terça-feira, 1 de abril de 2008

INVASÂO NORTE-AMERICANA NO IRAQUE: 925 CIVIS SÃO MORTOS SOMENTE EM MARÇO

Continua gigantesco o morticínio causado pela invasão dos EUA em busca da garantia do suprimento, sob controle norte-americano, do petróleo do Iraque.

Como são iraquianos que morrem, a mídia internacional não se comove.

Contudo, basta lembrar a enorme comoção mundial quando morreram muito menos espanhóis vítimas de um atentado terrorista em Madri relacionado com aquela invasão ocorrida com apoio de militares espanhóis. Foi somente um quarto de pessoas em relação aos civis iraquianos mortos apenas em março. Em fevereiro, a quantidade de civis iraquianos mortos já fora mais de três vezes superior ao de vítimas do ataque em Madri.

O portal UOL Últimas notícias publicou há uma hora atrás (13h25):

Número de mortos no Iraque cresceu 50% em março

"O número de mortos no Iraque no mês de março aumentou 50% em comparação com o mês anterior, segundo estimativas do governo iraquiano.

De acordo com os dados, 1.082 iraquianos, incluindo 925 civis, morreram vítimas de atentados a bomba e confrontos entre insurgentes e tropas iraquianas. Em fevereiro, o número de baixas foi de 721.

Ainda segundo as autoridades iraquianas, o mês de março ainda registrou um aumento no número de ataques à bomba e confrontos entre milícias xiitas e forças do governo.

O balanço aponta que 102 policiais e 54 soldados morreram em choques com insurgentes. Em fevereiro, esse índice foi de 65 e 20, respectivamente.

Golpe (nos discursos dos EUA)

O número de mortos no Iraque chegou a atingir 1,8 mil em agosto de 2007 e foi reduzido para 540 em janeiro de 2008, quando os Estados Unidos enviaram mais tropas ao país. Desde então, o índice vem crescendo.

Analistas afirmam que os dados serão um golpe para os governos iraquiano e americano, que vinham divulgando uma diminuição na violência.

Os confrontos entre as milícias xiitas ligadas ao clérigo Moqtada al-Sadr e as forças iraquianas, iniciados na terça-feira passada, contribuíram para o aumento no número de mortos.

Depois de cinco dias de combates, o clérigo anunciou um cessar-fogo que levou o governo iraquiano a suspender um toque de recolher imposto na capital iraquiana na quinta-feira passada.”

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