AMX com míssil MAR-1 sob a asa
CONTRATO COM PAQUISTÃO AVANÇA NA MECTRON
Por Virgínia Silveira, no jornal "Valor"
“A Mectron vai iniciar no próximo ano a fase de industrialização do míssil nacional antirradiação MAR-1, o primeiro produto exportado pela empresa para o governo do Paquistão. Na época da assinatura do contrato, em 2009, o Ministério da Defesa do Brasil chegou a comentar que o acordo com o Paquistão contemplava a compra de 100 unidades do míssil, avaliadas em US$ 85 milhões. Os executivos da "Odebrecht Defesa e Tecnologia" (ODT) não comentam o valor do contrato devido à existência de cláusulas de confidencialidade.
O primeiro projeto de cooperação internacional da Mectron na área de mísseis foi feito com a África do Sul, em 2007, envolvendo o desenvolvimento conjunto do "A-Darter", míssil de combate ar-ar de quinta geração. Do lado sul-africano, participa a empresa Denel. No Brasil, além da Mectron, também estão no projeto a Avibras e a Optoeletrônica.
míssil ar-ar "A-Darter" sendo lançado
Segundo o diretor de novos negócios da ODT, Rogério Salvador, o míssil iniciou a fase de industrialização, mas aguarda o contrato de produção com a FAB. O investimento da Aeronáutica na fase de desenvolvimento do projeto, segundo o jornal “Valor” apurou, foi de US$ 53 milhões.
A capacitação da indústria local e a parte de transferência de tecnologia estão avaliados em mais US$ 109 milhões.
Os recursos estão sendo financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e pela FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos).
A Mectron participa, ainda, do projeto MANSUP (programa de desenvolvimento do míssil antinavio de superfície) para a Marinha brasileira. O projeto envolve a Avibras, a Atech e a Omnisys. O lançamento do primeiro protótipo está previsto para 2017. A empresa tem 480 funcionários na fábrica de São José dos Campos. Em 2014, por conta dos projetos em andamento, o quadro de funcionários deve subir 10%.
A Mectron se tornou uma referência no Brasil no segmento de mísseis com o modelo ar-ar de curto alcance MAA-1, mais conhecido como "Piranha". Depois dele, a empresa partiu para o desenvolvimento do MAA-1B, de quarta geração, ainda não concluído. Atualmente, está produzindo o MSS 1.2, míssil antitanque de médio alcance, guiado a laser. O equipamento foi adquirido pelo Exército Brasileiro. A Marinha também encomendou um lote do míssil para emprego pelos fuzileiros navais.”
FONTE: site “DefesaNet” (http://www.defesanet.com.br/defesa/noticia/13439/Contrato-com-Paquistao-avanca-na-Mectron/). [Imagens do Google adicionadas por este blog ‘democracia&política’].
2 comentários:
Esperamos que este seja o melhor modo de conseguirmos um crescimento durarouro
Noticiário Eletrônico,
Você tem razão. Em todos os países desenvolvidos, e especialmente nos EUA, a pesquisa e o desenvolvimento de material militar tem sido a mola propulsora da economia. Os avanços obtidos se espraiam pelos produtos civis (spin off), agregando valor e tornando-os mais competitivos. Esses benefícios colaterais civis são mais significativos que os obtidos com exportações do material militar.
Maria Tereza
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