sexta-feira, 14 de junho de 2013

FOGUETE BRASILEIRO LANÇADO NA SUÉCIA LEVA "PEIXES ASTRONAUTAS"

[Maquete do VSB-30 no DCTA (FAB) em São José dos Campos-SP

[Cientistas europeus enviam 'peixonautas' ao espaço em foguete brasileiro, para estudar enjoo]

Por Ricardo Bonalume Neto, na “Folha.com” 

“Uma melhor compreensão do enjoo que pessoas sentem em navios e aviões veio de uma fonte inesperada: pequenos peixes que foram ao espaço e viveram a sensação de microgravidade.


Como estavam na água, eles obviamente não "flutuaram" como um astronauta em uma estação espacial. Mas alguns ficaram desorientados e nadaram de modo errático, o equivalente a pessoas com vertigens ou tonturas.

Os pesquisadores descobriram depois o motivo desses distúrbios de equilíbrio: sutis diferenças entre seus órgãos auditivos.

Vertebrados têm pequenas pedras feitas de carbonato de cálcio nos ouvidos --chamadas otólitos-- que servem como "órgãos da gravidade".

Os peixes com otólitos assimétricos, com forma e tamanhos diferentes, eram mais propensos a distúrbios de equilíbrio.

A pesquisa envolveu um conjunto verdadeiramente internacional de pesquisadores, institutos de pesquisa e mesmo de peixes.

Um foguete de sondagem [VSB-30], com um motor brasileiro, foi lançado por uma equipe alemã de um centro espacial na Suécia. A espécie de "peixe astronauta" era a tilápia de Moçambique.

Apesar de vários percalços em algumas áreas, como o lançamento de satélites, o programa espacial brasileiro é bem-sucedido no desenvolvimento de foguetes de sondagem. É o caso do lançador VSB-30, produzido e operado em parceria entre o IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), da FAB, e a DLR [Agência Espacial Alemã, que adiciona o módulo da sua pesquisa  ao foguete brasileiro].

A parte técnica da missão foi coordenada pela empresa europeia “Astrium”, principal responsável pelos voos do VSB-30 no continente.

Outro grupo de "peixonautas" (nome de um desenho animado infantil brasileiro sobre um "peixe astronauta") voltou à Terra no fim de maio, depois de um mês em órbita em um satélite russo de pesquisa biológica, o “Bion-M1”.

As larvas foram parte do experimento “Omegahab”, um miniecossistema que inclui algas, plantas aquáticas, crustáceos e caramujos, o primeiro do tipo com essa complexidade, autossuficiente e totalmente automatizado.

Algas e plantas produzem oxigênio para os animais, que produzem dióxido de carbono usado pelas plantas.”


FONTE: reportagem de Ricardo Bonalume Neto, publicada na “Folha.com” e transcrita no portal da FAB (http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?page=notimp). [Imagem do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

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