Li hoje no site “Vi o mundo”, do jornalista Luiz Carlos Azenha, o seguinte texto:
"No dia em que a reportagem saiu, com chamada de capa, andei de táxi em São Paulo. O motorista, fazendo referência aos escândalos do Congresso, mencionou o caso da ministra Dilma como mais uma prova da corrupção. Disse ter visto a ficha de Dilma "no Estadão" e mencionou o fato dela "ter sido assaltante".
"Grupo de Dilma planejou sequestro de Delfim Netto" equivale a "Assessor de Serra assaltou trem pagador", manchete que você nunca verá na capa do jornal paulistano -- o chefe da Casa Civil do governo Serra, Aloísio Nunes Ferreita, participou do assalto a um trem pagador quando militava contra o regime militar.
Na opinião do ex-preso político Ivan Seixas, a Folha de S. Paulo é veículo de articulação que pretende definir, em 2010, o confronto de uma "terrorista" contra Serra, o "bonzinho", na disputa pela presidência da República.
Está claro que a "ficha" de Dilma foi distribuída por e-mail em novembro do ano passado. Eu mesmo publiquei aqui no blog, atribuindo a uma campanha virtual contra a ministra.
Os episódios se somam. Primeiro foi a "ditabranda". Depois, o suposto papel da ministra em tentativa de sequestro, o que ela nega.
A fonte principal do jornal para a reportagem acima, aliás, disse ter tido sua entrevista manipulada.
E a Folha, pelo menos até agora, não dedicou espaço equivalente à investigação do passado político do governador de São Paulo como militante da Ação Popular.”
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