ser combatida com desenvolvimento e
distribuição de renda.
THEIN SEIN
Na noite de segunda-feira, o
presidente de Mianmar, Thein Sein, também foi homenageado. O general Thein Sein
iniciou um processo de democratização de uma ditadura militar que já dura meio século.
Ele convocou eleições, libertou presos políticos e permitiu que a imprensa
privada sem censura prévia voltasse a atuar no país. “Mianmar iniciou um conjunto de reformas notáveis e sem precedentes
desde que o governo do presidente Thein Sein assumiu em março de 2011″,
disse a presidenta do “Crisis Group”, Louise Arbour. No entanto, na avaliação
do próprio “Crisis Group”, o país asiático ainda precisa dar seguimento ao
processo de liberalização política ocorrido até agora.
Essa é a oitava edição do prêmio.
Entre personalidades que já receberam a homenagem estão os presidentes dos EUA
Bill Clinton e George W. Bush; os prêmios Nobel da Paz Martti Ahtisaari e Ellen
Johnson Sirleaf, e o financista e filantropo George Soros.
O “CRISIS GROUP” - www.crisisgroup.org/en/about.aspx
(em inglês)
Focado na prevenção de conflitos
internacionais, o “International Crisis Group” foi fundado em 1995 com o
objetivo de ser uma organização independente de governos e com equipe
profissional especializada para “atuar
como olhos e ouvidos no mundo para impedir conflitos e com um Conselho
altamente influente, capaz de mobilizar formuladores de políticas públicas ao
redor do planeta”.
Atualmente, a organização emprega
mais de 150 pessoas em 10 escritórios regionais, que cobrem cerca de 60 países
em situação de risco ou de conflito ativo. O “Crisis Group” combina a
publicação de relatórios e análises técnicas respeitadas internacionalmente,
com um Conselho de Administração capaz de mobilizar outros formuladores de
políticas públicas ao redor do globo. No conselho, estão 10 ex-presidentes (dois deles norte-americanos), um
ex-primeiro ministro europeu e um Nobel da Paz, entre outros líderes nos campos
da política, diplomacia, negócios e mídia.”
FONTE: divulgado pelo “Instituto Lula” e
transcrito no portal do PT (http://www.pt.org.br/noticias/view/lula_recebe_premio_em_nova_york_por_transformar_o_significado_de_paz_e_prev).
COMPLEMENTAÇÃO:
LULA TERÁ COLUNA
MENSAL NO "THE NEW YORK TIMES"
O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprimenta Michael Greenspon,
diretor-geral do serviço de notícias do New York Times. (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
Do portal UOL:
“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, 67, assinou segunda-feira (22), nos Estados Unidos, um contrato com o
"The New York Times" para escrever uma coluna mensal que será
distribuída pela publicação. Segundo o portal UOL apurou,
a coluna não deve ser publicada em veículos brasileiros por exigência do
próprio Lula.
O petista se reuniu com Michael
Greenspon, diretor-geral do serviço de notícias do jornal norte-americano, e
foi decidido que o texto será distribuído pela agência do "New York
Times".
A coluna tratará de "política e economia internacional, além de
iniciativas para o combate à fome e à miséria no mundo", de acordo com
informações divulgadas pelo ‘Instituto Lula’.”
FONTE
DA COMPLEMENTAÇÃO:
publicado no portal UOL e transcrito no portal de Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/lula-tera-coluna-mensal-no-new-york-times).
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