“A
presidenta Dilma Rousseff lamentou terça-feira (23) as tentativas de
manipulação das informações econômicas como forma de prejudicar seu governo.
“Tem gente
que torce para o Brasil dar errado. Tem muita gente torcendo para o Brasil dar
errado, é só você olhar”, disse, durante entrevista coletiva em Brasília,
quando questionada se a economia pode atrapalhar a reeleição em 2014.
Perguntada por um repórter se o senador Aécio Neves (MG), provável candidato do
PSDB ao Palácio do Planalto, é quem está contra o país, Dilma preferiu não
nomear: “Não sei, não perguntei para ele”.
Durante boa parte da entrevista, concedida após a
abertura da exposição “O olhar que ouve”,
do artista baiano Carlinhos Brown, ela comentou sobre as tentativas de prejuízo
à imagem do governo mediante a manipulação de dados econômicos e acrescentou
que não tem interesse em antecipar o debate político sobre 2014. Dilma
minimizou o impacto do programa político de quinta-feira do PSB, que deve
enaltecer o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, outro possível oponente
no próximo ano, que ensaia um discurso no meio do caminho entre base aliada e
oposição. “Sabe por que eu não estou em
campanha? Porque eu tenho obrigação durante 24 horas por dia de dirigir o
Brasil. E quero te dizer o seguinte: é impossível, impossível, qualquer desvio
dessa rota.”
A respeito das distorções, ela recordou que, no
início do ano, parte da mídia tradicional se dedicou à divulgação de
informações de que havia risco de apagão – o jornal “Folha de S. Paulo” tratou
como de emergência uma reunião rotineira de técnicos e secretários do setor. “Eu estou há mais de 20 anos nesse setor
elétrico. Hoje eu não o estou acompanhando diretamente, mas qualquer um que
esteve nesse setor sabe que, este ano de 2013, foi o ano (nos últimos, pelo menos até onde eu lembro,
desde 1999) onde mais entrou geração hidrelétrica e térmica.”
Dilma lamentou ainda que se tenta criar fatos em
torno da inflação. Ela esclareceu que não fará mais comentários sobre a
política de juros do Banco Central que, na semana passada, elevou a taxa
básica, a SELIC, em 0,25 ponto percentual, para 7,5% ao ano. “Eu não vou, em hipótese alguma – porque eu
tenho responsabilidade presidencial – dar base para qualquer especulação que se
faça e que, naquele momento, distorceu minhas palavras. Então, eu não vou falar
sobre coisas que eu não quero ver distorcidas. O que estou dizendo é isso: o
Brasil não flerta com a inflação.”
FONTE: publicado
no “Rede Brasil Atual” e transcrito no portal do PT (http://www.pt.org.br/noticias/view/dilma_tem_muita_gente_que_torce_para_o_brasil_dar_errado).
[Imagens do Google adicionadas por este
blog ‘democracia&política’].
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