segunda-feira, 15 de abril de 2013

TERRORISTA, “VEJA” PRODUZ SEU SEGUNDO CASO “BOIMATE”


Dilma Rousseff, a capa e o interior farsesco do panfleto da “Abril”, e Euripedes "Boimate" Alcântara

TERRORISTA, “VEJA” PRODUZ SEU SEGUNDO CASO “BOIMATE”

“Em 1984, o jovem repórter Eurípedes Alcântara caiu numa pegadinha de 1º de abril e acreditou numa reportagem de uma revista científica sobre o cruzamento genético entre o boi e o tomate; o caso "boimate".
  
Depois, ele se tornou diretor de redação da revista da “Abril” e, agora, apresenta seu “Boimate 2.0” dizendo que Dilma "pisou no tomate".

A tabelinha entre “Abril” e “Globo” é um momento baixo do jornalismo brasileiro, em sua campanha para disseminar terrorismo, pedir juros altos e combater o governo.

Eurípedes Alcântara, diretor de redação da revista “Veja”, tem uma marca indelével no seu currículo. Em 1984, quando era apenas um jovem repórter que iniciava sua carreira na revista “Veja”, leu uma reportagem numa publicação científica sobre o cruzamento genético entre o boi e o tomate e produziu uma das pérolas da história do jornalismo no Brasil, sem se dar conta de que se tratava de uma piada de 1º de abril. O caso “Boimate”, obra de Eurípedes, entrou para a história como a maior "barriga" da imprensa brasileira em todos os tempos.

Nesse fim de semana, Eurípedes decidiu produzir seu segundo caso “Boimate”. Numa tabelinha com a revista “Época”, da “Editora Globo”, “Veja” produziu uma capa idêntica, dizendo que a presidente Dilma "pisou no tomate". Na “Carta ao Leitor”, Eurípedes "Boimate" Alcântara afirma que a presidente Dilma "pode afundar o Brasil". E o texto sobre inflação é uma das peças jornalísticas mais vis, distorcidas e mal intencionadas já produzidas pela imprensa brasileira.

Sob o título "Sim, eu posso..." e a imagem de uma Dilma com um tomate tatuado no braço, “Veja” informa que o alimento se transformou no símbolo da apreensão dos brasileiros com a volta da inflação. Mas nem torcendo e espancando as estatísticas, “Veja” consegue deixar sua tese de pé. Num gráfico interno, com a evolução dos preços do tomate, percebe-se que o preço do quilo foi de R$ 4,37 a R$ 7,81 entre 15 e 28 de março, mas já caiu para R$ 4,43 em 11 de abril. Ou seja: o estouro da meta inflacionária em 0,09 ponto [!], que ocorreu em razão de uma entressafra, será revertido em abril.

Para ancorar sua peça de propaganda política, “Veja” cita as piadinhas que surgiram "com toda a naturalidade do mundo", como o famoso colar de tomates de Ana Maria Braga. E fala até que os fiscais da Alfândega brasileira em Foz do Iguaçu estavam tendo que lidar com um novo tipo de crime na fronteira com o Paraguai: o contrabando de tomates.

Outro gráfico usado por “Veja” cita a inflação acumulada em doze meses, de 6,59%, e outros preços que subiram mais do que isso, como a mensalidade escolar (9%), o pet shop (12%), o óleo diesel (14%) e o tomate (122%) – repita-se, um alimento com preços já em queda livre. Ora, é elementar que, se a média ficou em 6,59%, há outros itens que subiram bem menos, ou até caíram, como, por exemplo, as tarifas de energia elétrica.

Na reportagem, “Veja” mal disfarça seu lobby pelos juros altos. "Com a inflação não tem conversa. Ela só entende uma coisa: aumento dos juros, corte de gastos do governo e aperto no crédito – todas medidas impopulares".

No seu “Boimate 2.0”, “Veja” aproveita também a oportunidade para fazer um elogio rasgado em relação a Margaret Thatcher, que "cortou os gastos e elevou os juros". Prestes a ser enterrada, Margaret Thactcher ainda hoje é um das figuras públicas mais odiadas da Inglaterra e a polícia britânica discute como conter protestos em seu funeral.

Sobre “Veja”, Eurípedes e seu segundo caso “Boimate”, nada a fazer a não ser atirar tomates na publicação. Que, aliás, já estão bem mais baratos.”

FONTE: publicado no Portal 247 e transcrito no portal “Vermelho” (
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=210925&id_secao=6
). [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].

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