Por Marcelo Brandão, repórter da Agência Brasil
"O ministro da Defesa, Celso Amorim, informou ontem (18) que o governo brasileiro optou pela compra de 36 caças suecos Saab Gripen NG. O Brasil irá pagar US$ 4,5 bilhões pelas aeronaves.
O chamado Projeto FX-2, que inclui os caças, teve [re]início em 2001. Aeronaves de três países disputaram o contrato com o governo brasileiro. Além do Saab Gripen NG, da Suécia, o Boeing F-18E/F Super Hornet, dos Estados Unidos, e o Dassault Rafale F3, da França, estavam na disputa.
O modelo sueco substituirá os Mirage 2000, que serão aposentados este mês."
FONTE: reportagem de Marcelo Brandão, repórter da Agência Brasil (edição: Carolina Pimentel) (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-12-18/brasil-decide-comprar-cacas-suecos-anunciou-amorim)
Da “Folha de São Paulo” [trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].
Por Andréia Sadi, Natuza Nery e Igor Gielow
“Após mais de dez anos (*) de discussão, a presidente Dilma Rousseff decidiu pela aquisição de caças Gripen NG, da sueca Saab, para a FAB (Força Aérea Brasileira) para o programa FX-2.
Com isso, o pequeno Gripen, avião criticado por ser menor do que os concorrentes e menos testado em combate, voltou à condição de favorito, que a própria FAB já havia declarado em seu primeiro relatório sobre a escolha, em dezembro de 2009. O pacote de 36 aviões foi oferecido por US$ 6 bilhões, mas a compra pode acabar em torno de US$ [4,5] bilhões.”
FONTE da complementação: reportagem de Andréia Sadi, Natuza Nery e Igor Gielow da “Folha de São Paulo” (http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/12/1387333-dilma-decidiu-pela-aquisicao-de-cacas-suecos-para-a-fab.shtml) [trechos entre colchetes em azul adicionados por este blog ‘democracia&política’].
FONTE: reportagem de Marcelo Brandão, repórter da Agência Brasil (edição: Carolina Pimentel) (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-12-18/brasil-decide-comprar-cacas-suecos-anunciou-amorim)
fonte do quadro acima: Blog do Planalto
Da “Folha de São Paulo” [trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].
Por Andréia Sadi, Natuza Nery e Igor Gielow
“Após mais de dez anos (*) de discussão, a presidente Dilma Rousseff decidiu pela aquisição de caças Gripen NG, da sueca Saab, para a FAB (Força Aérea Brasileira) para o programa FX-2.
[(*) OBS deste blog ‘democracia&política’: Foram bem mais de 10 anos. A intenção de comprar novos caças (FX) para substituir os velhos Mirage III da década de 60 (destinados a missões de superioridade aérea e interceptação de aeronaves hostis em território nacional) foi divulgada no governo FHC/PSDB em 1995. Desde então, todos os anos a compra era prometida e postergada. No governo Lula, reiniciou-se o processo, sob o nome "Programa FX-2"].
O ministro da Defesa, Celso Amorim, e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, concederam entrevista coletiva ontem (18) às 17h, para o anúncio da aquisição dos caças. No sábado, o “Painel” [da “Folha”] havia antecipado que a presidente havia comunicado ao presidente da França, François Hollande, que o Brasil não compraria da França as 36 aeronaves.
É um final surpreendente para a disputa, que teve ao longo do segundo governo Lula o francês Dassault Rafale como o principal favorito --o avião chegou a ser anunciado como escolhido pelo presidente e seu colega Nicolas Sarkozy em 2009, mas o governo brasileiro recuou [após perda de confiança por atitudes surpreendentes do presidente francês, que demonstrou desrespeito com as próprias palavras, especialmente sobre o acordo nuclear com o Irã. Ele descumpriu compromissos e foi deselegante após o acordo alcançado pelo Presidente Lula. Acordo esse que estava de acordo com as linhas traçadas e enviadas a Lula pelos EUA e também pela França. Segundo a "Folha", houve também insatisfação da FAB, que não havia sido consultada sobre a decisão].
Contra o Rafale, sempre pesou a questão do preço: seu pacote inicial chegava a US$ 8 bilhões, embora descontos tenham sido negociados. No governo Dilma Rousseff, os americanos e seu Boeing F/A-18 passaram à dianteira por causa de sua oferta comercial mais atraente, de declarados US$ 7,5 bilhões, mas com diversas compensações. A Boeing chegou a associar-se para vender o novo cargueiro da Embraer, o KC-390.
Só que o escândalo da [inaceitável e ainda não desculpada] espionagem da Agência de Segurança Nacional americana, que incluiu [a Petrobras e] Dilma no rol das autoridades alvo de arapongagem. [Isso trouxe profundas desconfianças sobre a seriedade da conduta governamental norte-americana com o Brasil e] derrubou politicamente o F-18.
[Além disso, sempre houve o medo do tradicional comportamento norte-americano que, unilateralmente, suspende contratos ou manipula o fluxo de informações e suprimentos. Basta o comprador não obedecer diretrizes estratégicas dos EUA. Há vários antecedentes pelo mundo nesse sentido (os F-16 da Venezuela, por exemplo). Assim, sempre ficaria o cabresto de a FAB somente utilizar os caças quando, onde e como (armamentos) os EUA desejassem].
O ministro da Defesa, Celso Amorim, e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, concederam entrevista coletiva ontem (18) às 17h, para o anúncio da aquisição dos caças. No sábado, o “Painel” [da “Folha”] havia antecipado que a presidente havia comunicado ao presidente da França, François Hollande, que o Brasil não compraria da França as 36 aeronaves.
É um final surpreendente para a disputa, que teve ao longo do segundo governo Lula o francês Dassault Rafale como o principal favorito --o avião chegou a ser anunciado como escolhido pelo presidente e seu colega Nicolas Sarkozy em 2009, mas o governo brasileiro recuou [após perda de confiança por atitudes surpreendentes do presidente francês, que demonstrou desrespeito com as próprias palavras, especialmente sobre o acordo nuclear com o Irã. Ele descumpriu compromissos e foi deselegante após o acordo alcançado pelo Presidente Lula. Acordo esse que estava de acordo com as linhas traçadas e enviadas a Lula pelos EUA e também pela França. Segundo a "Folha", houve também insatisfação da FAB, que não havia sido consultada sobre a decisão].
Contra o Rafale, sempre pesou a questão do preço: seu pacote inicial chegava a US$ 8 bilhões, embora descontos tenham sido negociados. No governo Dilma Rousseff, os americanos e seu Boeing F/A-18 passaram à dianteira por causa de sua oferta comercial mais atraente, de declarados US$ 7,5 bilhões, mas com diversas compensações. A Boeing chegou a associar-se para vender o novo cargueiro da Embraer, o KC-390.
Só que o escândalo da [inaceitável e ainda não desculpada] espionagem da Agência de Segurança Nacional americana, que incluiu [a Petrobras e] Dilma no rol das autoridades alvo de arapongagem. [Isso trouxe profundas desconfianças sobre a seriedade da conduta governamental norte-americana com o Brasil e] derrubou politicamente o F-18.
[Além disso, sempre houve o medo do tradicional comportamento norte-americano que, unilateralmente, suspende contratos ou manipula o fluxo de informações e suprimentos. Basta o comprador não obedecer diretrizes estratégicas dos EUA. Há vários antecedentes pelo mundo nesse sentido (os F-16 da Venezuela, por exemplo). Assim, sempre ficaria o cabresto de a FAB somente utilizar os caças quando, onde e como (armamentos) os EUA desejassem].
Com isso, o pequeno Gripen, avião criticado por ser menor do que os concorrentes e menos testado em combate, voltou à condição de favorito, que a própria FAB já havia declarado em seu primeiro relatório sobre a escolha, em dezembro de 2009. O pacote de 36 aviões foi oferecido por US$ 6 bilhões, mas a compra pode acabar em torno de US$ [4,5] bilhões.”
FONTE da complementação: reportagem de Andréia Sadi, Natuza Nery e Igor Gielow da “Folha de São Paulo” (http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/12/1387333-dilma-decidiu-pela-aquisicao-de-cacas-suecos-para-a-fab.shtml) [trechos entre colchetes em azul adicionados por este blog ‘democracia&política’].
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