domingo, 1 de maio de 2011

DILMA RETALIA OEA POR QUERER IMPEDIR USINA DE BELO MONTE E OBRAS NO RJ PARA A COPA E OLIMPÍADAS

                         Sede da OEA (Washington-EUA)

“País deixará Comissão de Direitos Humanos e não vai repassar US$ 800 mil, em resposta a pedido de suspensão de obras. O Brasil já havia suspendido indicação de Paulo Vanucchi para comissão e convocado representante na OEA

O governo brasileiro decidiu jogar duro com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos): deixará o órgão a partir de 2012 e suspendeu, por ordem da presidente Dilma Rousseff, o repasse de verba à entidade previsto para este ano, de US$ 800 mil.

A reação do Brasil veio após a comissão pedir, em abril, a interrupção das obras de Belo Monte [baseada em pedidos de ONGs "ambientalistas", com sede nos EUA e apoiadas pelo governo norte-americano].

O órgão alegou irregularidades no processo de licenciamento ambiental da hidrelétrica de Belo Monte, atendendo a uma medida cautelar de entidades indígenas que questionaram o empreendimento.

Como reação, a diplomacia brasileira usou termos fortes e pouco usuais. Chamou a decisão de "precipitada e injustificável" e alegou não ter tido tempo suficiente para se defender.

Irritada com o que considerou interferência indevida, Dilma quis mostrar posicionamento ainda mais duro: convocou de volta ao país o representante do Brasil na OEA, embaixador Ruy Casaes. Ele, até agora, ainda não recebeu autorização para retomar seu posto em Washington, tampouco sabe quando o terá.

A comissão integra o sistema interamericano de direitos humanos nas Américas. Embora ligada à OEA, é órgão formalmente independente; não representa países, embora a indicação venha deles. Seus sete membros, entre eles o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, são eleitos por assembleia-geral.

O Brasil havia apresentado o nome de Paulo Vanucchi, ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos no governo Lula, para substituir Pinheiro a partir de janeiro de 2012. A indicação, porém, acabou suspensa em caráter irrevogável.

A relação pode piorar ainda mais. Isso porque a comissão [OEA] passou a analisar uma nova reclamação de ONGs, que contestam obras no Rio para a Copa-2014 e Olimpíada-2016, eventos caros a Dilma [e para os brasileiros, exceto para pequenos setores da oposição e da mídia].

Quando soube do novo processo, Dilma mandou um recado às lideranças do órgão: se isso for levado adiante, levará o caso à própria OEA, dando contornos de crise real ao caso.

No caso de Belo Monte, o Brasil argumenta que a CIDH concedeu apenas 28 dias para que o governo se explicasse, quando o prazo médio de solicitações semelhantes supera a marca de 100 dias.

Nesta semana, o governo enviou à entidade um relatório de 52 páginas explicando sua atuação no empreendimento junto às comunidades locais. Disse ter ouvido as comunidades indígenas da região e que está atento aos efeitos sociais e ambientais da iniciativa.”

FONTE: reportagem de Anatuza Nery publicada na Folha de São Paulo e transcrita no site “DefesaNet”  (http://www.defesanet.com.br/geopolitica/noticia/792/Dilma-retalia-OEA-por-Belo-Monte-e-suspende-recursos) [imagem do Google, título e trechos entre colchetes adicionados por este blog].

2 comentários:

aurelio disse...

parabéns à Dilma pela atitude, fora a oea e ongs. o Brasil é o unico pais do mundo onde a populacao indigena cresce em maior percentual que qualquer outra etnia. ninguem cuida de indio como nos. querem nos ensinar a cuidar de indio e de ambiente?
aurelio

Unknown disse...

Aurelio,
Também acho que grande parte das campanhas por "defesa da Amazônia", por demarcações de gigantescas terras para poucos índios e em regiões de importância estratégica, pelo embargo de obras de hidrelétricas etc, decorre de interesses suspeitos [mas facilmente depreendidos] de grandes potências e de seus grandes grupos econômicos. O nosso índio é somente um inocente instrumento útil para esses interesses nocivos ao Brasil.
Maria Tereza