quinta-feira, 25 de abril de 2013

MÍDIA DISTORCE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS PARA PREJUDICAR O GOVERNO


“A presidenta Dilma Rousseff lamentou terça-feira (23) as tentativas de manipulação das informações econômicas como forma de prejudicar seu governo.

Tem gente que torce para o Brasil dar errado. Tem muita gente torcendo para o Brasil dar errado, é só você olhar”, disse, durante entrevista coletiva em Brasília, quando questionada se a economia pode atrapalhar a reeleição em 2014. Perguntada por um repórter se o senador Aécio Neves (MG), provável candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, é quem está contra o país, Dilma preferiu não nomear: “Não sei, não perguntei para ele”.
  

Durante boa parte da entrevista, concedida após a abertura da exposição “O olhar que ouve”, do artista baiano Carlinhos Brown, ela comentou sobre as tentativas de prejuízo à imagem do governo mediante a manipulação de dados econômicos e acrescentou que não tem interesse em antecipar o debate político sobre 2014. Dilma minimizou o impacto do programa político de quinta-feira do PSB, que deve enaltecer o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, outro possível oponente no próximo ano, que ensaia um discurso no meio do caminho entre base aliada e oposição. “Sabe por que eu não estou em campanha? Porque eu tenho obrigação durante 24 horas por dia de dirigir o Brasil. E quero te dizer o seguinte: é impossível, impossível, qualquer desvio dessa rota.”

A respeito das distorções, ela recordou que, no início do ano, parte da mídia tradicional se dedicou à divulgação de informações de que havia risco de apagão – o jornal “Folha de S. Paulo” tratou como de emergência uma reunião rotineira de técnicos e secretários do setor. “Eu estou há mais de 20 anos nesse setor elétrico. Hoje eu não o estou acompanhando diretamente, mas qualquer um que esteve nesse setor sabe que, este ano de 2013, foi o ano (nos últimos, pelo menos até onde eu lembro, desde 1999) onde mais entrou geração hidrelétrica e térmica.”

Dilma lamentou ainda que se tenta criar fatos em torno da inflação. Ela esclareceu que não fará mais comentários sobre a política de juros do Banco Central que, na semana passada, elevou a taxa básica, a SELIC, em 0,25 ponto percentual, para 7,5% ao ano. “Eu não vou, em hipótese alguma – porque eu tenho responsabilidade presidencial – dar base para qualquer especulação que se faça e que, naquele momento, distorceu minhas palavras. Então, eu não vou falar sobre coisas que eu não quero ver distorcidas. O que estou dizendo é isso: o Brasil não flerta com a inflação.

FONTE: publicado no “Rede Brasil Atual” e transcrito no portal do PT  (http://www.pt.org.br/noticias/view/dilma_tem_muita_gente_que_torce_para_o_brasil_dar_errado). [Imagens do Google adicionadas por este blog ‘democracia&política’].

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