Por Virgínia Silveira, de São José dos Campos para
o jornal “Valor”
“A Embraer vendeu mais nove turboélices de ataque
leve Super Tucano para dois países, um da América Central e outro da África.
Segundo o “Valor” apurou, um desses países é a Guatemala, mas a empresa
informou que só revelaria o nome dos novos clientes do Super Tucano durante a LAAD, feira internacional de defesa
e segurança, que acontece no Rio de Janeiro.
A fabricante brasileira também negocia a venda de
Super Tucano para vários países da África, e o Senegal é um dos clientes onde a
negociação estaria mais avançada, segundo o “Valor” apurou.
O presidente da “Embraer Defesa e Segurança”, Luiz
Carlos Aguiar, disse que a novidade de um dos novos contratos do Super Tucano é
que, pela primeira vez, a Embraer estará exportando, junto com a aeronave, um
software inteligente, do sistema de apoio à decisão do centro de comando e
controle de informações estratégicas daquele país. Esse sistema inteligente será
desenvolvido pela ATECH, empresa do grupo Embraer.
A Embraer já vendeu um sistema similar para o
México, mas estava relacionado à venda de cinco aeronaves de vigilância. "A principal diferença é que, no México, a
Embraer precisou subcontratar várias empresas estrangeiras para o
desenvolvimento do software e agora apenas a ATECH será responsável por todo o
trabalho", explica o executivo.
O contrato com a Guatemala já vinha sendo negociado
há mais de dois anos, mas ainda aguardava ser aprovado pelo Congresso da
República Guatemalteca. Da mesma forma, o sistema de financiamento da compra
também estava sendo analisado pelo Ministério de Finanças Públicas do país.
As novas vendas do Super Tucano, segundo Aguiar, já
são um reflexo da vitória da empresa na concorrência da Força Aérea dos EUA (da sigla em inglês USAF), que abriu
portas para o produto brasileiro. Tanto que a Embraer acaba de refazer as
estimativas das vendas potenciais do avião, de US$ 3,5 bilhões para US$ 4,1
bilhões até 2025. Esse número, de acordo com Aguiar, representa 344 unidades,
ante as 300 anteriormente previstas.
"A
vitória no processo chamou a atenção do mundo para o nosso produto. O nível de
interesse aumentou em vários países e acreditamos que a tendência é de
ampliarmos as vendas cada vez mais", disse o executivo.
O fornecimento de 20 Super Tucano para os EUA foi
anunciado em janeiro. O contrato, a primeira venda de um produto militar da
empresa para o governo americano, tem valor inicial de US$ 427,5 milhões, mas
poderá alcançar a cifra de US$ 1 bilhão, com a encomenda de mais 30 aeronaves.
O Super Tucano acumula, até o momento, número
superior a 210 encomendas, das quais mais de 170 já foram entregues. Além dos
dois novos clientes que serão anunciados, a aeronave já foi vendida para cinco
países da América Latina (Brasil,
Colômbia, Equador, Chile, e República Dominicana), três da África (Burkina Faso, Mauritânia e Angola),
Indonésia e EUA.
A Embraer também vai mostrar na LAAD todos os
indicadores de performance do cargueiro KC-390 e as novas estimativas de vendas
da aeronave, que já começou as campanhas de venda pelo mundo, com a conclusão
do desenvolvimento da configuração do avião. A empresa também já deu início à
produção dos dois primeiros protótipos. A primeira venda será anunciada no
primeiro trimestre de 2014.
Aguiar afirmou ainda que a Embraer fez atualização
do mercado potencial do KC-390, tendo em vista que mais aviões dessa categoria
estão sendo aposentados e precisam ser substituídos. A última estimativa da
empresa revelou que o KC-390 teria potencial para disputar mercado de 700
aeronaves, num prazo de 10 anos, o que representa volume de negócios da ordem
de US$ 13 bilhões.”
FONTE: reportagem de Virgínia Silveira para o jornal “Valor”.
Transcrita no portal da FAB (http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?page=notimp) [Imagens
do Google adicionadas por este blog ‘democracia&política’].
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