sábado, 8 de junho de 2013

"EM 10 ANOS, FIZEMOS MAIS PELA EDUCAÇÃO DO QUE FIZERAM EM 500"


“O ministro da Educação, Aluizio Mercadante, afirmou, na sexta-feira (31), que os governos progressistas no Brasil fizeram “em 10 anos, o que ninguém fez em 500”. As declarações foram proferidas diante de um auditório lotado, que transbordava energia, durante o “3º Encontro Nacional dos Estudantes Cotistas e Prounistas”, atividade do “53º Congresso da União Nacional dos Estudantes” (UNE), realizado no Centro de Convenções de Goiânia.

Por Joanne Mota, de Goiânia para o “Portal Vermelho” 


O presidente da UNE, Daniel Iliescu, falou sobre a importância da mesa no circuito das atividades do Congresso da UNE e frisou que este momento demonstra a força do movimento estudantil, que pulsa em todo o país, sem perder de vista sua diversidade e pensamento.

Quando contabilizamos mais de 95% de instituições mobilizadas, de todos os estados brasileiros, só isso demonstra o que representa a juventude para a construção do Brasil. Temos em nossas mentes o dever de honrar os que tombaram durante o Regime Militar, e é essa geração que irá guiar o Brasil numa trajetória ascendente, na qual o povo não se sinta oprimido, na qual a juventude tenha seu espaço", pontuou o jovem presidente.

QUAL EDUCAÇÃO QUEREMOS?


O Encontro também contou com a participação de Mercadante que, durante a sua fala, apresentou os números da Educação no Brasil. Ele declarou que o caminho para se combater as desigualdades sociais no Brasil começa pelo investimento no ensino infantil.

A educação infantil é apenas o começo. Outro ponto que não devemos perder de vista é a valorização daqueles que garantem essa caminhada, os professores. Ou seja, somente com estrutura para as nossas crianças e profissionais valorizados alcançaremos o Brasil que queremos”, disse o ministro.

E completou: “Esse governo assumiu o compromisso de não deixar para trás nenhum estudante, nenhum jovem. Avançamos muito, mas queremos mais, e uma ação fundamental é a complementaridade entre governo Federal, Estadual e Municipal. O MEC já está investindo em ações que ampliem a sinergia entre essas três esferas, mas ainda precisamos vencer problemas históricos”.

DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

Em meio aos gritos de luta, da juventude que ouvia as declarações da mesa, o ministro questionou qual é a principal diferença quando se olha o ensino superior de hoje. E bradou: “durante muito tempo, os filhos das famílias ricas eram quem povoavam as universidades. Hoje, é filho do trabalhador que dá o tom. Acabou o privilégio. O que fizemos em 10 anos, ninguém fez em 500. E essa é uma transformação que ninguém pode negar”.

O ministro ainda citou dados da expansão dos investimentos em pós-graduação. Ele exemplificou que, no Nordeste, que contabiliza 27% da população e 13% do PIB (Produto Interno Bruto), em 2001 apenas 1,9% teve acesso à pós-graduação. Hoje, esse número aumentou para mais de 10%, mas ainda está longe da meta do MEC.

Mercadante ainda acrescentou que, em todo o Brasil, houve crescimento de 179% do número de pessoas com Doutorado, além da construção de mais de três milhões de metros quadrados de campi universitários.

Para avançarmos nessa expansão, é preciso o empenho de todos, do governo fazendo valer seus projetos, da sociedade cobrando mais para o setor, e da juventude, unida e forte, propondo e acompanhando o andamento das ações do Estado”, pontuou Mercadante.




PÓS GRADUAÇÃO

Em entrevista ao “Portal Vermelho”, a presidenta da “Associação Nacional de Pós-Graduandos” (ANPG), Luana Bonone, reconheceu o crescimento da pós-graduação no Brasil, mas lembrou que isso ocorreu por conta do “Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais” (REUNI).

Segundo ela, esse crescimento reconfigura o nível de qualificação dos recursos humanos do país e acrescenta que, para avançar nessa expansão, é preciso ter proposta de investimento planejado.

Estamos discutindo junto aos conselhos da CAPES do CNPq a importância de que o crescimento da pós-graduação seja planejado estrategicamente. E por que nos posicionamos assim? Porque só com planejamento poderemos combater, por exemplo, as assimetrias regionais que ainda são imensas”, explicou a presidenta.

Compuseram a mesa do “3º Encontro Nacional dos Estudantes Cotistas e Prounistas” o ministro da Educação, Aloizio Mercadante; o presidente da UNE, Daniel Iliescu; a secretária-geral da UNE, Michele Bressan; a vice-presidenta da UNE, Clarisse de Dutra; a presidenta da “União Brasileira dos Estudantes Secundaristas” (EBES), Manuela Braga; a presidenta da “Associação Nacional de Pós-Graduandos” (ANPG), Luana Bonone; o presidente da “União Estadual do Estudantes de Goiás” (UEE), Lucas Ribeiro; o reitor da “Universidade Federal de Goiás” (UFG), Edward Madureira Brasil; o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFG, Paulo Speller; e Paulo Abrão, secretário Nacional de Justiça.”.

FONTE: escrito por Joanne Mota, de Goiânia para o “Portal Vermelho”  (
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=215018&id_secao=1
). 

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