BLÁBLÁ E OS PROTESTOS: INCITAR O CAOS NÃO DÁ VOTO
Afinal, o que pensa a Bláblá ?
O portal “Conversa Afiada” reproduz artigo de Paulo Nogueira, extraído do “Diário do Centro do Mundo”:
MARINA VAI TER QUE FAZER MAIS DO QUE TORCER POR NOVOS PROTESTOS EM 2014
Em seu comentado artigo [desta semana no jornal tucano] “Folha de São Paulo”, Marina deixou claro qual é sua grande arma e grande esperança para 2014: os protestos.
É compreensível.
O único nome na política que saiu intacto nas chamadas “Jornadas de Junho” foi o dela.
Para muita gente, em geral desavisada, Marina simbolizou, naqueles dias, um “jeito diferente” de fazer política.
Nas pesquisas, o favoritismo absoluto de Dilma pareceu ameaçado. Sua popularidade desabou. Num triunfo da esperança, a oposição achou que Dilma poderia estar acabada como candidata a um segundo mandato, ou alguma coisa próxima disso.
Marina cresceu em tais circunstâncias. Mais tarde, o fracasso em legalizar seu partido e o casamento de conveniência com Eduardo Campos ‘[que, por sua vez, traiu o PT (que fortemente o apoiava e ao seu governo), e noivou com os tucanos] tiraram boa parte do brilho e do ímpeto conquistado por Marina nas manifestações.
No eleitorado progressista, Marina se desgastou também ao repetir um chavão dos conservadores – "o risco de 'chavismo' no Brasil".
E Dilma, ao mesmo tempo, foi se recuperando. Hoje, passados alguns meses, e com o impacto positivo de ações sociais como o programa “Mais Médicos”, Dilma recuperou o amplo favoritismo.
Na maior parte das pesquisas, ela ganha com certa facilidade. Parecem grandes as chances de vitória no primeiro turno, nas circunstâncias atuais.
Mas, e se houver uma nova rodada de protestos? A disputa ficará aberta de novo? Marina virará uma candidata forte a ponto de Campos ser obrigado a ceder a ela a cabeça de chapa no PSB?
Bem, ao contrário do que Marina mostrou desejar em seu artigo, dificilmente o quadro se repetirá.
Primeiro, o fator surpresa não existirá mais. Segundo, com a confusão programática e pragmática da aliança com Campos, a aura de “diferente” de Marina perdeu muito.
Terceiro, os reais articuladores das manifestações – os jovens do “Passe Livre” (PL)– aprenderam uma lição prática.
Os protestos, na sua origem, tinham uma clara aura de reivindicações sociais. O que estava sendo dito nas ruas é que a sociedade queria menos pobreza, menos desigualdade, menos violência contra os índios, menos concessões aos conservadores em nome da “governabilidade”.
Depois, com a ajuda entusiasmada da mídia, houve uma manipulação. Malandramente, tentou-se dar às manifestações um caráter – falso – de cansaço da “corrupção”. [Porém, cansaço somente da corrupção do governo federal. Nada foi tocado sobre a corrupção da "Globo" (sonegou quase um bilhão de reais), corrupção dos cidadãos em geral (que sonegam, se apropriam de dinheiro que deveria ser público, em montantes superiores a R$ 500 bilhões anuais. Inclusive, muitos desses sonegadores estavam entre os manifestantes), corrupção dos mensalões tucano e do DEM, do propinoduto do trensalão tucano etc. Nada disso apareceu nas pautas da mídia sobre as manifestações de junho].
Na maior parte das pesquisas, ela ganha com certa facilidade. Parecem grandes as chances de vitória no primeiro turno, nas circunstâncias atuais.
Mas, e se houver uma nova rodada de protestos? A disputa ficará aberta de novo? Marina virará uma candidata forte a ponto de Campos ser obrigado a ceder a ela a cabeça de chapa no PSB?
Bem, ao contrário do que Marina mostrou desejar em seu artigo, dificilmente o quadro se repetirá.
Primeiro, o fator surpresa não existirá mais. Segundo, com a confusão programática e pragmática da aliança com Campos, a aura de “diferente” de Marina perdeu muito.
Terceiro, os reais articuladores das manifestações – os jovens do “Passe Livre” (PL)– aprenderam uma lição prática.
Os protestos, na sua origem, tinham uma clara aura de reivindicações sociais. O que estava sendo dito nas ruas é que a sociedade queria menos pobreza, menos desigualdade, menos violência contra os índios, menos concessões aos conservadores em nome da “governabilidade”.
Depois, com a ajuda entusiasmada da mídia, houve uma manipulação. Malandramente, tentou-se dar às manifestações um caráter – falso – de cansaço da “corrupção”. [Porém, cansaço somente da corrupção do governo federal. Nada foi tocado sobre a corrupção da "Globo" (sonegou quase um bilhão de reais), corrupção dos cidadãos em geral (que sonegam, se apropriam de dinheiro que deveria ser público, em montantes superiores a R$ 500 bilhões anuais. Inclusive, muitos desses sonegadores estavam entre os manifestantes), corrupção dos mensalões tucano e do DEM, do propinoduto do trensalão tucano etc. Nada disso apareceu nas pautas da mídia sobre as manifestações de junho].
Foi quando a [da ultradireita] “Veja” colocou em suas páginas amarelas um celerado carioca que era “o rosto que emergiu das ruas”; pausa para rir. Pouco tempo depois, sem a ajuda da esquerda jovem, o tal “líder” da “Veja” reuniu dez pessoas num protesto que ele convocou como se fosse Danton.
Os garotos do PL perceberam a usurpação que se quis fazer nos protestos, e se recolheram. O resultado é que as manifestações imediatamente começaram a minguar. Perderam seu motor.
Dilma parece ter compreendido a mensagem das ruas. A firmeza com que enfrentou a resistência retrógrada no “Mais Médicos” foi um sinal disso.
Acelerar ações sociais em curso e promover novas é a melhor forma de prevenir manifestações. No Brasil, como de resto em quase todo o mundo, o alvo delas é a desigualdade social.
Marina vai ter que fazer mais, caso queira ter relevância em 2014, que torcer por novas “Jornadas de Junho”.
[OBS deste democracia&política’: relembrando reportagem de Isadora Peron do “Estadão”:
“Aliado de Marina se afasta da ‘Rede’ após depredação do Itamaraty. O sociólogo Pedro Piccolo, membro da Executiva da sigla, foi identificado em fotos com uma barra de ferro nas mãos durante o protesto que terminou na depredação e tentativa de incêndio (usando ‘coquetéis molotov’) do Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, em 20 junho”. O vândalo confessou o seu crime e, pouco tempo depois, voltou a integrar a “Rede” de Marina.
Como a popularidade de Dilma caiu logo após aquele período de manifestações que sempre terminavam em grandes destruições e saques, porém vem se recuperando fortemente, agora a direita internacional (isto é, os grandes bancos, corporações e aplicadores estrangeiros), a direita nacional, a sua mídia e o seu braço político PSDB, DEM, PPS estão apostando no incitamento do caos na ocasião da Copa do Mundo e das eleições de 2014, como única e desesperada solução para conseguir voltar ao poder no Brasil].
Ela [Marina, além dessa participação do dirigente da “Rede”,] vai ter que mostrar que tem planos reais para reduzir a iniquidade brasileira.
Até aqui, ela falou não mostrou nada neste que é o maior desafio nacional, embora tenha falado muito.
Clique aqui para ler “Bláblá sem voto incita o caos”
E aqui para “Quantos planos a Bláblárina tem ?”
FONTE: portal "Conversa Afiada" (http://www.conversaafiada.com.br/politica/2013/12/28/blabla-e-os-protestos-incitar-o-caos-nao-da-voto/). [Imagens do Google (exceto a 1ª) e trechos entre colchetes em azul acrescentados por este blog ‘democracia&política’].
Ela [Marina, além dessa participação do dirigente da “Rede”,] vai ter que mostrar que tem planos reais para reduzir a iniquidade brasileira.
Até aqui, ela falou não mostrou nada neste que é o maior desafio nacional, embora tenha falado muito.
Clique aqui para ler “Bláblá sem voto incita o caos”
E aqui para “Quantos planos a Bláblárina tem ?”
FONTE: portal "Conversa Afiada" (http://www.conversaafiada.com.br/politica/2013/12/28/blabla-e-os-protestos-incitar-o-caos-nao-da-voto/). [Imagens do Google (exceto a 1ª) e trechos entre colchetes em azul acrescentados por este blog ‘democracia&política’].
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