terça-feira, 16 de abril de 2013

APÓS QUASE EXTINÇÃO NOS GOVERNOS TUCANOS, GASTOS MILITARES AUMENTARAM 56% EM DEZ ANOS


[OBS deste blog 'democracia&política': APÓS QUASE EXTINÇÃO NO PERÍODO TUCANO “NEOLIBERAL”, GASTOS MILITARES NO BRASIL AUMENTARAM 56% DEZ ANOS. MESMO ASSIM, AINDA ESTÃO PREOCUPANTEMENTE BAIXOS

É enorme a defasagem militar do Brasil, em relação aos demais países dos BRICS (Rússia, Índia e China).

Comparar com outros países o orçamento das Forças Armadas brasileiras é errado e ilusório. Diferentemente dos dispêndios militares indicados acima pelo SIPRI, o orçamento “militar” 
no Brasil abrange despesas civis como construção e manutenção de estradas, transposição do São Francisco, Correio Aéreo Nacional, colégios de ensino médio, escolas de engenharia (IME e ITA) etc. Pior ainda. Também, diversamente dos demais países e mesmo dos ministérios civis brasileiros, o orçamento "militar" inclui os pagamentos a seus aposentados, reformados e pensionistas. Excluindo-se essas parcelas, o Brasil deve ser um dos últimos países do mundo em gastos militares. Provavelmente, tem até menor gasto per capita em defesa que o Vaticano. É ingênua e irresponsável fragilização da soberania até mesmo no dia-a-dia das relações internacionais em tempos de paz].
 
Vejamos o artigo abaixo, do “DefesaNet”:

Desembolso mundial sofre pequena queda, mas emergentes começam a substituir ricos em gastos militares

(Nota do “DefesaNet: Dados gerados pelo SIPRI - Stockholm International Peace Research Institute. O editor Jamil Chade)

“GENEBRA - Pela primeira vez em 15 anos, os gastos militares no mundo sofrem uma contração, puxados pela crise na Europa e Estados Unidos. Mas governos latino-americanos, China e Rússia continuam a expandir seus investimentos em armamentos, no que seria para os especialistas o início de uma transição em termos de gastos militares dos países ricos aos emergentes [Apesar de os países ricos, especialmente os EUA, ainda gastarem muitíssimo mais].

O Brasil registrou leve queda em 2012, de 0,5%. Mas o País tem o 11º maior orçamento militar do mundo e, em dez anos, o aumento de gastos militares no Brasil foi de 56%, bem acima da média mundial [Ver OBS acima deste blog ‘democracia&política’]. Na América Latina, a Venezuela [com suas grandes reservas de petróleo e ameaçada pelos EUA] dobrou seus gastos militares em dez anos e, apenas em 2012, o aumento foi de 42%. O Paraguai teve a maior expansão, com 43% em um ano.

Os dados globais registraram uma contração de 0,5%, com um total de US$ 1,75 trilhão. É a primeira queda desde 1998. As informações foram publicadas pelo “Instituto de Pesquisas da Paz” de Estocolmo, que insiste que, ainda assim, o volume é superior ao pico de gastos durante a Guerra Fria.

Mas o que mais chama a atenção é a disparidade entre países ricos e emergentes. Em crise e cortando [seus desproporcionalmente gigantescos]  gastos militares, Estados Unidos e Europa registraram [pequena] redução em seus efetivos no Iraque e Afeganistão. Os americanos ainda lideram o ranking e têm gastos cinco vezes maiores que os da China [e quase oito vezes maiores que os da Rússia], cerca de US$ 682 bilhões. Mas, em 2012, a contração no Pentágono foi de [somente] 6%. Pela primeira vez, desde o colapso da URSS há mais de 20 anos, os americanos tiveram participação inferior a 40% nos gastos militares mundiais.

Na Europa, membros da OTAN reduziram em 10% os gastos militares por conta da crise, o que leva pesquisadores a acreditarem que haverá contração nos investimentos totais mundiais ainda nos próximos 3 anos.

Mas os países emergentes vivem situação bem diferente. Na China, quinto maior exportador de armas e segunda maior em termos de gastos militares, o aumento de seus investimentos foi em 7,8% em 2012, com total de US$ 166 bilhões. Em dez anos, a expansão foi de 175%, ainda que Pequim insista que não existe motivo para o mundo temer suas ambições militares. Na Ásia, Vietnã, Filipinas e outros governos ampliaram de forma substancial seus gastos militares.

A terceira posição mundial é da Rússia, com aumento de 16% em apenas um ano e US$ 90 bilhões em gastos. Isso tudo no ano do retorno de Vladimir Putin à presidência.

Na América Latina, o aumento de gastos foi de 4,2%, apesar de redução dos investimentos no Brasil, de US$ 36 bilhões em 2011 para US$ 33,1 bilhões no ano passado. O Brasil representa metade dos gastos da região e destina 1,5% do PIB às Forças Armadas, bem acima de países como Alemanha [Ver OBS acima deste blog ‘democracia&política’].

Entre 2003 e 2012, o aumento de gastos nacionais foi de 56%, bem superior ao aumento médio de 35% no mundo [para quem parte do quase zero dos tucanos anos 90, qualquer aumento é infinito]. Mas os especialistas apontam que a expansão nacional sofre uma desaceleração desde 2009.

No restante da região, os gastos aumentaram na Argentina, Chile, Colômbia e Peru. Na Venezuela [com suas gigantescas reservas de petróleo e ameaçada pelos EUA], a expansão foi de 42% e, em dez anos, o governo de Caracas dobrou o orçamento aos militares, atingindo US$ 4 bilhões em 2012. O México também incrementou gastos em 9%, diante da guerra contra o narcotráfico.

"O que estamos vendo é o que pode ser o começo de uma transição no equilíbrio dos gastos militares mundiais, dos países ricos do Ocidente para regiões emergentes", indicou Sam Perlo-Freeman, um dos autores do informe. Dos 11 maiores orçamentos mundiais, quatro são dos países que formam o grupo dos BRICS.

No Oriente Médio, os gastos em 2012 aumentaram em 8% diante das revoluções e da guerra na Síria. Arábia Saudita e Omã registraram os maiores aumentos.”

FONTE: site “DefesaNet”  (http://www.defesanet.com.br/defesa/noticia/10464/SIPRI---Gastos-militares-no-Brasil-aumentaram-em-56-por-cento-em-dez-anos). [Trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

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