[OBS deste ‘democracia&política’: é
óbvio que o jornal “O Globo”, de direita, tucano, não apresentou, na reportagem abaixo, a notícia com
esse título, nem querendo evidenciar esse fato. Quis indiretamente mostrar que São Paulo, sob governos tucanos, não é o pior. E até 'forçar a barra', querendo indevidamente atribuir a FHC a melhora. Porém, o conteúdo da reportagem,
especialmente o seu gráfico acima, demonstram a quebra do crescimento exponencial da criminalidade que ocorreu de 2003 em diante, com os governos petistas]:
Do
“Globo”:
MAPA DA VIOLÊNCIA 2013:
BRASIL MANTÉM TAXA DE 20,4 HOMICÍDIOS POR 100 MIL HABITANTES
Alagoas, Maranhão, Espírito Santo, Pará e Bahia são
os estados com os piores índices de violência
“O
Mapa da Violência 2013 - Mortes Matadas por Armas de Fogo”, divulgado na
quarta-feira, informa que 36.792 pessoas foram assassinadas a tiros em 2010. O
número é superior aos 36.624 assassinatos anotados em 2009 e mantém o país com
taxa de 20,4 homicídios por 100 mil habitantes, a oitava pior marca entre 100
nações com estatísticas consideradas relativamente confiáveis sobre o assunto.
Entre os estados que apresentaram as mais
altas taxas de homicídios estão Alagoas com 55,3, Espírito Santo com 39,4, Pará
com 34,6, Bahia com 34,4 e Paraíba com 32,8. Pará, Alagoas, Bahia e a Paraíba
estão entre os cinco estados também que mais sofreram com o aumento da
violência na década. No Pará, o número de assassinatos aumentou 307,2%, Alagoas
215%, Bahia 195% e Paraíba 184,2%. Nesse grupo, está ainda o Maranhão com a
disparada da matança em 282,2% entre o ano 2000 e 2010.
O Rio de Janeiro aparece em 8º lugar no
ranking dos estados mais violentos com taxa de 26,4. O estudo mostra, no
entanto, que o número de mortes por armas de fogo está em declínio. De 2000 a
2010, os assassinatos a tiros no Rio caíram 43,8%. Em São Paulo, a queda foi
ainda maior, 67,5%, e o estado viu a taxa de homicídio baixar 9,3%. O estado,
que no início da década passada estava entre os seis mais violentos, aparece
desta vez na 24º posição, atrás apenas de Santa Catarina, Roraima e Piauí.
Entre as capitais mais violentas estão
Maceió, a primeira da lista com 94,5 homicídios por 100 mil habitantes. Logo
depois vêm João Pessoa com taxa de 71,6, Vitória com 60,7, Salvador com 59,6 e
Recife com 47,8. São taxas bem acima da média nacional, 20,4, e dos níveis
considerados toleráveis pela ONU, que giram em torno de 10 homicídios por 100
mil. Com uma taxa de 23,5, o Rio aparece em 19º lugar na lista. A cidade de São
Paulo apresentou taxa de 10,4 e está na 25ª colocação.
Para Júlio Jacobo Waiselfisz, coordenador
do “Mapa da Violência 2013”, a declarada priorização da segurança pública por
governadores e iniciativas do governo federal tais como a campanha do
desarmamento não foram suficientes para forçar a queda dos índices de violência
na primeira década do século XXI. Do ano 2.000, segunda metade do governo do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso [até
2003, quando Lula assumiu, continuou piorando rápido (ver gráfico), mas desde
então vem caindo], até o fim do segundo mandato do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, 2010, foi registrada uma taxa de aproximadamente 20
homicídios com armas de fogo por 100 mil habitantes.
— “Não
tenho elementos para julgar (a correção) das políticas de segurança. Mas se
está havendo alto índice de violência, nossas políticas não são suficientes”
— comenta Jacobo.
O estudo confirma ainda a
"nacionalização" dos homicídios e duas diferentes tendências da
violência. O número de assassinatos a tiros tem aumentado em áreas
tradicionalmente hospitaleiras do Norte e do Nordeste e diminuído no Sudeste, a
partir de avanços registrados em São Paulo e no Rio de Janeiro. Dos cinco
estados mais violentos do país em 2010, três estão na região Nordeste: Alagoas,
Bahia e Paraíba. Quatro das cinco cidades com os piores dados estão no litoral
da região: Maceió, João Pessoa, Salvador e Recife.
Para Jacobo, a escalada da violência em
cidades e estados do Nordeste não significa que está havendo uma
"nordestinização" da matança. Para ele, o que está havendo é a
expansão em âmbito nacional da criminalidade. As mortes violentas, que antes de
concentravam em grandes centros urbanos como São Paulo e Rio, estão se
espalhando pelo país. O movimento acompanharia a desconcentração industrial e
os deslocamentos populacionais ligados às atividades econômicas.
— “Não dá para dizer que está havendo uma
nordestinização da violência. A violência tem crescido também no Paraná, em
Santa Catarina e no entorno de Brasília” — disse Jacobo.
Santa Catarina sofreu aumento de homicídios
de 44,5% na década, embora ainda permaneça com taxa de 8,5 homicídios por
grupos de 100 mil. O Distrito Federal, com uma taxa de 25,3 por 100 mil, está
em 9º lugar no ranking de assassinatos com armas de fogo. O Mapa da Violência
apresenta o ranking de homicídios das cidades com mais de 20 mil habitantes.
Entre as cinco cidades mais perigosas do
país estão: Simões Filho, na Bahia, com taxa de 141,5 homicídios por 100 mil
habitantes; Campina Grande do Sul, no Paraná, com 107,0, Lauro de Freitas (BA)
com 106,6, Guaíra com 103,9, e Maceió com 91,6. São números piores que o de
Medellin e Bogotá, na Colômbia, no auge do poder do narcotráfico de Pablo
Escobar. Para Jacomo, a onda de violência em algumas cidades e estados
brasileiros também estaria ligada ao narcotráfico, ao crime organizado e a
grande quantidade de armas em circulação.
Pelo estudo, 70% dos homicídios no país são
cometidos com armas de fogo. Uma explicação seria a disseminação da cultura da
violência. Segundo o pesquisador, muitos homicídios resultam dos chamados
conflitos de proximidade. São desentendimentos em que uma das partes, ao invés
de tentar eliminar o conflito, mata o oponente.”
FONTE:
jornal “O Globo” (http://oglobo.globo.com/pais/mapa-da-violencia-2013-brasil-mantem-taxa-de-204-homicidios-por-100-mil-habitantes-7755783).
[Imagem do Google e trecho entre
colchetes introduzidos por este blog ‘democracia&política’].
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